Brasil Escravocrata ou Luta pela Liberdade

Projeto de Pesquisa para TCC

UNIVERSIDADE ESTACIO

CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA

Brasil Escravocrata ou Luta pela Liberdade
350 anos de escravidão e a luta pela inserção da população negra na sociedade brasileira

Edna Stefani Mendonça da Silva

Guarujá – SP
2022

Edna Stefani Mendonça da Silva

Brasil Escravocrata ou Luta pela Liberdade
350 anos de escravidão e a luta pela inserção da população negra na sociedade brasileira

Trabalho de conclusão de Curso, apresentado na Universidade Estácio como requisito básico para a conclusão do Curso Licenciatura em História.

Orientador (a): Marcelo de Almeida

Guarujá – SP
2022

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................................
2. JUSTIFICATIVA/CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA...............................................
3. OBJETIVOS.............................................................................................................................
4. METODOLOGIA.....................................................................................................................
5. RESULTADOS E IMPACTOS ESPERADOS.......................................................................
6. CRONOGRAMA......................................................................................................................

REFERÊNCIAS............................................................................................................................

1.  Introdução

O presente estudo tem por objetivo de análise as leis cujo discurso oficial abrangia a libertação do povo negro, que, contudo, tiveram como efeito a promoção da inferiorização deste segmento da população no Brasil, bem como se deu a integração da população negra no Brasil, notadamente à vista da política de imigração de trabalhadores brancos europeus para ocuparem não só seus postos de trabalho, como, também, seus espaços físicos. Desse modo, se faz necessária a análise das práticas eugenistas, que começaram a ser adotadas ainda no Império. No Brasil do o século retrasado até os dias de hoje, foi possível traçar a exclusão de postos formais de trabalho, do acesso à terra, da possibilidade de ser educado formalmente, que possuiria a população negra, que até então tinha o papel exclusivo de mão de obra, e que quando fora alforriada da escravidão, de forma gradativa – primeiro através da Lei do Ventre Livre, seguida da Lei dos Sexagenários, e enfim a promulgação da Lei Áurea – se viu não integrada a sociedade brasileira.

1. Justificativa/Caracterização do Problema

O problema da pesquisa é saber se a população negra conseguiu se integrar ao Brasil após a Abolição da Escravatura. Embora formalmente as pessoas negras façam parte da sociedade brasileira, na pratica é possível observar que há ruídos no discurso oficial, que preconiza a “Democracia Racial” e a igualdade entre os povos no país.

Esta pesquisa parte da hipótese que o Brasil é um país racista, e ainda adota praticas racistas para o controle dos cidadãos, a despeito da adoção de algumas ações afirmativas pontuais. Isto é, o Estado brasileiro seria praticamente composto de comportamentos racistas. O racismo do Estado encontraria origem e respaldo na sociedade que o sustenta. Desta forma, surge a hipótese de que na sociedade existe um preconceito racial.

1.  Objetivos

O objetivo principal da pesquisa é demonstrar que as leis abolicionistas no Brasil desconsideraram a condição humana dos negros na sociedade durante seu processo legislativo, isto é, demonstrar que grande parte dos legisladores não tinha preocupação com os negros enquanto pessoa, mas primordialmente, enquanto meio de produção, o que resultou na falta de formulação de um projeto de integração da população negra para o pós-abolição, o que, por sua vez, resultou num processo de exclusão formal dos postos de trabalho, ao massacre da população. Além disso, a pesquisa irá analisar qual era o contexto leal no qual se encontrava o Brasil, quando decretaram as leis abolicionistas, realizando um apanhado da literatura sobre o tema.

1. Metodologia

A presente pesquisa parte de um problema, cuja a resposta se dá através da análise teórica. Sendo ela realizada da seguinte forma: pode objetivar e determinar o “estado da arte”, como uma revisão histórica. A primeira forma, determinação do “estado da arte” de um assunto, busca exaurir o que já foi debatido sobre o tema escolhido. Nesta forma de pesquisa caso se mostre necessário o pesquisador pode ainda demonstrar as falhas ou faltas teóricas e metodológicas dos autores analisados. Além das formas supracitas, a pesquisa foi realizada de acordo com a abordagem qualitativa, onde busca analisar o aspecto do ser e do agir humanos com um nível de realidade que não pode ser quantificado, devido a subjetividade existente nas ciências e nas outras áreas das humanidades: “nem sempre a frequência quantitativa indica a permanência dos dados” (DEMO,2000: 21). Embora se possa optar por pesquisas qualitativas, algumas nuances sobre o impacto que determinado material a ser analisado tem na vida humana impulsionam muito mais pesquisas humanas e áreas correlatas do saber para a metodologia qualitativa. Nesse sentido a autora Miriam Goldenberg entende que:

Os pesquisadores que adotam a abordagem qualitativa em pesquisa se opõem ao pressuposto que defende um modelo único de pesquisa para todas as ciências, baseado no modelo de estudo das ciências da natureza. Estes pesquisadores se recusam a legitimar seus conhecimentos por processos quantificáveis que venham a se transformar em leis e explicações gerais. Afirmam que as ciências sociais têm sua especificidade, que pressupõe uma metodologia própria. (GOLDENBERG.2004: 16-17).

De acordo com Marli André e Menga Ludke (1986) dentro da abordagem qualitativa da pesquisa são possíveis três métodos de estudo. Em primeiro lugar o estudo exploratório, no qual: