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A evolução dos estados democráticos

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Por:   •  3/6/2013  •  Artigo  •  606 Palavras (3 Páginas)  •  340 Visualizações

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Aqui emprega-se o termo política como as ações no sentido da conquista ou do exercício de poder em um Estado. No decorrer dos anos, a evolução dos Estados democráticos transformaram a política em uma profissão. Segundo Max Weber (1982) a remuneração dos representantes é necessária para evitar um governo plutocrático, onde somente aqueles que gozassem de grandes fortunas teriam condições de se dedicar à política.

No entanto, de acordo com o sociólogo, essa solução para garantir o acesso de todas as classes ao poder traz consigo uma distorção, porque cria um terreno fértil para a demagogia. Quanto mais plebiscitário seja o recrutamento dos políticos, mais os programas dos partidos se esvaziam ideologicamente. A política deixa de ter como objetivo o bem comum e passa a ser um grande mercado onde a moeda são empregos públicos e vantagens para as empresas. O cenário se organiza de tal maneira que os maiores postos no poder se reservam aos chefes carismáticos. Esses chefes são a testa de grupos de poder que abrigam políticos profissionais, burocratas, e lobistas, e que são erguidos sobre o capital de corporações.

Nesse contexto, ao político por vocação resta contentar-se com cargos menores no governo ou com a militância em pequenos grupos de interesse. Ainda assim, o sociólogo alemão enfatiza que a esse tipo de político cabe não se abater com as barreiras impostas pelo sistema, mas seguir se esforçando para oferecer à nação suas propostas, por mais que o mundo pareça estúpido demais para merecê-las. O grande homem político necessita de paixão, sentimento de responsabilidade e senso de proporção. A paixão se destina à luta por uma causa, e o poder político que não se dedica a uma causa se esvazia de sentido, torna-se exaltação pessoal. Se essa vagueza se associar à irresponsabilidade, o autoritarismo que daí deriva pode ter consequências trágicas. Por sua vez, se a paixão por uma causa não for balizada segundo o senso de proporção, torna-se uma excitação estéril, e não obtém resultados concretos.

Enquanto defesa de uma causa, a política tem intrínseca relação com a ética, por conta do inevitável julgamento moral dos meios necessários para se obter sucesso em uma empreitada. O pensador italiano Norberto Bobbio aponta o problema da relação entre política e moral como um dos mais clássicos da filosofia política (2003). Essa moral que conflitua com a política é a moral social, aquela que diz respeito à interferência das ações do indivíduo sobre a atividade de outros, e , de acordo com o autor, a solução mais satisfatória para o dilema é a sugerida por Weber (1982) que indica duas éticas, a ética da convicção e a ética da responsabilidade. A ação segundo a ética da convicção é intolerante quanto aos meios, prega a escolha baseada em princípios fundamentais, é racionalista e põe a culpa de seus fracassos na irracionalidade do mundo. A ação nos conformes da ética da responsabilidade aceita as imperfeições da sociedade, entende que as consequências dos seus atos são previsíveis e por isso toma suas decisões baseada nos prováveis resultados reais. Dessa forma justifica os meios pelo fim. Bobbio as renomeia, respectivamente, como ética dos princípios e ética dos resultados.

A ação política acolhe a ética dos resultados. Weber afirma que o homem guiado pela

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