Bruxas Figuras De Poder
Pesquisas Acadêmicas: Bruxas Figuras De Poder. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: manunopar • 25/11/2014 • 1.748 Palavras (7 Páginas) • 304 Visualizações
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 3
2 DESENVOLVIMENTO 4
Conclusão.................................................................................................................8
Referências ................................................................................................................9
1 INTRODUÇÃO
Resenha do texto Bruxas: Figura de Poder, que tem como autora Paola Basso Mena Barreto Gomes Zordam, tem como foco de suas explanações a questão da feminilidade vista pelas lentes da igreja e instituições dominantes na idade média. A escritora em seu artigo percorreu textos de historiadores, em especiais o de Jules Michelet,que no século XIX construiu a imagem romântica e martirizada da bruxa, e também o manual de inquisidores do século XIV conhecido como Malleus Maleficarum que descreve os poderes da bruxa, sua aliança com o demônio e sua ameaça para o cristianismo, o artigo traz em seu conteúdo textos que glorificam, quanto execram a imagem da bruxa, também ligando a sua imagem á sexualidade.
2 DESENVOLVIMENTO
A figura feminina sempre apresenta em ambos os textos de um lado linda, jovem e de outra velha e louca, mas sempre ligada a sexualidade ao pecado e ao demônio, o texto traduzido para o português como “O Martelo Das Bruxas” foi escrito por dois monges no século XV. No ato, e ao longo dos três séculos seguintes, se converteu no manual indispensável e a autoridade final para A Inquisição; para todos os “julgadores”, magistrados e sacerdotes, católicos e protestantes, “na luta contra a bruxaria” na Europa. Abarcava os poderes e práticas dos bruxos, suas relações com o demônio, e sua descoberta. A Inquisição, a fogueira, a tortura, mental e física, da cruzada contra “a bruxaria”: tudo isto é conhecido. E por trás de cada um dos atos sanguinários se encontrava este livro, ao mesmo tempo justificando e como manual de instrução. Para qualquer compreensão da história e natureza da bruxaria e do satanismo, Malleus Maleficarum é a fonte mais importante.
Já na obra de Jules Michelet (1798-1874), historiador francês, a imagem dessas mulheres como foram na realidade, apenas mulheres que por culpa da igreja foram castigadas por crimes que nunca existiram, a obra desse autor em “A Feiticeira” é esplendida.
“É certo que não havia bruxas, mas as terríveis consequências da fé nas bruxas foram as mesmas que se verificariam se tivesse havido bruxas…”
Michelet mostrou de forma ampla e profunda em sua obra o que acontece quando o fanatismo religioso toma conta das pessoas, a igreja queria de todas as formas manipular o pensamento das pessoas para que elas não tivessem oportunidade de conhecer coisas novas, terem visões diferentes sobre assuntos diversos, e via nessas mulheres que eram conhecedoras de fontes naturais de cura um inimigo, pois queria apenas obediência a seu papa. Na obra o “Martelo das Bruxas” elas são vistas de uma forma tão distorcida que nos dias de hoje é impossível conceber tal pensamento, a sexualidade foi oprimida e colocada de uma forma tão grotesca, eram acusadas de sexo com demônio, alias as obras se pautam principalmente na questão sexual, justo a que tinha que ser mais oprimida, pois através do sexo a mulher revela todo seu poder, a igreja sabia disso e precisava de uma forma de conter qualquer forma de intenção sexual.
Mulheres que comiam crianças faziam sexo com o diabo, entre outras coisas mais terríveis era a visão da igreja, a mulher tinha que ser oprimida de qualquer forma, numa sociedade patriarcal onde os homens precisavam de todas as formas se auto afirmar como donos de todo poder e onde a igreja precisava de todas as formas deixarem seu rebanho trancado em um cerco imaginário, a fim de não poder buscar novos conhecimentos porque assim seu poder poderia ser diminuído e seu dinheiro também, no final tudo gira entorno de poder e do dinheiro, as mulheres foram massacradas de uma maneira tão brutal por coisas tão banais, foram queimadas vivas apenas por serem conhecedoras da natureza e por terem uma ligação forte com ela, vindo seus conhecimentos de gerações pagãs. De uma forma torpe foram condenas e vivenciaram abusos físicos e mentais, a tortura era tão brutal que chegava a um ponto que as mesmas confessavam coisas que nem sabiam, era melhor morrer do que ser torturada por dias, com privação de sono e de comida, assim como outros métodos como: roda do despedaçamento, dama de ferro,berço de judas, garfo, garras de gato entre outros.
A igreja buscava somente a afirmação do seu poder, e usou as mulheres que eram mais frágeis para isso, um alvo que não teria poder para se revoltar contra uma instituição forte e opressora, em que os sacerdotes eram apenas sedentos de poder e dinheiro, onde um pedaço no céu era comprado, ou perdão por pecados eram fáceis de se conseguir quando se tinha posses.
A pobreza, o êxodo rural e a extinção do feudalismo foram também causas para criarem histórias de mulheres que se alimentavam de carne humana, que faziam porções em caldeirões, que se alimentavam de carne podre, coisas totalmente irracionais eram pensadas, as mulheres consideradas bruxas seriam anormais, consideradas verdadeiros monstros que podiam voar, percorrer grandes distancias, manipular corpos.
Isso só acabava quando ela era colocada sob jugo da igreja, a instituição máxima do poder de Deus na terra, quando isso acontecia seus “poderes” simplesmente acabavam como um milagre atribuído aos sacerdotes conhecedores de poder divino e enviados do Senhor, muitas atrocidades foram cometidas em nome de Deus, algo que vem até nos dias atuais acontecendo, não só no passado o homem se coloca como representante dos céus na terra e usa isso para matar pessoas.
Na obra de Michelet a uma retratação com as mulheres o autor faz uma analise muito bem elaborada e profunda sobre como a mulher foi tratada na idade media, o historiador francês fala dos séculos sombrios, tenebrosos e escuros, fala de uma humanidade afundada no breu dos dogmas, sob jugo pesados de monarquias teocráticas e papados tirânicos.
A tirania do incorpóreo sobre o corpo é uma das marcas destes séculos durante os quais, nos países cristãos, as mulheres eram obrigadas a se adequar a um modelo de feminilidade baseado na Virgem Maria. Deviam considerar tudo aquilo relacionado com a carne, todos os anseios sexuais, todos os deleites sensoriais, o domínio inteiro da sensualidade, como impuro, imundo e
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