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A Viagem transatlântica: O Novo Mundo

Por:   •  2/4/2018  •  Resenha  •  1.315 Palavras (6 Páginas)  •  199 Visualizações

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Viagem transatlântica: O Novo Mundo

Após anos de esforços, em uma tentativa de conseguir financiamentos para sua tão esperada viagem, Colombo é informado de que seu plano teria sido rejeitado durante a entrada de Fernando e Isabel em Granada. Decepcionado, deixa granada e um dia depois é alcançado com a notícia de que, como por um milagre, alguém mudara de decisão e assim tem início sua viagem transatlântica. Empreender esta viagem não seria uma proposta original de Colombo, pois muito antes dela já teriam planejado este feito. Embora tenham ocorrido várias tentativas, elas pouco acrescentaram ao conhecimento sobre navegação até então existentes, com início sempre dos Açores e os ventos sempre os traziam de volta.

A travessia, além de muito difícil, não tinha grandes perspectivas econômicas e, com ascensão da ilha da madeira, os avanços foram pequenos, embora com pequenos resultados houve um aumento no comércio da região e o comércio de escravos ainda era reduzido, pois na Europa eles eram basicamente escravos domésticos. No entanto, a partir de 1480, há uma mudança na situação e o comércio de açúcar ocupa cerca de sessenta por cento da frota de navios. Em 1482 começa o refino de açúcar nas ilhas Canárias e a chegar grandes quantidades de ouro da África. Os portugueses percebem que apesar das dificuldades é real a possibilidade de alcançar o oceano índico, conjuntamente há o aumento no comércio europeu de produtos originários da África. Ao final da década de 1480, as possibilidades de exploração do Atlântico são vistas com outros olhos em virtude do aumento da presença portuguesa na costa africana e a produtividade dos açores terem crescido muito, isto faz com que os banqueiros comecem a vislumbrar as possibilidades de lucros e passam a investir na exploração do atlântico. Possuindo o capital, nesse momento a dificuldade seria quem seria insensato o suficiente para empreender uma viagem além dos açores, pois, naquela época, era uma imprudência navegar com vento de popa seria assumir o risco de não conseguir voltar, navegar contra o vento garantiria seu retorno.

Colombo era genovês e o que o teria impelido a esta empreitada teria sido a sua grande ambição de ascensão e pessoas como ele possuíam três possibilidades de ascensão: o mar, a igreja ou a guerra. Para alguém com sua origem o mar seria o caminho natural e sua vocação de origem teria sido reforçada pelas leituras que fazia. Influenciado por romances cavalheirescos e com intenções de pertencer a nobreza, se casa com a filha de Bartolomeu Perestelo e, trabalhando na rota mediterrâneo à costa da África, adquire experiência de navegação e conhecimento de que nas Canárias havia ventos do leste e mais ao norte ventos do Oeste, os elementos para sua viagem de ida e volta.

Não existem provas de que Colombo teria um plano definido. Suas metas se modificavam conforme o cliente aos quais ele as apresentava. Para ele não era importante onde ir e sim onde chegaria no plano social. Sua ambição social não deixaria espaços para aquelas que seus biógrafos exaltaram, curiosidades cientificas e o fervor religioso. As experiências traumáticas de suas viagens fizeram com que ele se voltasse cada vez mais para a religião e, finalmente envolto pela amargura e desilusão, volta-se para o misticismo e profecias. Influenciado por monges franciscanos passa a incorporar em seus planos ideias deles como a conversão de povos pagãos.

As dificuldades de Colombo não seriam somente em relação com os patrocinadores e com as exigências exageradas que fazia. Tinha grandes dificuldades com relação ao conhecimento sobre o atlântico, sobre o retorno econômico e grandes dificuldades devido a falta de preparação e conhecimento para um empreendimento desta monta. Para superar estas dificuldades começa a ler livros de geografia na tentativa de provar que a terra seria menor que se pensavam, fazendo cálculos subestimados em pelo menos vinte por cento. Após muitos fracassos e mudanças de planos a versão que consegue vender a seus patrocinadores foi a de uma travessia até a China, com parada na ilha de Chipango. Os lucros da coroa portuguesa com explorações na África e a possibilidade de ter este empreendimento sem despender nenhum dinheiro, fizeram com que Fernando e Isabel aderissem a ele.

Partiram das ilhas Canárias no dia 6 de setembro e o plano seria navegar direto até encontrarem terras. A viagem seria mais difícil que se pensava, e as dificuldades de se orientar seriam grandes. Em 24 de setembro, após vários falsos indícios de terras, a tripulação já se via a seguir alguém que só pensava em fama e que faria tudo para alcançá-la. No início de outubro Francisco Pinzon, já tomado pela impaciência, solicita uma mudança de curso, já que, se estivessem corretos os cálculos, já deveria ter alcançado a terra firme. Temendo um motim, Colombo muda o curso no dia

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