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Capitulo de "A Grande Transformação''

Por:   •  21/11/2020  •  Resenha  •  1.108 Palavras (5 Páginas)  •  512 Visualizações

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Resumo do capítulo 6 de "A Grande Transformação''  de Karl Polanyi.

O mercado era absorvido pelo sistema social, a presença do modelo de mercado sempre era compatível com ele. Quando os mercados se desenvolveram muito, como decorreu sob o sistema mercantil, como eles tiveram que lutar sob o controle de uma administração centralizada apoiava a autarquia  no ambiente doméstico do campesinato como em relação a vida nacional.

O mercado auto - regulável era desconhecido, ele se constituiu numa inversão completa da propensão do desenvolvimento. A economia de mercado é um sistema regulado, dirigido e controlado apenas por mercados. Ele pressupõe mercados nos quais o fornecimento de bens e serviços disponíveis  a um preço definido igualarão a demanda a esse preço.

O dinheiro que funciona como poder de compra , A produção controlada pelos preços, o lucro de quem dirige a produção dependerá dos preços.

Então, auto - regulação quer dizer que toda a produção é para venda no mercado, e rendimentos derivam das vendas. É preciso que existam não apenas mercados para todos elementos da industria, também não se deve ser adotada qualquer medida ou política que passe a influenciar a ação desses mercados.

Nem oferta, preço, nem demanda regulados. Serão válidas as políticas que ajudem a assegurar a auto - regulação do mercado, sendo assim o mercado, o único poder organizador no campo econômico.

Para visualizar melhor , vamos observar o sistema mercantil e mercados Nacionais. No feudalismo e sistema de Guildas, trabalho e terra formava parte da organização social ( o dinheiro não era ainda desenvolvido). Então, a terra era o elemento primordial da ordem feudal, era a base do sistema de guildas, as motivações e as circunstancias das atividades produtivas estavam inseridas na organização geral das sociedades.

Tudo era regulamentado pelo costume e pelas regras da guilda e da cidade. E então o que os sistema mercantil fez foi unificar essas condições, através de estatutos.

Com toda sua tendência em direção a comercialização, O mercantilismo jamais atacou  os salvaguardas que protegiam estes dois elementos básicos da produção - trabalho e terra - e os impedia de se tornarem objetos de comércio. O mercantilismo pensava do mercado exatamente ao contrário  a economia de mercado, ficou bem demonstrado isso pela amplitude da intervenção estatal na industria.

Em 1790, foram abolidos os guildas artesanais e os privilégios feudais, na Inglaterra. O mercado livre não foi sequer discutido antes da ultima década do século XVIII e a ideia da auto - regulação da vida econômica estava fora de cogitação.

A mudança para um sistema democrático e uma política representativa significouiu a total reversão da tendência da época, e da mesma forma a mudança de mercados regulamentados para auto - reguláveis, ao final do século XVIII, representou uma transformação completa na estrutura da sociedade.

Uma economia de mercado só pode existir numa sociedade de mercado. A economia de mercado deve englobar  todos os componentes da industria, trabalho, terra e dinheiro.

A inclusão do dinheiro no mecanismo  de mercado acarretou consequências institucionais de grande alcance.

É com a ajuda do conceito de mercadoria que o mecanismo do mercado se engrena aos vários elementos da vida industrial. As mercadorias são aqui definidas, empiricamente, como objetos produzidos para venda no mercado.

Por outro lado, os mercados são definidos empiricamente como contatos reais entre compradores e vendedores. Assim, cada componente da industria aparece como algo produzido para venda, pois só então pode estar sujeito ao mecanismo da oferta e procura, com a intermediação  do preço. Trabalho, terra e dinheiro são elementos essenciais da industria.

O trabalho, terra e o dinheiro não são mercadorias, nenhum deles é produzido para a venda. A descrição do trabalho, terra e dinheiro como mercadoria é ilusória. Esses elementos são comprados e vendidos no mercado, sua oferta e procura são reais, e qualquer medida ou políticas que passem a inibir a composição de tais mercados colocariam em perigo a auto - regulação do sistema.

A ficção da mercadoria, oferece um princípio de organização, o acordo com o qual não se pode permitir qualquer entendimento ou comportamento que venha impedir o funcionamento  real do mecanismo de mercado nas linhas de ficção da mercadoria.

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