As Revoluções Industriais
Por: Dimitri Bentok • 7/2/2019 • Dissertação • 467 Palavras (2 Páginas) • 210 Visualizações
Revolução Industrial: início do mundo contemporâneo?
I Revolução Industrial (Inglaterra: 1780-1830)
Condições inglesas
- Revolução Agrária (crescimento demográfico)
- Cercamentos (êxodo rural)
- Nobreza aburguesada e burguesia enobrecida
- Manufaturas (caseiras) desenvolvidas: algodão, vendido em todo o mundo
- Mineração de ferro (grandes reservas)
- Parlamentarismo (condições jurídicas para expansão do capitalismo): sem guildas ou corporações de ofício
- Hegemonia naval (fretes): tratados de comércio vantajosos e Atos de Navegação
- Ouro Português (sic)
Elementos Revolucionários
- Concentração de trabalhadores em um mesmo espaço, com divisão de tarefas
- Manufaturas hidráulicas de tecidos de algodão
- Máquinas a vapor
- Fundição do ferro com carvão (além da lenha)
- Ferrovias
- Aumento da exploração do trabalho
Questão Social e Propostas anti-liberais na Europa
Movimento trabalhador
- Impedimento de organizações em nível nacional
- Motins, petições e demonstrações de massa são as principais formas de manifestação
Ludismo: operários buscavam barganhar junto aos patrões, e quando não conseguiam, quebravam máquinas, como instrumento de lutas (1811-2).
- Parlamento determina que quebra de máquina é crime passível de pena de morte.
- O movimento definha e é reprimido sistemática e desproporcionalmente, até acabar, no final da década.
Cartismo (1832, 1838, 1848): Cartas/Petições do Povo ao Parlamento reivindicando voto universal, remuneração aos parlamentares e que eleições parlamentares deveriam ser regulares e anuais
- Reform Act (1832): diminuição da renda para votar – incorpora a “classe média”
- Os mais pobres começam a fazer novas petições ao Parlamento, que são sempre negadas.
- Na de 1848, o Parlamente nega por unanimidade a petição, já com mais de um milhão de votos – a repressão é violenta, e o cartismo acaba.
Trade unionismo: Tradição que permanecerá por muito tempo (futuro sindicato)
Capitalismo monopolista
- Donos de fábricas têxtil associam-se para viabilizar a construção de uma linha férrea (cartel: horizontal)
- Várias fábricas se associam para empreender a obra e, para isso, criam uma holding.
- Tanto a holding quanto a ferrovia colocam suas ações na bolsa de valores (49%): Capital industrial e bancário se amalgamam (Capital financeiro)
- Trustes (vertical): controle de todas as etapas do processo produtivo
- Os lucros isolados diminuem e há descompasso entre oferta, demanda e mercado de capitais (bolha, ou crise)
I Revolução Industrial | II Revolução Industrial (Grande Depressão: queda nos lucros expande investimento em tecnologia) | |
Países | Inglaterra, França e Bélgica | Alemanha, EUA, Japão, Rússia |
Matérias-primas | Carvão (vapor), algodão (têxtil) | Aço, petróleo |
Setores | Têxtil | Siderurgia, metalurgia, fertilizantes, eletricidade (combustão) |
Dimensões | Empresas pequenas, média e familiar | Oligopólio (trustes, carteis e holdings) |
Fontes de energia | Vapor | Eletricidade (motor de combustão interna) |
Tipo de capitalismo | Industrial (ou livre concorrencial) | Financeiro, oligopolista, ou monopolista (interdependência do capital industrial e do financeiro) – anti-liberais, que passam a demandar proteção do Estado. |
Tecnologias (inovações) | Ferro fundido; linhas e transporte ferroviário | Método Bessmer (aço mais flexível); aperfeiçoamento do dínamo (eletricidade); motor a combustão interna; concreto armado |
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