Ciclo Dos Ouro
Artigo: Ciclo Dos Ouro. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: Parakori • 30/5/2014 • 2.201 Palavras (9 Páginas) • 471 Visualizações
Ciclo do Ouro
No século XVII, a Holanda passou a produzir açúcar nas ilhas da América central, e por eles terem seu preço mais em conta, o Brasil ficou com uma economia estagnada naquela época devido à diminuição da produção e exportação do açúcar, com isto Portugal estava na condição de descobrir uma nova fonte de renda.
Assim, logo houve a percepção de que o grande recurso para a retomada da estabilidade político-econômica de Portugal, seria na descoberta de metais preciosos. Com esta idéia, os bandeirantes no final do século XVII descobriram metais preciosos, o que significava para a coroa que novamente eles poderiam cobrar altas taxas e impostos caros para a população local.
O ciclo do ouro de aluvião era absolutamente oposto em relação ao açúcar, Neste último, a exigência de grandes investimentos fez com que somente indivíduos ricos se dedicassem à atividade, o que gerou a concentração da propriedade e da renda, base de uma sociedade aristocrática e escravista.
Somente os latifundiários e grandes senhores de engenho tinham acesso a bens de consumo de luxo, totalmente vedados à maioria da população brasileira. Mas, esse inicial “ciclo do ouro de aluvião” pouco alterou a realidade brasileira, se comparado ao grande ciclo do ouro das Minas Gerais.
Podemos perceber que não há igualdade, há uma centralização de poder aos ricos. Sem que haja possibilidades de inclusão, de uma sociedade mais democrática
(Site Sua pesquisa.com data de acesso 30/11/2013 ás 14:35)
Este período representou para o Brasil, um crescimento em larga escala, começou pelo ano de 1690, em Minas Gerais, onde moedas foram encontradas no local, fazendo com que aumentasse o numero de imigrantes ao estado, apesar daquela época não obter muita tecnologia, a noticia tomou uma proporção enorme, e assim fez com que estes imigrantes se instalassem no local, que estavam atrás do tal metal.
Logo a produção pelo metal aumentava cada vez mais, isso entre os anos de 1690 à 1760, com este aumento a produção brasileira representava metade de toda a produção do mundo, da época.
(A Economia Brasileira, Werner Baer , 2009 p.35)
O ouro das Gerais
O ciclo das bandeiras em busca de riquezas minerais foi iniciado em 1674. Essa primeira bandeira buscava esmeraldas, mas apenas encontrou turmalinas pedras de pouco valor. Porém, algumas bandeiras encontraram ouro. Em 1693, foi descoberto metais preciosos em Caeté, a partir desse momento iniciou-se a “corrida ao ouro”.
O ciclo do ouro muda completamente a realidade da econômia brasileira no século XVIII, nesta grande fase.
O número do ouro; a produção aurífera das Minas Gerais, embora relativamente efêmera, foi ordinária em termos quantitativos. De fato, no Brasil, em um século, extraiu-se mais da metade da riqueza aurífera mundial dos séculos XVI, XVII e XVIII.
O ciclo do Ouro, trouxe como consequências, á expansão demográfica, como conseqüência da “miragem” aurífera, a população do Brasil aumentou rapidamente no século XVIII.
Em 1600, o nosso país tinha 100 mil habitantes; um século depois, 300 mil e no final do ciclo do ouro, por volta do ano 1800, a população já compreendia 3.300.000 de pessoas.
Umas das consequências também foi á desvalorização da Terra, durante o “grande ciclo do ouro”, a propriedade da terra perdeu sua importância, pois só o ouro era dotado de valor. Crescimento do preço da mão-de-obra escrava, a capacidade aquisitiva do minerador, maior do que a do latifundiário, provocou a extraordinária valorização da mão-de-obra escrava.
O surgimento da pequena empresa - ao contrário da região açucareira nordestina, caracterizada pelo latifúndio, a zona mineradora das Gerais conheceu a proliferação de pequenos empreendimentos.
Outra consequência do período do “grande ciclo de ouro”, foi o surgimento do mercado interno, a atividade altamente especializada e de extrema lucratividade, desconheceu, pelo menos em seus momentos iniciais, a existência de atividades econômicas secundárias e acessórias. Por esse motivo, estabeleceu-se um sofisticado sistema de trocas entre a zona aurífera e áreas distantes. Na atividade mineradora, os casos de extrema pobreza ou riqueza eram raros, predominando na população uma camada intermediaria. Esse é o fator predominantemente responsável pela melhor distribuição da renda, na mineração, do que nas demais atividades da Colônia.
A melhor distribuição de renda permitiu que o consumo da população, em termos de Brasil-colônia, fosse elevado. A posse do ouro e a especialização valorizaram enormemente qualquer mercadoria que não fosse produzida no local. Desenvolveu-se assim uma atividade comercial bastante ampla, visando abastecer o mercador minerador. Assim, correspondendo ao aparecimento do mercado consumidor, surgiu e desenvolveu-se um ativo comércio interno, onde todos os produtos pagos em ouro, iniciaram uma circulação de riquezas inédita no Brasil.
Nos primeiros decênios do século XVIII, é percebido que houve uma extrema especialização, onde somente o ouro interessava, tornando as outras atividades sem importância, sendo deixadas de lado.
Mesmo as manufaturas desenvolveram-se a ponto de preocupar o governo de Lisboa, que, em 1785, proibiu a existência de qualquer “fábrica” no Brasil, salvo aquelas destinadas a produzir panos grosseiros, em geral usados pelos escravos.
O Brasil, finalmente, deixara de ter cada capitania totalmente isolada das demais. A ligação econômica entre várias regiões começava a lançar os germes de uma futura unidade nacional. O centro dinâmico deste processo era, na época, a zona mineradora.
O sistema viário, teve uma melhora, a mineração gerou uma rede de circulação terrestre.
Foi criadas novas capitanias, devido a extração aurífera, onde propiciou o estabelecimento das capitanias de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.
A mineração possibilitou uma nova situação econômica, onde haveria de determinar uma nova e correspondente estrutura de classes. Em conseqüência, o “grande ciclo do ouro”, ao transformar a infra-estrutura das Gerais, provocou, pela primeira vez na história brasileira, o aparecimento de camadas médias.
A estrutura social, na região mineradora, originou um outro tipo de organização social. A população mineradora desconheceu a rigidez característica da sociedade açucareira.
A sociedade mineradora foi o marco no que diz a respeito de surgimentos da camada média,
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