Ciclo Do Cafe
Trabalho Escolar: Ciclo Do Cafe. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 99722121 • 31/10/2014 • 970 Palavras (4 Páginas) • 483 Visualizações
CICLO DO CAFÉ
Introdução
O café chegou ao Brasil, na segunda década do século XVIII, através de Francisco de Melo Palheta. Estas primeiras mudas foram trazidas da Guiana Francesa. No século XIX, as plantações de café espalharam-se pelo interior de São Paulo e Rio de Janeiro. Os mercados nacionais e internacionais, principalmente Estados Unidos e Europa, aumentaram o consumo, favorecendo a exportação do produto brasileiro.
Com a queda nas exportações de algodão, açúcar e cacau, os fazendeiros sentiram a grande oportunidade de obterem altos lucros com o “ouro negro”. Passaram a investir mais e ampliaram os cafezais. Na segunda metade do século XIX, o café tornou-se o principal produto de exportação brasileiro, sendo também muito consumido no mercado interno.
Os fazendeiros, principalmente paulistas, fizeram fortuna com o comércio do produto. As mansões da Avenida Paulista refletiam bem este sucesso. Boa parte dos lucros do café foi investido na indústria, principalmente de São Paulo e Rio de Janeiro, favorecendo o desenvolvimento deste setor e a industrialização do Brasil. Muitos imigrantes europeus, principalmente italianos, chegaram para aumentar a mão-de-obra nos cafezais de São Paulo.
Conseqüências do Ciclo do Café
- A economia brasileira ficou muito dependente das exportações de café. Quando o preço do produto caia, o governo brasileiro comprava estoques e queimava para aumentar o preço (política de valorização do café).
- Concentração do poder político e econômico na região Sudeste.
- Aumento do desenvolvimento industrial e urbano no Sudeste.
- Imigração europeia para as lavouras de café e indústrias do Sudeste.
- Construção de ferrovias para escoar a produção de café do interior de São Paulo para o porto de Santos.
Ciclo do Café
O Ciclo do Café é o nome dado ao período da história brasileira em que o plantio do café no sudeste foi a principal atividade econômica do país, sobretudo devido à grande e fértil área de cultivo no Brasil, o que permitia ao país controlar quase toda a oferta de café no mercado mundial, regulando assim os preços através de um mecanismo de cartel, e obtendo grandes lucros.
Surgimento da Cafeicultura e Período Imperial
O plantio do café, planta originária da Etiópia, foi introduzido ainda no período colonial, com a primeira horta pertencendo ao Sr. Melo Palheta, um comerciante residente em Belém, então capitania do Grão-Pará, através de sementes adquiridas na Guiana Francesa. Daí o café se espalhou em pequenas plantações pelo litoral da colônia, mas em geral para consumo pessoal, e com pouca produção excedente para comércio.
Em 1808, com o início do Período Joanino, a demanda por café cresceu com a chegada de boa parte da burocracia portuguesa. O café então passou a ser plantado para o comércio intra-colonial, sobretudo na região do Vale do Paraíba Fluminense, no atual estado do Rio de Janeiro.
Durante a Guerra de Independência dos Estados Unidos, estes se tornaram grandes consumidores de café para substituir o chá, que se tornara escasso devido a guerra contra a Grã-Bretanha. Na França também espalhou-se a moda do café, sobretudo devido a exportação de sua colônia na Martinica. Assim a demanda mundial do café foi crescendo praticamente ininterruptamente, e com a independência do Brasil em 1822, as plantações foram se espalhando pelo sudeste, com grandes latifúndios se formando no Espírito Santo, Rio de Janeiro e Paraná, mas sobretudo em Sâo Paulo, que tornou-se a maior região de produção de café do império, e conseqüentemente a maior geradora de riquezas.
Com a produção em larga escala, os cafeicultores logo se articularam, e passaram a regular a oferta mundial de café de modo a subir os preços até o ponto que desejavam
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