Bioética
Por: clarita • 19/8/2015 • Dissertação • 512 Palavras (3 Páginas) • 525 Visualizações
Podemos, inicialmente, afirmar que a Bioética não pode ser entendida apenas como um campo de saber específicas, em 1971, entendia a Bioética como uma ponte entre duas culturas: a das ciências e a das humanidades, que, ainda hoje, aparecem extremamente distanciadas. Falar das “fronteiras” da Bioética é uma tarefa bastante complicada, porque envolve a compreensão dos paradigmas e envolve o ser humano, que é o ser mais complexo do planeta Terra, a Bioética é uma ramo do conhecimento transdisciplinar, que sofre influência da Sociologia, Biologia, Medicina, Psicologia, Teologia, Direito, dentre outros. É um ramo do conhecimento que se preocupa basicamente com as implicações ético-morais decorrentes das descobertas tecnológicas nas áreas da Medicina e Biologia.
Os teólogos estão fundamentados na sua fé, que é algo íntimo, interior, e os cientistas estão embasados no empirismo positivista; ambos, convencidos da posse da verdade, assumiram, durante séculos, uma postura rígida, excludente e antagônica. As fronteiras existentes entre a ciência e a Teologia eram, na verdade, elevados muros, fortificações e muralhas.
Os cientistas, em geral, acreditam demasiadamente na potencialidade da ciência: como se ela pudesse trazer a soluções mais variadas e avançadas, na tentativa de superar problemas e limites até hoje existentes e, portanto, apostam todas as suas fichas nesse campo. Em contrapartida, os teólogos têm consciência de que o ser humano não é um ser pronto e acabado, e que ainda não se conhece o seu o pleno desenvolvimento mental e espiritual, atualmente, há uma enorme lacuna entre as gerações, na qual o ser humano nunca viveu de forma tão solitária, vazia e frustrada. O uso intensivo do micro-ondas, do telefone celular, da TV e da internet criou uma distância mental entre as pessoas.
A Ciência Política é a esfera do poder, isto é, do poder de decisão para adotar esse ou aquele caminho a trilhar, a principal característica da organização política da Idade Média foi a formação dos feudos, entidades intermediárias entre o soberano e o cidadão comum. As fronteiras entre a Bioética e a Política precisam conter uma constante vigilância e uma análise crítica vigorosa: o avanço da ciência da tecnologia pode abrir portas e gerar benefícios para toda a sociedade, mas pode, também, trazer e produzir graves abusos e destruições.
Segundo Bernard (1993), as fronteiras geográficas, sem dúvida, são fatores principais para se entender os difíceis contornos da Bioética. Cada país, região e seu povo caracterizam-se por possuir língua, costume, tradição, valores próprios que vão imprimir certa solidez organizativa daquele grupo humano específico.
No Japão, por exemplo, é proibido por lei extrair um órgão de uma pessoa, logo após a constatação da sua morte; os japoneses ricos, porém, atravessam o Oceano Pacífico para efetuarem, em São Francisco, um transplante de fígado ou de coração.
No Brasil, a venda de um rim vivo é permitida e pode ser averiguada por meio de pequenos anúncios nos jornais e revistas.
A fecundação artificial é interditada pela Igreja Católica, mas largamente aceita e mesmo aconselhada por diversas Igrejas Protestantes.
As fronteiras entre duas propriedades, entre municípios ou entre dois países costumam ser precisas,
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