A Tecnologia digital e seu uso nos estudo da História
Por: AnaCarvalhoR • 12/10/2015 • Trabalho acadêmico • 995 Palavras (4 Páginas) • 370 Visualizações
O uso da tecnologia e do mundo digital está presente em vários âmbitos do cotidiano. No meio acadêmico não poderia ser diferente. Para deliberar a respeito desse tema a professora Raquel Glezer em seu texto Ser historiador no século XXI faz uma comparação entre os métodos de pesquisa dos historiadores do século XIX e os do século XXI. Ela destaca a aceleração da transmissão de informação presentes na atualidade, que causa uma certa inquietude, forçando, no caso do historiador, a se especializar cada vez mais, já que a quantidade de fontes vem se tornando muito extensa.
Por outro lado, Glezer, exalta a facilidade do acesso aos documentos por meio da internet.
No debate sob o tema História digital e suas ferramentas para a pesquisa histórica, mediado por Flávio Coelho Edler, a professora Lise Sedrez afirma que as fontes, através da internet, se tornaram mais acessíveis, tornando, portanto, a pesquisa mais interessante. Isso não quer dizer que o contato direto com a fonte não seja importante, ou até mesmo fascinante para o historiador. Essa ideia é compartilhada pela professora Keila Grinberg que ainda ressalta que o contato físico com o documento revela detalhes que não podem ser visualizadas digitalmente. Keila aborda a possibilidade de aprendizagem mediante a internet e faz menção ao plágio como um dos perigos latentes no uso desta ferramenta.
Bruno Leal, fundador da Rede social Café História, participa deste debate informando que o termo “história digital” surgiu em 1997 para definir artigos na web. Ele ressalta que os temas históricos estão em alta e que a ampliação da divulgação dos mesmos tem aproximado o leigo do pesquisador.
Outras questões são abordadas como o uso da internet na produção de trabalhos por meio da colaboração e a possibilidade da leitura de obras que, por meio tradicional, seria laborioso.
De um modo geral a informatização trouxe ao meio acadêmico uma série de inovações e possibilidades, juntamente com esses benefícios, trouxe também desafios que devem ser discutidos.
Analisando o uso dos meios tecnológicos na historiografia é notório um certo preconceito, pois o papel, a princípio era considerado única fonte confiável para a historiografia, porém esse conceito foi extinto e a concepção de documento foi ampliada:
A história faz-se com documentos escritos, sem dúvida. Quando estes existem. Mas pode fazer-se, deve fazer-se sem documentos escritos, quando não existem. Com tudo o que a habilidade do historiador lhe permite utilizar para fabricar o seu mel, na falta das flores habituais. Logo, com palavras, Signos. Paisagens e telhas. Com as formas do campo e das ervas daninhas. Com os eclipses da lua e a atrelagem dos cavalos de tiro. Com os exames de pedras feitos pelos geólogos e com as análises de metais feitas pelos químicos. Numa palavra, com tudo que, pertencendo ao homem, depende do homem, exprime o homem, demonstra a presença, a atividade, os gostos e as maneiras de ser do homem.
Toda uma parte, e sem dúvida a mais apaixonante do nosso trabalho de historiadores, não consistirá num esforço constante para fazer falar as coisas mudas, para fazê-las dizer o que elas por si próprias não dizem sobre os homens, sobre as sociedades que as produziram, e para constituir, finalmente, entre elas, aquela vasta rede de solidariedade e de entreajuda que supre a ausência do documento escrito? (FEBVRE apud LE GOFF, 2003, p.530).
Atualmente outras fontes tem sido usadas nos estudos da História como filmes, games, documentários, literaturas, músicas, fotos e tantos outros. E esta ampliação não estagnou, sendo a internet parte relevante desse processo. O uso das fontes digitalizadas tem sido corriqueiro no meio acadêmico, elas enriquecem o trabalho e diminuem o tempo de pesquisa. Por exemplo, este trabalho de avaliação a distância
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