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A Sociologia Industrial e do Trabalho

Por:   •  4/12/2020  •  Artigo  •  1.276 Palavras (6 Páginas)  •  181 Visualizações

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         Sociologia Industrial e do Trabalho

Lucas V. Santini Ceneviva, R.A. 388904

Tamara R. Mignoli, R.A. 389285

1º Estudo Dirigido: texto do BRAVERMAN, H. Trabalho e Capital Monopolista.

O trabalho é a atividade de um ser de atuar sobre a natureza de modo a transformá-la para melhor satisfazer suas necessidades.

E enquanto o trabalho dos animais é instinto, ou seja, regulado por um mecanismo biológico; o trabalho humano é consciente e proposital, ele é capaz de idealizar primeiramente o trabalho antes de executá-lo, possuindo a capacidade de ordenar suas intenções ou dividir seus projetos em operações distintas.

Devido a tais características, um animal como uma aranha, por exemplo, por seguir somente seu instinto, não pode delegar sua função à outra; no caso dos animais força de trabalho e trabalho são praticamente a mesma coisa. Já no ser humano, a unidade de concepção e execução pode ser separada, um pai pode mandar o filho levar o lixo pra fora, por exemplo; assim a força de trabalho e o trabalho são diferentes.

Assim, a força diretora do trabalho continua sendo a consciência humana, mas a unidade entre as 2 pode ser rompida no individuo e restaurada no grupo, na oficina, na comunidade ou na sociedade como um todo.

O que implica em diversas conseqüências na estrutura social; um ser humano com mais “poder” se torna capaz de “mandar” nos outros, que alugam sua força de trabalho, ou como recentemente no capitalismo, vendem. O que faz com que percam o controle sobre si mesmos, criando toda uma estrutura de dominados e dominantes.

2.

Na produção capitalista, a força de trabalho é vista como um outro meio qualquer de executar uma tarefa, é assim como a água, o cavalo e o vapor, apenas outro fator de produção.

O que gera várias especificidades frente ao mercado, assim, a força de trabalho é vendida para o capitalista, e com isso, o ser humano perde o domínio sobre si mesmo e seu trabalho, ele é separado do processo de produção, o trabalho pode ser particionado, entre outras diferentes variadas ações com o fim de o propósito do emprego do trabalhador tornar-se a expansão de uma unidade de capital do empregador.

3.

O trabalho e sua concepção pelo homem trouxeram a modificação da natureza e, consequentemente, a modificação da natureza humana, que se adapta ao seu “novo mundo” criado e modifica-se a medida que este mundo evolui, a medida que os meios de produção e as necessidades da época tomam forma.

Assim, a rotina, a estrutura social e as ideologias transformam-se, moldando a cultura e o próprio ser humano em cada período, ate os dias de hoje.

4.

O capitalismo industrial começa quando um significativo número de trabalhadores é empregado por um único capitalista, mas em seu inicio não se estrutura por arranjos de “gerência” tão complexos; sendo muitas vezes nada mais do que simples aglomerações de pequenas unidades de produção, havendo quase nenhuma mudança frente aos métodos tradicionais; o trabalho ainda permanecia sob controle dos produtores.

Todavia, ao modo que os produtores foram se reunindo e surgiram indústrias cada vez mais complexas em referente a processos e coordenação de trabalhadores de diversos ramos; viu-se a necessidade de um controle sobre todo arranjo formado, surgindo, então, a gerência propriamente dita, assumindo nova configuração, dada as especificidades que surgiram para capacitar os sistemas.

 Durante todo o processo surgiram sistemas como a subcontratação (nele os capitalistas possuem os meios de produção, mas não os processos, contratando alguém que conhece o ofício, que por sua vez contrata ajudantes pagando do próprio bolso por eles), produção domiciliar e remuneração por tarefas – que não funcionavam com grande eficácia, resultando em produções baixas por fatores comportamentais e sociais.

Mas, pra resultar na gerencia em si surgiram diversas especificidades: primeiro a reunião de trabalhadores sobre o mesmo teto; horas regulares de trabalho; métodos de total dominação econômica, espiritual, moral e física; mas muitas das tentativas eram caracterizadas como gerencia primitiva, se configurando para um maior controle, posteriormente, na gerência cientifica a partir de Taylor.

5.

A divisão social do trabalho é a divisão da sociedade em determinadas ocupações, de acordo com suas aptidões e ramos de produção (ramos, ofícios e profissões diferentes. Já a divisão sexual do trabalho consiste na distribuição de ofícios a homens e mulheres de acordo com suas capacidades físicas e habilidades naturais e/ou culturais. Por sua vez, a divisão intelectual/manual do trabalho trata da separação entre as pessoas que elaboram, planejam e monitoram os processos (seriam os trabalhadores intelectuais) daquelas que executam de fato o processo com sua força produtiva. Por fim, a divisão da técnica do trabalho abrange a fragmentação do processo produtivo entre diversos trabalhadores, visando à otimização do tempo de produção e ao barateamento de custos. Entretanto, a adoção de tal método implica na perda do conhecimento total do processo por parte do trabalhador, restringindo seus conhecimentos a apenas a parte que lhe cabe do processo.

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