Baco e Ampelos. A Conquista da Índia
Abstract: Baco e Ampelos. A Conquista da Índia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: ViviRo • 29/3/2014 • Abstract • 3.320 Palavras (14 Páginas) • 334 Visualizações
Baco - A InfânciaBaco
A Infância de Baco
Baco e Ampelos
A Conquista da Índia
Baco em Tebas
Baco e Licurgo
Baco e Perseu
Baco e Erígone
A Infância de Baco
Nonnos, a quem é preciso sempre recorrer, quando se trata de Baco, assim
narra a maneira pela qual se passaram os anos da sua infância: "A deusa
criou-o, e, bem mocinho ainda, o fez montar no carro puxado por ferozes
leões... Aos nove anos, já possuído da paixão da caça, ultrapassa na
corrida as lebres; com a sua mãozinha, dominava o vigor dos veados
malhados; trazia sobre o ombro o tigre intrépido de pele malhada, livre de
qualquer laço, e mostrava a Réa nas mãos os filhotes que acabara de
arrancar ao leite abundante da mãe; depois, arrastava terríveis leões
vivos; e, fechando-lhes entre os punhos os pés reunidos, dava-os de
presente à mãe dos deuses, a fim de que ela os mandasse atrelar ao seu
carro. Réa observava sorrindo e admirava tal coragem e tais feitos do
jovem deus, ao passo que à vista do filho vencedor de formidáveis leões,
os olhos paternais de Júpiter irradiavam maior alegria ainda. Baco, mal
ultrapassou o limite da infância, revestiu-se de suaves peles, e ornou os
ombros com o envoltório malhado de um veado, imitando as variadas manchas
da esfera celeste. Reuniu linces nos seus estábulos da planície da Frígia,
e atrelou ao seu carro panteras, honrando a imagem cintilante da morada
dos seus maiores. Foi assim que, desde cedo, desenvolveu o gosto montanhês
ao pé de Réa, amiga das elevadas colinas; nos picos, os pãs rodeiam nos
seus giros o jovem deus, também hábil dançarino; atravessam barrancos com
os seus pés peludos, e, celebrando Baco nos seus tremendos saltos, fazem
ressoar o chão debaixo dos seus pés de bode." (Nonnos).
Baco e Ampelos
Quando Baco estava na Ásia Menor, banhando-se com os sátiros nas águas do
Pactolo e brincando com eles nas costas da Frígia, ligou-se da mais
estreita amizade com um jovem sátiro chamado Ampelos. Em breve,
tornaram-se inseparáveis; mas um touro furioso matou um dia o infeliz
Ampelos, e Baco, não podendo consolar-se, derramou ambrósia nos ferimentos
do amigo que foi metamorfoseado em vinha, e é precisamente esse divino
suco que deu à uva a qualidade embriagadora. (Nonnos).
Baco, realmente, colheu um cacho de uvas e, espremendo o suco, disse:
"Amigo, a partir deste instante serás o remédio mais poderoso contra as
dores humanas."
Foi então que Baco começou a percorrer o Oriente: no Egito, vemo-lo em
relação a Proteu; na Síria, luta contra Damasco, que se opõe à introdução
da cultura da vinha. Vencedor, continua a viagem, atravessa os rios sobre
um tigre, lança uma ponte sobre o Eufrates, e empreende a gigantesca
expedição contra os indianos.
A Conquista da Índia
A lenda heróica de Baco parece ser apenas a história da plantação da
vinha, e a narração dos efeitos produzidos pela embriaguez, desde que o
vinho se tornou conhecido. O temor desses terríveis efeitos explica
naturalmente a oposição que se lhe depara por toda parte, quando ensina
aos homens o uso do vinho por ele personificado.
O culto de Baco apresenta grandes relações com o de Cíbele, e o caráter
ruidoso das suas orgias relembra a algazarra que se fazia em homenagem à
deusa. Mas a história da conquista da Índia dá às tradições em torno de
Baco um caráter especialíssimo. Segundo vários mitólogos, as narrações que
a isso se prendem só se teriam popularizado após a conquista de Alexandre.
Creuzer considera, pelo contrário, essa história bastante antiga.
Nessa expedição memorável, as ninfas, os rios e Sileno, sempre montado no
seu burro, formavam o cortejo particular do deus, mas o cortejo era
engrossado por numeroso bando de pãs, de faunos, de sátiros, de Curetes e
de seres estranhos, dos quais nos dá Nonnos uma nomenclatura pormenorizada
no seu poema das Dionisíacas. Toda essa narração apresenta caráter
fantástico e maravilhoso. Quando o rei da Índia, Deríades, quis atirar-se
contra Baco, uns pâmpanos que brotavam
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