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Comparação Dos Padrões De Reconhecimento Intersubjetivo

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Por:   •  12/5/2014  •  2.534 Palavras (11 Páginas)  •  226 Visualizações

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Universidade Estadual de Campinas

Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH)

Departamento de Sociologia

Disciplina HZ 657 B – Sociologia Contemporânea.

Trabalho: “Comparação dos Padrões de Reconhecimento Intersubjetivo”

Neste trabalho, guardando as devidas proporções, depreenderemos um esforço

reflexivo sobre a questão dos padrões de reconhecimento usadas na teoria de Hegel e de

Honneth.

Para isso buscaremos analisar algumas das diferentes abordagens acerca de ambas

teorias, rastreando as diferenças e similitudes entre os autores que trabalham o tema e sua

relevância para a compreensão das lutas pelo reconhecimento.

Para Hegel, a origem de relação social entre homens estava na luta pelo

reconhecimento, o valor do eu da individualização emerge da relação entre indivíduos

porque “o que um ser humano pode oferecer ao outro é a sua capacidade de reconhecer a

sua existência”. Um claro exemplo disto são as participações em ações coletivas, próprias

de indivíduos com déficit de reconhecimento.

Honneth pelo seu lado propõe uma teoria fundada em três esferas de interação com

padrões diferentes de reconhecimento recíproco, o amor, o direito e a solidariedade, sendo

que a cada um destes padrões lhe corresponde uma forma de reconhecimento

intersubjetivo. A teoria de Honneth é explicativa, pois busca esclarecer a gramática dos

conflitos e a lógica das mudanças sociais com a finalidade de

entender a evolução moral da

sociedade

Na comparação feita por Honneth, entende-se por relações primarias, as ligações

emotivas fortes entre poucas pessoas. Estas relações também são conhecidas como relações

de amor e amizade onde se produzirá a autoconfiança individual que é a base psíquica do

desenvolvimento dos outros padrões de reconhecimento.

Segundo Hegel, o amor é mais do que o relacionamento sexualmente preenchido

entre homem e mulher.

Para Hegel, o amor representa a primeira etapa de reconhecimento recíproco,

porque em sua efetivação os sujeitos se confirmam mutuamente na natureza de suas

carências. Assim todos os seres são carentes e se unem pela dependência de um pelo outro.

Essa relação de reconhecimento esta também ligada de maneira necessária à

existência corporal dos outros concretos, os quais demonstram entre si sentimentos de

estima especial.

Para Freud foi concedido unicamente à mãe o fato de ser uma pessoa de referencia,

um valor posicional independente, já que a ameaça de perdê-la na fase do estado de

desamparo psíquico do bebe é considerada a causa de todas as variantes maduras de

angustia.

Mas por outro lado Morris Eagle mostrou nos estudos realizados sobre o significado

independente de ligações emocionais para o desenvolvimento da primeira apoiados e

fortalecidos a traves de uma pesquisa psicológica aonde estudos experimentais etnológicos

conseguiram demonstrar que a

ligação do bebe macaco com a assim chamada mãe

substituta não pode provir de vivencia de satisfação pulsional, senão que deriva da

experiência do “conforto no contato”. Enquanto o bebe humano desenvolve já em seus

primeiros meses de vida, uma disposição ativa para o estabelecimento de proximidades

interpessoais, o que é a base das ligações emotivas.

A teoria psicanalítica das relações de objeto representa então a primeira tentativa de

uma resposta conceitual, ela leva em conta a intuição desenvolvida acerca do valor psíquico

das experiências interativas na primeira infância, assim a relação afetiva com outras

pessoas é considerada um segundo componente do processo de amadurecimento; o sucesso

das ligações afetivas se torna dependente da capacidade adquirida na primeira infância.

Segundo Hegel e Mead, as crianças dependem das mães em seus primeiros meses

de vida, pois a criança pequena depende a tal ponto a complementação pratica de seu

comportamento pelos cuidados maternos que ela representa uma abstração errônea quando

a pesquisa psicanalítica a considera um objeto de investigação independente, isolada de

qualquer pessoa de referencia.

Sendo que mãe e filho são considerados um só, eles precisam aprender do

respectivo outro como eles tem de diferenciar-se em seres autônomos, através de estado

psíquico e da constituição respectiva de relações entre mãe e filho.

A teoria da dependência absoluta

significa que os dois parceiros de interação

dependem aqui, na satisfação de suas carências, inteiramente um do outro, por um lado, a

mãe vivenciara o estado carencial precário do bebe,

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