Centro Universitário Curso de graduação História Licenciatura
Por: Jayro Nobrega • 20/10/2019 • Trabalho acadêmico • 3.153 Palavras (13 Páginas) • 248 Visualizações
[pic 1] Curso de História Licenciatura [pic 2]
Claretiano – Centro Universitário Curso de graduação História Licenciatura | |
Tutor: Maria Auxiliadora Bernabe de Freitas | |
Aluno: Jairo de Souza Nobrega | RA: 8025399 |
Disciplina: Políticas da Educação Básica | |
Unidade: POLO DE RIO BRANCO ACRE |
O documentário Pro Dia Nascer Feliz nos mostra a realidade da educação brasileira através dos olhos de alunos e educadores, entre o período de abril de 2004 a outubro de 2005. Escolas com uma estrutura precária, falta de professores, desvalorização dos profissionais da área, jovens que não se interessam pelo ensino e um grande abismo entre classes sociais.
Texto informativo 1: 44 anos depois, 97% das crianças em idade escolar entram na escola com o passar dos anos, muitos abandonam, 41% não conclui a 8° série. | |
2-Região Nordeste -Cidade de manari PE -Escola Estadual CEL. Souza Neto. | É fornecido 1200 reais para escola, para pagar as contas inclusive, a escola paga 50,00 para a prefeitura. Glécia 13 anos - Problema no banheiro não tem pia nem descarga, falta papel higiênico, sobre a merenda não são boas, alunos jogam fora e não prestam atenção. |
Valéria - Adolescente que adora ler fã de Vinícius de Moraes, Carlos Drummond de Andrade, e outros mais. E que escreve e compõe e narra seus poemas, sobre sua vida. E os professores não consideram suas obras de autoria dela. | |
Texto informativo 2: Existem 220 mil escolas no Brasil 13,7 não tem banheiro 1,9 não tem água. | |
Texto informativo 3: durante as duas semanas de filmagem, Valéria foi a escola somente três vezes. O ônibus estava quebrado. | |
3- Escola Estadual de Inajá PE. | Dona Nenê-Diretora da Escola Estadual de Inajá PE, Seu questionamento é sobre a avaliação e o baixo desempenho. Em uma recuperação, o professor tem somente três dias para rever as matérias. |
Texto informativo 4: Valéria novamente pegando o ônibus até a escola de Inajá onde faz um curso de 4 anos profissionalizante de magistério. Ela faz um trajeto 31 km dentro de um ônibus, de pé. | |
Valéria relata - O professor de química que não vai às aulas. Que manda um substituto. A professora de sociologia que dava a mesma nota para todos os alunos fossem alunos que freqüentavam as aulas ou desistentes. | |
Professora de Valéria - Dos que vem para namorar na escola. A escola como um ponto social de encontro no interior. A professora também fala que se sente desestimulada porque a escola é como uma válvula de escape. Os professores desinteressados que não tem substituto. Estudando a noite. | |
6-Região sudeste Colégio Estadual Guadalajara | Texto informativo 5- Duque de Caxias a 15 km da cidade do rio de janeiro. A boca de fumo fica a poucos metros do colégio. Ensino noturno. Salas meias vazias. Funcionária dispensa alunos do 2° ano por falta de professores. Diretora da Escola falando sobre Deivison - Falta de respeito. Nesse cenário a reprovação de Deivison pode ser caótica para a vida dele. Mesmo ele não ter aprendido nada. Deivison Douglas 16 anos: Irônico, disse que já sabia que ia passar de ano. Já segurou armas, usou drogas. Um adolescente que se encontra em uma situação de vulnerabilidade entre o crime e a escola. Edlane- Núcleo de cultura da escola: Falando de Deivison o que segura o Deivison na escola é a convivência na banda. Se ele tiver acompanhamento pelo menos o mínimo isso vai fazer a diferença. |
11- São Paulo Itaquaquecetuba a 50km de São Paulo Escola Estadual Parque piratiningua ll | Piratiningua é a periferia da periferia. É difícil você propor “vamos num cinema, vamos em um teatro”... porque não tem dinheiro. Ronaldo 16 anos Questionando a melhoria do estudo. Sempre acontece a falta de professores. Carol aluna, Mais uma vez a turma vai ser dispensada porque não tem professor. Professora Fátima- Diretora da Escola sobre a falta de professores. A legislação e permissível, deixando que os professores faltem sem que seja prejudicado na carreira. Professora Celsa: relata o desgaste - É muito psicológico. E muito desgastante emocionalmente. Se você se envolve com os problemas deles. Existe um abismo entre professor e aluno, professor e diretor. Às vezes você entra na sala de aula e o cara manda você tomar lá naquele lugar, é complicado lidar com essa situação. O professor na sociedade é um profissional importante. Mas quando você abandona esse profissional. Ele tende a deixar pra lá. O professor perdeu a dignidade. Keila de 16 anos relata sobre o preconceito de sua mãe, com a homossexualidade, ela também relata sobre um inicio de depressão que teve Keila queria chegar em casa almoçar até na cama e dormi. A solução para tudo isso seria morrer. Mas a professora Celsa falou que a ultima coisa que eu estivesse sentindo quando morresse seria para sempre. Daí a solução não é morrer. |
Texto informativo 6: No final de 2004 keila terminou o 3° ano do Ensino Médio. Atualmente trabalha dobrando calças para uma fábrica. | |
Bairro Alto de pinheiros Colégio Santa Cruz. | Classe média alta. Uma realidade de vida bem diferente. Alunos com interesse maiores as aulas. Jovens com pensamentos ligados ao futuro já focando e se preparando para o mundo do trabalho. Bem diferente da visão dos alunos da periferia de duque de Caxias e do sertão de Pernambuco. Maisa-16 anos: “Nós vivemos em uma realidade privilegiada, mas se conversamos com uma pessoa que vive fora dessa realidade você vai ver que ela é igual a você e que essa diferença é uma ilusão que a gente cria” |
Entrevista com alunas: Maisa, Ciça, Mariana: “Tentar ver um pouco mais, aquele menino que vende bala no farol... tenta “Imaginar” que tem um pouco de contato..” | |
Mariana “Não é uma opção ser rico, de ser da elite econômica brasileira, sempre foi assim se foi criada assim...” | |
Existe uma noção de “privilegio”, na fala delas, em relação a outras realidades. Ou seja, cultural e vida social. | |
Ciça | “Eu queria fazer trabalho voluntário, mas meu, eu vou deixar de ir pra minha aula de natação, vou ter que deixar de fazer meu trabalho... é super complicado é triste... (Concorda com mariana). Eu tenho minha vida pra tocar também”. |
Maisa | “Essa idéia já ajudar a entrar com uma superioridade, é implícito né...” Falando de forma crítica do próprio discurso dela”. |
Ciça | “Essa mentalidade capitalista está incrustada...violento né...” |
Mariana | “É muito romântico a gente fala que é igual, eu tenho que comer “eles” não tem... não sei se a gente é igual mais estamos submetidos a dois mundos muito diferentes...” |
Maisa | “Na verdade é o mesmo mundo... e esse é o problema... com certeza”. |
Thaís 15 anos | “Eu fiquei em três matérias, estudei fiz aulas particulares, eu fui falar com a direção porque tem muitos alunos em recuperação e eles falaram: “É normal”, então... eles querem dar mesmo uma assustada, dar uma apertada. Com a possibilidade de bombar eu queria um apoio maior da minha família, e eu to conseguindo, e com o professor particular também com esse negócio de estudo”. |
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