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A Vida De Comte

Tese: A Vida De Comte. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  12/5/2014  •  Tese  •  1.966 Palavras (8 Páginas)  •  169 Visualizações

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AUGUSTE COMTE1

Depois de estudarmos as Revoluções, podemos analisar com mais segurança os motivos que fizeram os pensadores se preocuparem com a sociedade européia e também com as sociedades restantes... Com isso, podemos analisar nestes sociólogos, os méritos do seu pensamento, que no passado não deram tanta importância. Hoje percebemos que o pensamento é tão importante que sem esses pensadores ficaria difícil entender todo o processo social (socialização e interação). Estudaremos um pouco sobre esse primeiro sociólogo, pois é de suma importância esse contato. Então vamos a ele...

Começamos pelo “pai” da sociologia: Auguste Comte...

Biografia de Comte2, cujo nome completo era Isidore-Auguste-Marie-François-Xavier Comte, nasceu em 19 de janeiro de 1798, em Montpellier, e faleceu em 5 de setembro de 1857, em Paris. Filósofo e autoproclamado líder religioso, deu à ciência da Sociologia essa denominação e estabeleceu a nova disciplina em uma forma sistemática.

Foi aluno da célebre École Polytechnique, uma escola em Paris, fundada em 1794, onde se ensinava a ciência e o pensamento mais avançados da época. De família pobre, sustentou seus estudos com o ensino ocasional da matemática e oportunidades no jornalismo.

Um de seus primeiros empregos foi o de secretário do Conde Henri de Saint-Simon, o primeiro filósofo a ver claramente a importância da organização econômica na sociedade moderna, e cujas idéias Comte absorveu, sistematizou com um estilo pessoal e difundiu.

Comte foi apresentado ao filósofo, então diretor do periódico Industrie, no verão de 1817. Saint-Simon, um homem de fértil, mas tumultuada e desordenada criatividade, então quase sessenta anos mais velho que Comte, foi atraído pelo jovem brilhante que possuiu a capacidade treinada e metódica para o trabalho que lhe faltava. Comte tornou-se seu secretário e colaborador próximo, na preparação de seus últimos trabalhos. Quando Saint-Simon experimentou problemas financeiros, Comte permaneceu sem pagamento, ao que parece por razões intelectuais e talvez também a esperança de recuperação pecuniária do patrão.

Em 1824, Comte desentendeu-se com Saint-Simon por questões de autoria legítima de ensaios que Comte devia publicar. A solução, que Comte considerou injusta, foi que cem cópias do trabalho saíram sob o nome de Comte, enquanto mil cópias, intituladas Catechisme des industriels indicavam a autoria de Henri de Saint-Simon. Outra causa do rompimento foi, ironicamente, Comte desdenhar a idéia de um paradigma religioso no projeto de Saint Simon, ele, Comte, que depois haveria de adotar essa idéia de modo ainda mais radical, proclamando a si mesmo como sumo sacerdote da Humanidade.

Em fevereiro de 1825 Comte se casou com Caroline Massin, proprietária de uma pequena livraria, uma moça que ele já conhecia há alguns anos. Comte a achava forte e inteligente, mas depois taxou-a de ambiciosa e desprovida de afetividade. O casamento foi sempre tumultuado por motivos financeiros, uma vez que Comte não conseguia uma posição com salário fixo e contava apenas com os rendimentos das aulas particulares e alguma renda adicional por colaborações a jornais, mais freqüentemente para o Producteur, um jornal fundado pelos filhos espirituais de Saint-Simon após a morte do mestre.

Comte deu apenas três aulas e foi obrigado a interromper o curso devido a um colapso nervoso. Seu mal foi diagnosticado como “mania”, no hospital do famoso Dr. Esquirol, o autor de um tratado sobre essa doença e um ex-aluno do não menos famoso Dr. Pinel, na Salpetrière. Ele próprio submeteu Comte a um tratamento com banhos de água fria e sangrias. Apesar de não receber alta, Comte foi levado para casa por Caroline.

Em casa, Comte caiu em um estado melancólico profundo e tentou o suicídio jogando-se no rio Sena. Somente em agosto 1828 logrou sair de sua letargia. O curso das conferências foi recomeçado em 1829, e Comte ficou satisfeito outra vez por encontrar na audiência diversos nomes de grandes destaques das ciências e das letras.

Durante os anos de concentração intensa, quando escreveu o Cours, Comte foi incomodado não somente por dificuldades financeiras e frustradas tentativas de emprego acadêmico. Também sofreu críticas do mundo científico, por parte de importantes figuras que o ridicularizavam, pela sua pretensão de submeter ao seu sistema todas as ciências. A mágoa agravou seu estado psicológico. Por razões “de higiene cerebral”, decidiu-se, em 1838, a não ler mais uma linha de qualquer trabalho científico, limitando-se à leitura de ficção e poesia. Em seus últimos anos, o único livro que haveria de ler repetidamente seria “Imitação de Cristo”. Sua vida matrimonial, que sempre fora tempestuosa, também se desfez. Comte teve várias separações de Caroline, que não suportava os seus fracassos e terminou por deixá-lo definitivamente em 1842.

No Système de politique positive (Sistema de Política Positiva), Comte, voltando-se contra a doutrina do mestre Saint-Simon, defendeu a primazia da emoção sobre o intelecto, do sentimento sobre a racionalidade; e proclamou repetidamente o poder curativo do calor feminino para a humanidade dominada por tempo demasiado pela aspereza do intelecto masculino. Por outro lado, distorceu a proposta de disciplina eclesiástica de Saint-Simon e criou a “Religião da Humanidade”.

Quando o Système apareceu entre 1851 e 1854, Comte escandalizou e perdeu a maioria dos seguidores racionalistas que ele havia conquistado com tanta dificuldade nos últimos quinze anos. John Stuart Mill e Emile Littre não aceitaram que o amor universal fosse a solução para todas as dificuldades da época. Tampouco aceitariam a “Religião da Humanidade” da qual Comte se proclamou o sumo sacerdote. A observação dos rituais múltiplos segundo o calendário anual, os detalhes da elaborada liturgia indicavam que o antigo profeta do estágio positivo havia regressado às trevas do estágio teológico. Comte passou a assinar suas circulares - aos novos discípulos que conseguiu reunir - como “fundador da religião universal e sumo sacerdote da humanidade”. Tentou converter o Superior Geral dos Jesuítas à nova fé e comparou suas circulares aos discípulos com as epístolas de São Paulo. Fundou a Societé Positiviste, que se transformou no centro principal de seu ensino. Os membros se cotizaram para assegurar a subsistência do mestre e fizeram os votos de espalhar sua mensagem. As missões se instalaram, na Espanha, na Inglaterra, nos Estados Unidos e na Holanda.

Cada noite, das sete às nove, exceto nas quartas-feiras, quando a Societé Positiviste

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