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CAMPUS AVANÇADO DE CORONEL VIVIDA

Por:   •  17/10/2019  •  Resenha  •  1.236 Palavras (5 Páginas)  •  149 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE[pic 1]

CAMPUS AVANÇADO DE CORONEL VIVIDA

2º ANO DO CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA

ACADÊMICO: ELYSSON CAMARGO

A autora da obra “alguns comentários sobre a história do conhecimento histórico”, Sílvia Regina Ferraz Petersen, possui graduação em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1963), mestrado em Estudos Latino-americanos de História - Universidad Nacional Autonoma de México (1977) e doutorado em Estudos Latino-americanos - Universidad Nacional Autonoma de México (1983). Realizou pós-doutorado na EHESS em 1991. (LATTES, 2019)

Além deste memorável currículo, participou da fundação e foi coordenadora do PPG em História. Atualmente é professora aposentada da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, atuando como colaboradora no Curso de Graduação e Pós-Graduação em História. Sua atividade acadêmica está voltada principalmente para Teoria e Metodologia da História e História Social do Trabalho. Desenvolveu vários projetos de pesquisa e é autora de livros e artigos sobre estes temas. Também tem orientado teses, dissertações, trabalhos de conclusão de curso e trabalhos de iniciação científica, participado em eventos científicos no país e exterior e coordenado grupos de pesquisa. (LATTES, 2019)

A autora apresenta nessa obra o conhecimento histórico na atualidade, voltando no tempo para analisar os momentos da trajetória do conhecimento histórico que durante um século sai do campo limitado que o mito mostra para o campo racional do conhecimento cientifico.  Petersen começa sua obra falando que durante muito tempo e ainda hoje a História tem como principal papel a construção e o desenvolvimento da identidade social e cultural. Citando o historiador espanhol Enrique Moradiellos na sua obra “El ofício de historiador”, qualquer grupo humano para sua sobrevivência e desenvolvimento precisa saber e ter consciência do seu passado coletivo, da sua duração como grupo que transcenda ao passado de cada um. (PETERSEN, 2002)

No século XIX, houve revolução no processo em que a história vivida e contada se transforma em conhecimento cientifico.  o relato que das contas do passado começou a se diferenciar de uma maneira notável de todos vieram antes  “quer ser verdadeiro e não fitício ou arbitrário; verificável materialmente e não incomprovável; causalista e imanente ao próprio campo das ações humanas e não fruto do acaso ou de forças insondáveis, racionalista e não alheio a toda lógica; crítico e não dogmático.” (PETERSEN, p. 02. 2002) com isso, diferente das formas de se falar história desde o período de Heródoto, a partir do século XIX a maneira de se mostrar o conhecimento passou a adotar o modelo de racionalidade cientifica, já na nossa era se desenvolveu de uma forma muito eficiente até ser ele mesmo submetido à crítica do paradigma em que busca sustentação. (PETERSEN, 2002)

Com o decorrer do tempo a trajetória de juntar o conhecimento histórico aos padrões da ciência daquela época teve uma grande influencia da corrente do positivismo comtiano, principalmente no ambiente cultural latino pela Escola Metódica da historiografia, embora não recorrente a Comte, também pode ser observada no empirismo inglês e no cientificismo alemão. Para entender melhor essa evolução voltamos ao século XIX, onde os historiadores perceberam a impossibilidade radical de descobrir o passado como queriam Ranke ou Langlois e Seignobos, estes da referida Escola Metódica.  Porem, ainda que as criticas a historiografia positivista, concepção subjetivista do conhecimento histórico não foi suficiente para que os historiadores renunciassem ao ideal da objetividade e ao horizonte da ciência. (PETERSEN, 2002)

A concepções do racionalismo cientifico do século XIX não ficou apenas na corrente positivista, o marxismo também teve grande influência no conhecimento histórico.  O sociólogo Marx desenvolveu pela primeira vez a ideia de consciência da história distinguindo-se do modelo empirista. Tendo como objeto o capitalismo, analisou e percebeu que o conhecimento histórico não se tratava em apenas descrever o que via, e sim de desenvolver e construir um campo teórico, e as categorias que permitissem descobrir as relações que efetivamente ocorreram na sociedade e que se apresentam em sua forma aparente e fenomênica. Por esse feito alguns historiadores da nova era, retratam Marx como tendo desenvolvido a revolução copernicana no conhecimento histórico (PETERSEN, 2002)

Deste modo, ao invés do que a historiografia positivista empirista mostrava, o trabalho do historiador ia além da descoberta do que realmente aconteceu, pois não teria como mostrar a verdade concreta, mas sim, o trabalho do historiador é uma construção do passado através dos seus indícios.  Por essa razão, para a historiografia marxista são discussões de estrema importância, tanto o papel da medição teórica na produção e desenvolvimento melhor articulado do conhecimento, como o da natureza da objetividade. (PETERSEN, 2002)

Em particular, a historiografia de influência marxista assumiu o horizonte científico da busca da explicação verdadeira, o que traz para o debate historiográfico as questões da objetividade e subjetividade, via de regra sob a forma das relações entre ciência e ideologia e dos complicados problemas da verificação dos resultados. (PETERSEN, 2002, p. 05)

Quanto à nova história considerada como a terceira geração dos anais, é complicado traçar seu perfil. Muitos desses historiadores que é bastante comum ser identificado com ela são representativos das transformações ocorridas no conhecimento histórico quanto à sua pretensão científica, embora não se alinhem uniformemente diante dessas questões. (PETERSEN, 2002)

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