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Aspectos da sociedade brasileira

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Por:   •  26/11/2014  •  Resenha  •  792 Palavras (4 Páginas)  •  309 Visualizações

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Desde 1500, o Brasil foi alvo de nações europeias que vinham em busca de tesouros ou atraídas pelo desconhecido. Em razão disto, podemos dizer que o povo, nação e o estado brasileiro é resultado da miscigenação destas três raças: branco português, o negro africano e o índio brasileiro. Esta miscigenação acarretou o mito de que a sociedade brasileira seria homogênea, portanto não existiria preconceito racial. Nessa sociedade brasileira idealizada todos os indivíduos possuiriam igualdade de direitos.

É considerado um mito, pois não reflete a realidade da historia brasileira, que foi repleta de preconceitos e injustiças com o trabalho escravo e o privilégio as classes dominantes e proprietárias de grandes latifúndios.

Mesmo com a independência política do Brasil em 1822 não houve uma propagação de um sentimento de nacionalidade brasileira. Apenas em 1840, quando acabaram as revoltas com intuito separatista ou voltadas para as próprias províncias (Sabinada, Cabanagem, farroupilha e Malês) surgiu um pequeno sentimento nacionalista. Esse sentimento se fortaleceu com a Guerra do Paraguai onde os brasileiros tiveram uma razão para se unir, um inimigo em comum, o Paraguai. Depois de sair vitorioso, o Brasil se viu diante de diversos movimentos nacionalistas e patriotas. Esta guerra também resultou em delimitar as fronteiras e com o surgimento do Uruguai.

Os governantes brasileiros tentaram por diversas maneiras criar um sentimento e uma identidade nacional através da mistificação da figura de Tiradentes como herói nacional, do D. Pedro I como líder da independência no quadro “As margens do Ipiranga” e do D. Pedro II que construiu sua imagem como líder da nação brasileira.

A construção dos heróis nacionais foi de muita importância, pois uma unidade nacional só é realizada a partir de uma unificação territorial e, principalmente, a partir da unificação da população, que começou a identificar uma nação.

As elites comandaram o processo de construção de uma nacionalidade brasileira, porem sem contar com uma maior participação das camadas populares, como já era de costume de acordo com a realidade histórica do Brasil. Esse fato explica a dificuldade do povo brasileiro ter em relação a sua nacionalidade.

Durante a Regência, existiram outros esforços nesse processo de construção de uma identidade. A criação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro em 1838 foi o primeiro passo na tentativa estatal de refletir sobre temas que estariam relacionados à nação brasileira.

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Martius descreveu aspectos da sociedade brasileira. Para ele, os índios são parte de uma cultura sofisticada no passado, mas que com o passar dos anos foi ruindo. Um povo incapaz de evoluir com a sociedade. Ele acreditava na ideia de que as espécies podem mudar, mas tendem à degeneração e ao desaparecimento.

Ele dizia que o que faria do Brasil uma sociedade diferente da portuguesa seria o rumo dos estudos arqueológicos da cultura indígena. A história não podia ser divulgada só a partir dos portugueses e seu papel de colonizadores, mas também, englobando a língua e os costumes das outras duas raças, a relação entre a igreja e a monarquia e o modo de vida colonial. Seu modelo para escrever a história do Brasil não foi seguido.

As ideias apresentadas pelo botânico eram humanistas e não agradavam aos interesses políticos da elite da época. A elite lutou contra a mistura racial na qual Martius acreditava fazer parte da identidade nacional. Ele acreditava que o branco tinha o papel de agente

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