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A Revolução Russa

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Por:   •  13/3/2014  •  941 Palavras (4 Páginas)  •  513 Visualizações

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A Revolução Russa de 1917 foi um período de conflitos, iniciados em 1917, que derrubou a autocracia russa e levou ao poder o Partido Bolchevique, de Vladimir Lênin. Recém-industrializada e sofrendo com a Primeira Guerra Mundial, a Rússia tinha uma grande massa de operários e camponeses trabalhando muito e ganhando pouco. Além disso, o governo absolutista do czar Nicolau II desagradava o povo, que queria uma liderança menos opressiva e mais democrática. A soma dos fatores levou a manifestações populares que fizeram o monarca renunciar e, no fim do processo, deram origem à União Soviética, o primeiro país socialista do mundo, que durou até 1991.

A Revolução compreendeu duas fases distintas:

A Revolução de Fevereiro (março de 1917, pelo calendário ocidental), que derrubou a autocracia do Czar Nicolau II , o último Czar a governar, e procurou estabelecer em seu lugar uma república de cunho liberal.

A Revolução de Outubro (novembro de 1917, pelo calendário ocidental), na qual o Partido Bolchevique, derrubou o governo provisório apoiado pelos partidos socialistas moderados1 e impôs o governo socialista soviético. Até 1917, o Império Russo foi uma monarquia absolutista.2 A monarquia era sustentada principalmente pela nobreza rural, dona da maioria das terras cultiváveis. Das famílias dessa nobreza saíam os oficiais do exército e os principais dirigentes da Igreja Ortodoxa Russa.

Pouco antes da Primeira Guerra Mundial, a Rússia tinha a maior população da Europa, com cerca de 171 milhões de habitantes em 1904. Defrontava-se também com o maior problema social do continente: a extrema pobreza da população em geral3 . Enquanto isso, as ideologias liberais e socialistas penetravam no país, desenvolvendo uma consciência de revolta contra os nobres. Entre 1860 e 1914, o número anual de estudantes universitários cresceu de 5000 para 69000, e o número de jornais diários cresceu de 13 para 856.

A população do Império Russo era formada por povos de diversas etnias, línguas e tradições culturais. Cerca de 80% desta população era rural e 90% não sabiam ler e escrever, sendo duramente explorada pelos senhores feudais. Com a industrialização foi-se estabelecendo progressivamente uma classe operária, igualmente explorada, mas com maior capacidade reivindicativa e aspirações de ascensão social. A situação de extrema pobreza e exploração em que vivia a população tornou-se assim um campo fértil para o florescimento de ideias socialistas.

A decadência da monarquia czarista[editar | editar código-fonte]

Para entender as causas da Revolução Russa, é fundamental conhecer o desenvolvimento básico das estruturas socioeconômicas na Rússia, durante o governo dos três últimos czares.

Alexandre II (1858 - 1881)[editar | editar código-fonte]

Alexandre II.

Ver artigo principal: Alexandre II da Rússia

Alexandre II tinha consciência da necessidade de se promover reformas modernizadoras no país, para aliviar as tensões sociais internas e transformar a Rússia num Estado mais respeitado internacionalmente. Com sua política reformista, Alexandre II promoveu, por exemplo:

a abolição da servidão agrária4 , beneficiando cerca de 40 milhões de camponeses que ainda permaneciam submetidos ao mais cruel sistema de exploração de seu trabalho;

o incentivo ao ensino elementar e a concessão de autonomia acadêmica às universidades;

a concessão de maior autonomia administrativa aos diferentes governos das províncias.

Mesmo sem provocar alterações significativas na estrutura social existente na Rússia, a política reformista do czar encontrou forte oposição das classes conservadoras da aristocracia, extremamente sensíveis a quaisquer perdas de privilégios sociais em favor de concessões ao povo.

Apesar das medidas reformistas, o clima de tensão social continuava aumentando entre os setores populares. A terra distribuída aos camponeses era insuficiente, estando fortemente concentrada nas mãos de uma aristocracia latifundiária. A esta faltavam no entanto

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