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A ambiguidade da mulher- Faraó: gêneros masculinos e feminino nas representações da Rainha – FARAÓ HATSHEPSUT (século XV a. C.).

Por:   •  13/9/2019  •  Resenha  •  677 Palavras (3 Páginas)  •  348 Visualizações

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  SOUZA, A. F. ‘A ambiguidade da mulher- Faraó: gêneros masculinos e feminino nas representações da Rainha – FARAÓ HATSHEPSUT (século XV a. C[a].).

                                              RESENHA CRÍTICA  

                                                                                              Elisson Diego Mota De Lima

            Uma análise crítica que se apresenta a seguir, cujo o texto fonte foi o artigo         intitulado A ambiguidade da mulher – Faraó: gêneros masculinos e femininos nas    representações da Rainha – FARAÓ HATSHEPSUT (século XV a.C.) de autoria de Aline Fernandes de Souza, aluna do curso de Graduação em História da Universidade Federal Fluminense.

            Nesse artigo a autora deixa claro que a sua proposta, a partir de sua pesquisa e analises das representações e imagens, construídos no reinado da Faraó Hatshepsut leva a refletir os aspectos femininos e masculinos da imagem da Rainha-Faraó. Então, no começo do texto a autora faz uma introdução descritiva de quem foi Hatshepsut, da época em que viveu e de como a mesma chegou a sua ascensão a Faraó, um fato que não é exclusivo a Hatshepsut, pois ela teve antecessoras que tomaram tal empreitada como Nitokerty (Antigo Império) e Sobeknefru (Médio Império) o que é visto de especial e diferente é que, no caso de Hatshepsut, ela se tornou de fato Faraó, governou como Faraó e foi usurpando cada vez mais esse vácuo de poder deixando após a morte de Thutmes II, um pequeno detalhe que a autora não chegou a mencionar no artigo.

           A autora apresenta demonstra muito bem no seu texto a pluralidade na forma de como a representação da rainha, do período de coo-regente para Faraó, passaram a mudar de acordo com a sua ascensão ao poder, então é mostrado uma representação com aspecto andrógeno mesclando uma figura masculina com traços mais delicados e depois uma representação da Rainha-Faraó totalmente masculinizada, depois a autora mostra que há essa ambiguidade em outra representação que é em forma de esfinge o que para os egípcios era uma figura basicamente masculina. A autora por fim, diz que através dos exemplos apresentados por ela, apesar desse texto ser um artigo retirado de uma pesquisa monográfica em andamento, chegou-se a solução do problema apresentado, o que ficou muito bem definido com os exemplos por ela apresentados, contudo, ficou vago a explicações sobre as atitudes que levaram a essa mudança nas formas dessas representações, que tinham um cunho político muito forte, mas como dito pela autora, esse artigo é de uma monografia em andamento e talvez nela deva ter mais informações.

             Apesar dessa questão de gênero que é a ideia de algo socialmente construído, a Rainha-Faraó moldou sua imagem para feições másculas e maquiou um mito acerca do seu nascimento divino e quando olhamos desse ponto de vista vemos que, no final das contas, Hatshepsut não estava fazendo nada de tão diferente dos outros faraós, que agregavam a sua imagem a de seus predecessores.

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