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Anos Dourados

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Por:   •  22/2/2015  •  1.086 Palavras (5 Páginas)  •  484 Visualizações

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9 OS ANOS DOURADOS

Durante os 50 anos após a Segunda Guerra Mundial os tempos tinham melhorado significativamente para os países beligerantes, em particular, para o capitalismo desenvolvido, que passara por uma fase excepcional de sua historia “os trinta anos gloriosos”. Contudo, para os EUA, que dominaram a economia após a Segunda Guerra, essa época não fora tão revolucionaria, uma vez que significou apenas a continuação da expansão pós-guerra. Na verdade para os EUA essa foi econômica e tecnologicamente uma época de mais relativo retardo que de avanço, uma vez que a distancia entre ele e os outros países, medida pela produtividade por homem-hora, diminuiu.

Entretanto, para os países que sofreram com a guerra (Europa e Japão) os anos que se seguiram eram fundamentais para o restabelecimento da economia, assim, não mediam esforços para reerguer suas economias. Por isso, a Era de Ouro pertenceu essencialmente aos países capitalistas desenvolvidos, que representaram nessa época 80% da produção do mundo. A taxa de crescimento da URSS na década de 50 foi mais veloz que a de qualquer pai ocidental e as economias da Europa Oriental cresceram com a mesma rapidez.

A Era de Ouro foi um fenômeno mundial, embora a riqueza jamais chegasse a vista da maioria da população do mundo, entretanto, a população do Terceiro Mundo, aumentou num ritmo especular, ao passo que as décadas de 70 e 80 o mundo familiarizava com a fome endêmica. Os anos de 1970 sinalizavam um imenso paradoxo: a medidade que o mundo desenvolvido produzia uma imensa gama de alimentos e não sabia o que fazer com o excedente, um enorme contingente humano nos países do Terceiro Mundo passava fome.

A Era de Ouro, também repercutiu na modernização da base produtiva, países predominantemente agrícolas passaram a ser industriais e no Terceiro Mundo “países em recente industrialização” começaram a depender cada vez menos da agricultura, com exceção da America Latina e África Subssariana. A produção mundial de manufatura quadruplicou bem como a produção agrícola ainda que em menor escala. As consequência do crescimento acelerado, começa a ser vistas e discutidas (poluição e deterioração ecológica). Na Era de Ouro, isso pouco chamou atenção, a não de poucos defensores da natureza. Longe de haver uma preocupação ecológica, as poluições do século XIX davam agora lugar a tecnologia do século XXI. No entanto, o autor ressalta que não há como negar os impactos da ação humana sobre a natureza, sobretudo urbano – industriais. O aumento no uso de combustíveis fosseis (carvão, petróleo e gás natural), resultou numa rápida escassez, fazendo, portanto, necessária, novas formas de combustíveis.

Outro ponto ressaltado por Hobsbawn diz respeito aos modelo de produção em massa de Henry Ford, que espalhou-se mundialmente e pelos novos tipos de produção à exemplo do Mc Donald’s. Hobsbawn refere que três coisas que impulsionaram o terremoto tecnológicos da década de 60. Primeiro: transformou a vida cotidiana tanto da população rica quanto pobre, com o avanço da tecnologia, com uma invasão de novos produtos (ex. chinelos de plástico, rádio levando informação a aldeias longínquas), assim, salienta-se também a criação de valores sobre as novas mercadorias tecnológicas (geladeira, televisão, etc.), no qual criavam-se valores de uso para agora não designar apenas um luxo mas sim uma necessidade o seu consumo por toda a população.

Segundo: quanto mais complexa a tecnologia mais complexa a sua estrada, portanto, houve um alto investimento em pesquisa e desenvolvimento, que tornaram-se fundamentais para o crescimento econômico. Terceiro: as novas tecnologias eram de capital intensivo, exigiam pouca mão de obra e até mesmo a substituíam, uma importante característica desse período foi de precisar cada vez menos de pessoas a não para o consumo dos produtos. A produção, começa então a realizar-se com menos seres humanos que foram sendo substituídos por robôs automatizados, espaços silenciosos e cheios de banco de computadores controlando a produção.

O autor reflete sobre o grande salto do capitalismo na Era de Ouro, apresentando dois grandes questionamentos para o avanço

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