ABSOLUTISMO Características e teóricos básicos
Tese: ABSOLUTISMO Características e teóricos básicos. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: TalitaBrito2014 • 21/8/2014 • Tese • 768 Palavras (4 Páginas) • 185 Visualizações
ABSOLUTISMO
Características e principais teóricos
Historicamente, o absolutismo remete a um determinado tipo de regime político que,
em geral, predominou na Europa entre os séculos 16 e 18. Sua consolidação coincidiu
com o fim do período medieval e o início da modernidade, sendo, assim, expressão
política de um novo modelo de Estado que surgia naquele momento de transição: o
Estado Absolutista. A esse novo tipo de estado correspondeu também uma forma
inovadora de monarquia: a Monarquia Absolutista.
Boa parte das nações acabou passando por revoluções burguesas que puseram fim ao
Antigo Regime, nome pelo qual ficou conhecido esse período. Em várias delas, o
regime escolhido para substituir o Antigo regime foi a República, como na França,
com sua revolução de 1789. Em outras, uma monarquia constitucional, como na
Inglaterra, com sua Revolução Gloriosa.
É importante lembrar que antes de serem derrubados pelas revoluções, muitos
regimes absolutistas ainda tentaram, diante das críticas ao poder ilimitado do rei,
reformar-se. Foi o chamado despotismo esclarecido.
Note-se, então, que vários processos concomitantes se cruzaram no tempo: transição
do feudalismo para o capitalismo, emergência de uma nova classe social (a burguesia),
formação do Estado-Nação moderno, concepção inovadora de poder político, entre
outros. Mas, no que concerne ao absolutismo, quais foram suas principais
características? O que permitiu sua emergência a partir do século 16?
Poder absoluto do rei
Afirmar que um dado regime era absolutista é o mesmo que dizer que se tratava de
uma monarquia em que o rei detinha poderes ilimitados, absolutos. Contudo, não se
deve confundir absolutismo com despotismo. Embora o conteúdo político de ambos
seja o mesmo (isso é, o governante tem poderes ilimitados), apenas o absolutismo
possui justificativas teóricas, formuladas à época de sua emergência, que o legitimam
política e historicamente.
Desde a Roma Antiga já existiam governantes com poderes absolutos. São
conhecidas as duas assertivas quanto à relação entre a lei e o príncipe: o príncipe está
isento da lei e o que apraz ao príncipe vigora como lei. Embora, na prática, tivessem
poderes realmente ilimitados, ainda existia no Império Romano um arcabouço jurídico
que, de certa forma, impunha restrições ao exercício absoluto do poder político. Pelo
menos em tese, o governante era o primeiro cidadão, mas a res publica estava acima
dele.
Essa tradição chegou ao período medieval, quando sofreu uma inflexão que permitiu a
emergência do absolutismo. Aos poucos, foi se consolidando uma versão que
advogava pela superioridade (inclusive temporal) do governante, associando-o ao
poder divino e, assim, eliminando quaisquer outros contra-poderes que limitassem
seus desejos. Eis, então, o absolutismo, que se difere do simples despotismo pela sua
historicidade, pelas ligações que mantém com um período específico da história
ocidental - e da história européia, em particular.
Teóricos do absolutismo
Curiosamente, o termo absolutismo não era usado naquela época para designar o tipo
de regime político em vigor, tendo se popularizado como expressão com algum
sentido histórico apenas no final do século 18.
Durante os séculos em que vigorou, foram vários os teóricos que deram sustentação
...