Aspectos Interculturais Entre Brasil E Itália
Exames: Aspectos Interculturais Entre Brasil E Itália. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: 9876keila • 29/5/2014 • 633 Palavras (3 Páginas) • 328 Visualizações
Aspectos interculturais entre Brasil e Itália
Nas aulas de língua italiana, a “alta cultura” (ópera, pintura, escultura, museus, história) e a
“cultura popular” (música, futebol, gastronomia) sempre tiveram seu espaço, sempre foram
contempladas, inclusive nas denominações dos cursos: Cursos de língua e cultura italianas.
Alguns aspectos da cultura cotidiana também são abordados nas aulas de língua e nos livros
didáticos, mas grande parte da cultura do dia-a-dia é considerada subentendida. Alguns aspectos
podem acentuar percepções que geram conflito ou estereótipos, como, por exemplo, a questão
da higiene pessoal, o modo de limpar a casa, de lavar a roupa, de cuidar dos mortos. Outros são
aspectos que se tornam aparentes apenas quando colocados em confronto, ou seja, são
entendidos como peculiares apenas quando contrastados com hábitos culturais brasileiros. Por
exemplo, o uso do ralo, do rodo, do tanque de lavar roupas ou ainda a divisão dos cômodos da
casa, a presença ou não de porteiros em edifícios, o pagamento de taxa de condomínio, a
presença da laje e a tipologia das casas italianas em comparação com as casas brasileiras. Como
enfrentar as diferenças culturais implícitas no léxico sem criar ou aumentar conflitos e
propiciando uma melhor comunicação?
Esta pesquisa se insere no âmbito da comunicação intercultural com vistas a obter dados para a
elaboração de um dicionário pedagógico bilíngue visando a competência intercultural do aluno
de língua estrangeira. Para compreender o nosso objeto de estudo, transitamos entre várias
disciplinas e áreas do conhecimento, mas sempre tendo em vista o nosso objetivo – a elaboração
de um dicionário bilíngue – e a nossa área de estudos: a lexicografia pedagógica.
Edward Hall (1976:241) nos recorda que qualquer que seja o ponto de partida, símbolos terão
sempre uma componente compartilhada e uma componente individual. Duas pessoas nunca
usarão a mesma palavra exatamente no mesmo modo. Segundo Scollon et alii (2012) não se
pode prevenir a ambiguidade inerente à linguagem oferecendo melhores dicionários, melhores
gramáticas ou até mesmo melhores concepções da natureza do discurso, mas ensinando o
falante a reconhecer que esta é a natureza da linguagem e que há estratégias para lidar com esta
ambiguidade. Acredito, no entanto, que melhores dicionários e melhores gramáticas podem,
sim, ajudar o aluno a compreender os pontos críticos desta ambiguidade e a desenvolver as
estratégias para lidar com ela. O dicionário e a gramática não
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