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Crise Do Feudalimos

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Por:   •  3/11/2013  •  1.222 Palavras (5 Páginas)  •  182 Visualizações

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A Crise do Feudalismo

Antecedentes. Feudalismo foi um tipo de organização política, social e econômica que caracterizou a Europa em boa parte da Idade Média. O feudo era a unidade de produção do feudalismo e estava sob o domínio de um senhor feudal. Os camponeses, chamados de servos, estavam ligados a terra. Para viver no feudo, ofereciam sua força de trabalho aos senhores. Entre os séculos X e XV, ocorreram uma série de transformações na Europa que contribuíram para a crise do feudalismo. Este período também é chamado de Baixa Idade Média. Dentre estas transformações, podemos destacar o renascimento comercial e urbano, a formação das monarquias nacionais, a guerra dos cem anos, a peste negra e as revoltas camponesas.

Renascimento Comercial. Na Idade Média, a partir do século IV, mais de 90% da população da Europa passou a viver no campo. As cidades esvaziaram e a produção agrícola predominava nos feudos. O comércio era quase inexistente. A partir do século X, esta situação começou a mudar. O comércio passou a se intensificar, motivado, especialmente, pelas Cruzadas. As Cruzadas contribuíram, para o restabelecimento das relações entre o Oriente e o Ocidente e para a abertura do Mar Mediterrâneo aos mercadores. Além disso, com as Cruzadas, a Europa passou a conhecer uma grande quantidade de produtos trazidos do Oriente, como especiarias, sedas e tapetes. O modo de vida dos mercadores, responsáveis pelo renascimento do comércio, não se baseava na agricultura e na terra, mas no comércio e no dinheiro.Viajavam por rotas comerciais e vendiam produtos em grandes feiras.

Renascimento Urbano. À medida que o comércio se expandia, iam surgindo cidades exatamente nos locais onde as feiras eram realizadas. Isto ficou conhecido como Renascimento Urbano. Por razões de segurança, os mercadores procuravam realizar as feiras em lugares fortificados ou cercados de muralhas. Estes locais, chamados de burgos, pertenciam à Igreja ou senhores feudais e garantiam a defesa das feiras. Com o tempo, os mercadores passaram a se estabelecer ali. Nos burgos, se instalaram oficinas de artesãos: sapateiros, ferreiros, carpinteiros, entre outros. Assim, em volta da primeira fortificação surgia um novo núcleo, também cercado de muralhas. Os moradores desta segunda, zona fortificada chamavam-se burgueses e, posteriormente, passaram a constituir a burguesia. Os burgueses eram homens livres, desvinculados do sistema feudal.

As corporações de ofício. A expansão do comércio e o crescimento das cidades trouxeram conflitos. As terras da cidade pertenciam a senhores feudais ou bispos que desejavam cobrar altos impostos. Para se proteger destas exigências, os burgueses se uniam em ligas ou corporações, a fim de conquistar para as suas cidades a liberdade necessária. As corporações passaram a ser as principais organizações das cidades medievais. Inicialmente, havia apenas uma associação que reunia todos os mercadores da cidade. Mais tarde, porém, foram criadas corporações de ofício, ou guildas, formadas pelos mestres de cada ofício da mesma cidade. Assim, havia corporações de ourives, de peixeiros, carpinteiros, entre outros. As corporações estabeleciam regras sobre o modo e a duração do trabalho fixavam os preços dos produtos e os salários. Em muitas cidades, eram tão poderosas que chegaram a construir edifícios para se reunirem.

A vida nas cidades. Se por um lado as cidades ofereciam uma alternativa à vida dura e fechada nos feudos, por outro havia uma série de problemas de infraestrutura e planejamento urbano. As cidades medievais não ofereciam condições de conforto e higiene, em virtude de seu crescimento desordenado. Este crescimento era limitado somente pelas muralhas. Como não era possível destruir os muros, e a população aumentava as casas cresciam para cima, chegando a ter até três andares. A maior parte era de madeira, o que favorecia os incêndios. Nas cidades não existia calçadas ou sistemas de esgoto. À noite, quase não havia iluminação. As pessoas circulavam pela cidade no meio de animais.

As monarquias nacionais. Durante quase toda a Idade Média não existiam países, como conhecemos hoje. O processo de formação das nações começou no final do século XII e se consolidou entre os séculos XIV e XV. Só então foram criadas línguas e leis nacionais. A formação das nações ocorreu porque os burgueses, que constituíam a nova classe social da época, sentiam-se prejudicados com o sistema feudal. O senhor feudal cobrava impostos e taxas por qualquer atividade comercial. A variedade de leis, línguas e moedas atrapalhava o comércio. Além disso,

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