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Capitalismo X Sociedade

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Por:   •  25/9/2013  •  1.312 Palavras (6 Páginas)  •  528 Visualizações

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O papel do capitalismo no Desenvolvimento da Sociedade

Capitalismo, ou modo de produção capitalista, é uma forma de organização social marcada pela separação entre os proprietários e controladores dos meios de produção (máquinas, matérias-primas, instalações etc.) e os que não possuem e não controlam os meios de produção, dependendo exclusivamente da venda de sua força de trabalho, através do salário, para sobreviver.

O capitalismo iniciou sua formação nos séculos finais da Idade Média, quando paulatinamente as formas artesanais de trabalho – concentradas principalmente nas corporações de ofício – foram dando lugar a uma divisão social trabalhista pela qual alguns mestres-artesãos passaram a ter a propriedade das ferramentas e matérias-primas, levando-os a assalariar pessoas que com seu trabalho produziam as mercadorias. Era o início da ruptura com a forma de organização social baseada na servidão entre senhores e servos.

Um mercado de trocas entre os diversos tipos de mercadorias (produtos e pessoas) garantiria a venda do que era produzido, exercendo o dinheiro um papel fundamental no mercado, em virtude de sua função de intermediário na realização das trocas.

O intercâmbio dessas mercadorias garantiria um lucro ao capitalista. Para alguns estudiosos do capitalismo, o lucro seria proveniente da venda da mercadoria no mercado por um preço superior ao que custou para sua produção. Dessa forma, o lucro se encontraria no mercado de trocas.

Para alguns críticos do capitalismo, o lucro do capitalista provém da diferença do valor do salário pago ao trabalhador em relação ao valor total produzido por ele, no período em que ele executou sua ação de trabalho.

Por exemplo: um trabalhador foi contratado para trabalhar por um dia em uma jornada de oito horas, com um salário de R$ 50,00. Entretanto, nas primeiras quatro horas, esse mesmo trabalhador produziu mercadorias no valor de R$50,00, sendo que nas demais quatro horas de trabalho ele produziria o mesmo valor, que seria apropriado pelo capitalista como o resultado de um trabalho não pago. Seria essa a origem do lucro do capitalista, conhecido também como mais-valia. A pessoa que ganhou maior notoriedade por apontar a mais-valia como origem do lucro foi o alemão Karl Marx, cuja principal obra, O Capital, pretendeu dissecar o funcionamento do capitalismo.

A mais-valia seria então o resultado de uma relação social de produção, cuja organização do processo de trabalho teria como característica principal a divisão entre os que são proprietários e controlam os meios de produção e aqueles que não têm propriedade e nem controlam os meios de produção, sendo obrigados a venderem sua força de trabalho em troca de um salário para sobreviverem. Essa divisão seria a base da divisão da sociedade capitalista, entre duas classes antagônicas: a burguesia exploradora e os trabalhadores explorados.

A expansão das forças de produção e da organização do trabalho capitalista, com o assalariamento e a exploração da mais-valia, proporcionou um avanço tecnológico que ficou conhecido como Revolução Industrial. Ela ocorreu inicialmente na Inglaterra a partir do século XVIII, expandindo-se para os países da Europa Ocidental e EUA no século seguinte, alcançando toda a superfície do planeta no século XX.

A necessidade de exploração da mais-valia para a produção de capital e sua acumulação levou ao fortalecimento das relações sociais de produção capitalista. No aspecto econômico, ela resultou no desenvolvimento industrial, tecnológico e de meios de comunicação, bem como na integração entre as várias unidades de produção e os locais de venda para garantir a realização das trocas de mercadorias. Resultou ainda na criação do sistema financeiro, que deu às instituições bancárias o controle sobre a circulação de capital e do dinheiro.

Mas as relações sociais de produção capitalista em desenvolvimento necessitavam de que o Estado fosse reestruturado para garantir a exploração da mais-valia. Houve a necessidade de uma nova conformação política da sociedade para que as relações sociais de produção se desenvolvessem com mais liberdade. O principal evento que marcou essa nova conformação política foi a Revolução Francesa de 1789, que através de uma ação violenta criou as instituições clássicas do capitalismo, como o parlamento, os códigos jurídicos, um exército moderno e a constituição de um poder executivo. Essa seria a estrutura política clássica do capitalismo.

Ao longo do século XIX e início do século XX, o desenvolvimento do capitalismo levou a uma intensa concentração de capital, com a criação de grandes conglomerados econômicos; à transformação de um grande contingente de pessoas em trabalhadores assalariados e ao surgimento de inúmeros países, que pretendiam criar as condições para o desenvolvimento capitalista em suas fronteiras. Dessa expansão resultou ainda o colonialismo e a I Guerra Mundial, já no século XX.

Por outro lado, a exploração da mais-valia provocou a miséria de um número crescente de trabalhadores, que passaram a lutar por melhorias em suas condições de vida e trabalho. Para isso, criaram sindicatos e diversas formas

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