ARTIGO SOBRE AFRO AMÉRICA

ARTIGO SOBRE AFRO AMÉRICA

Este artigo tem como objetivo refletir e analisar alguns processos econômicos e escravo na América, suas origens bem como o seu estabelecimento em todo território americano durante o período de colonização.  Na América tivemos dois movimentos escravistas: dos índios e dos negros. Refletiremos sobre alguns aspectos ligados a sociedade econômica e a escravidão, enfatizando a escravidãoafricana e a de seus descendentes nos territórios colonizados pelas nações européias.

Nas colônias espanholas que tem características distintas em relação à América portuguesa. Mesmo nos territórios da América espanhola temos situações diferentes, com uma política utilizada no sul dos Estados Unidos que incentivava o casamento, a reprodução de seus escravos e uma constante preocupação com o adequado tratamento de sua população escrava, numa forma de aumentar seu contingente sem os custos do trafico negreiro. Já em Cuba, na Colômbia e na Venezuela a política utilizada era o incentivoao aumento do tráfico e a miscigenação das raças, sem preocupação alguma com a situação e o sofrimento dos escravos, isso fica claro com o tratamentonegligenciado e pela constantetortura praticada por seus senhores.

A colonização conduzida pelos europeus no novo mundo tinha como objetivo a lucratividade, para isso lançavammão do exclusivismo metropolitano, ou seja, do monopólio da metrópole sobre suas colônias, isso fica bastante evidente com a criação de companhias de comercio que detinham o monopólio, portando isso desagradava os colonos da região que buscavam reagir, Blackburn demonstra isso analisando a colonização francesa:

Embora todos os colonos franceses desaprovassem o controle de seu comércio, os de são Domingos eram os mais agressivos. Em quase todas as décadas a partir de 1670 houve nesta colônia alguma grande conspiração ou rebelião contra as autoridades metropolitanas. Blackburn (2003, p. 344)

Portanto os colonos das regiões colonizadas pelos europeus nunca aceitaram esse monopólio pacificamente, sempre buscaram maneiras de dribla e combater essa condição das autoridades colonizadoras.

A colonização francesa foi bastante prejudicada pela luta contra os huguenotes para o fortalecimento do poder monarca em seu próprio território, devido a esse fato a frança até meados do século XVII estava bastante atrasada em relação às outras nações européias, a nação enfrentou ainda grande dificuldade, no processo de colonização, com os povos nativos, conseguindo aliança com os horus uma tribo que praticava a agricultura onde a principal atividade da região era o comercio de pele, essa aliança provocou hostilidade com os rivais dos horus principalmente dos iroquesas, com todos esses problemas a América do norte não conseguiu ajudar os caribenhos no seu desenvolvimento.

Na América Latina, os franceses se estabeleceram nas Antilhas e nas Guianas empreendendo as plantations,voltado para a produção açucareira e a utilização de mão de obra escrava. Na região norte, os franceses se fixaram na região do Quebec, Louisiana e Mississipi. Nessas regiões, diversos colonizadores franceses viviam da comercialização de caças, peles de animais, pesca e outras atividades menores. Com a Guerra dos Sete Anos (1756 - 1763) o projeto colonial francês sofreu um duro golpe ao ter que entregar parte de seus domínios para a Inglaterra. Com o fim do conflito a França reconheceu sua derrota entregando uma parte das Antilhas Francesas, a região do Mississipi, à colônia de Quebec e a região da Louisiana, entregue ao domínio dos espanhóis.

A América espanhola por sua vez tevea mineração como atividade responsável pela efetiva colonizaçãodas suas terras além-mar, pois a agricultura de plantation não prosperou como esperavam devido as constante revolta dos índios, o grande custo na compra de escravos e pelo constante ataque de corsários as fazendas. Os metais mais valiosos como ourona região Mexicana e a prata na região Peruana causaram um desdobramento de uma política de exploração por parte da metrópole, que passou a exercer um controle mais rígido sobre seus domínios. A atividade mineradora foi responsável pelo incremento de atividades auxiliares, diversificando a produção nas áreas vizinhas, responsáveis pelo abastecimento das minas, com produtos como batata, milho, tabaco e cana de açúcar, dentre esses produtos destacava-se para a exportação o tabaco e cana de açúcar que foram produtos utilizados pelos colonos europeus na América. A produção artesanal indígena foi permitida, porém passou a ser controlada pelos espanhóis na colônia. Esse "sistema de obrajes" representava, na prática, uma forma de explorar a mão de obra indígena, forçado a trabalhar por um período determinado, durante os quais recebia um pequeno pagamento.

Os escravos realizaram todos os tipos de serviço, e em algumas ocasiõesconstituíam até classes separadas, os africanos mais hábeis conseguiram tais condições, os crioulos principalmente por sua característica cosmopolita, conhecimento do comercio atlântico e principalmente por sua habilidade lingüística, essas característica tornaram os crioulos flutuantes nas sociedades, adquirindo umaliberdade velada sem a carta de alforria.Raras sociedadesescaparam do sistemaescravocrata, e quase todas trataram seus escravos como indivíduos marginais, sem origens, mantidos contra sua vontade pelo uso da força. Em todas as regiões onde a base da mão de obra foi à escrava, foram à força mais móvelde trabalho disponível.

Os escravos eram pessoas desprovidas de quase nenhum direito, eram tratados como coisa, portanto, completamente dependentes da vontade de seus senhores. A mão de obra empregada na economia colonial na Americafundamenta-se em variadas formas de trabalho compulsório, permanecendo o trabalho livre e assalariado reduzido, a certos ramos do artesanato, aos trabalhos especializados como técnicos, mestres do açúcar e outros, e ainda às funções de administrador ou feitor. A escravidão indígena teve, de forma geral, pequena importância, salvo nas Antilhas, a inícios do século XVI, e nas regiões onde os índios resistiram com mais veemência, reduzidos à escravidão quando aprisionados em guerra.

A escravidão dos insurgidos era a única maneira de legitimação da escravidão indígena, pois desde cedo a Coroa e a Igreja trataram, com relativo êxito, de combater tais práticas, lançaram mão para isso da evangelização tendo como base o catolicismo.Em relação à escravidão africana, esteve praticamente em quase toda a América durante o período colonial. Com isso, durante o período de sua existência do tráfico africano, a América recebeu uma quantia razoável de escravos vindos para as colônias,à ação colonizadora foi responsável pela destruição e desestruturação das comunidades indígenas, quer pela força das armas contra aqueles que defendiam seu território, quer pela exploração do trabalhoouatravés da proibição cultural dos nativos, promovido pelosistema de exploração e pela ação catequética dos missionários católicos.Blackburn escreve: