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Cultura «caipira»

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Por:   •  11/5/2014  •  Artigo  •  606 Palavras (3 Páginas)  •  266 Visualizações

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Assim, bastante, geraram uma cultura bem peculiar e localizada, e, por outro lado, preservaram isolados muito da cultura da época em que o Brasil era uma colônia de Portugal. A chamada "cultura caipira" é fortemente caracterizada pela intensa religiosidade católica tradicional, por superstições e pelo folclore rico e variado.

O caipira usa um falar, o dialeto caipira que, muitas vezes, preserva elementos do falar do português arcaico (como dizer "pregunta" e não "pergunta") e, principalmente, do tupie do nheengatu. Nestas duas línguas indígenas não há certos fonemas como o "lh" (ex: palha) e o "l" gutural (ex: animal). Por este motivo, na fala do caipira, a palavra "palha" vira "paia" e "animal" vira algo como "animar". Este modo de falar, o dialeto caipira, é também conhecido como tupinizado ou acaipirado.

O caipira foi estigmatizado por Monteiro Lobato, que conheceu apenas o caipira caboclo, tomando-o como paradigma e protótipo de todos os caipiras.

O cineasta Amácio Mazzaropi criou uma personagem, nos anos de 1950, que fez muito sucesso no cinema brasileiro: O Jeca, inspirado no caipira branco (Mazzaropi tinha ascendência italiana).

O cartunista Maurício de Sousa também tem um personagem caipira nas histórias da Turma da Mônica que é o Chico Bento: um menino caipira que representa o confronto da cultura caipira com a urbanização do Brasil. Notável é o fato de as falas nas historietas em quadrinhos do "Chico Bento" serem escritas no dialeto caipira, em vez do português culto, contudo as falas se tornam justificáveis por serem utilizadas em negrito, tecnicamente o erro ficaria subentendido.

O caipira foi retratado com precisão e maestria pelo pintor José Ferraz de Almeida Júnior nas suas obras-primas "caipira picando fumo" e "violeiro".

O peixe de olhos de fogo

Era uma vez um peixão enoime, enoime mesmo sô, que morava numa gruta em Bonito, perto do Pantanal. Além de ameaçar a todos lançando faíscas de fogo pelo zoios, ele era superegoísta e não queria dividir o rio com mais ninguém. Assim, os outros peixes foram embora e os pescadores começaram a passar fome — e o pior da história é que o peixe não estava nem aí!

Joãozinho, um pescador valente, foi lá tentar negociar com o peixe gigante. Mas o bichão prendeu o moço na gruta e disse que ele só sairia de lá cozido como um... peixe! Ainda bem que Joãozinho percebeu que o peixão fazia de tudo para não molhar os olhos. Aí, não teve dúvida: jogou bastante água na cara do peixe até apagar seus olhos de fogo! Dizem que os olhos dele se acendem a cada 100 anos e ele volta a atacar. Cuidado!

Batuque

No folclore caipira, é dança de terreiro, com o uso de instrumentos como o tambu, mulemba, matraca, guaiá. A região “batuqueira” de São Paulo – que começa a ser reativada – localiza-se no vale médio do Tietê, com municípios tradicionais, cidades reconhecida e orgulhosamente “caipiras”: Tietê, que sempre foi tida como “capital batuqueira”, Porto Feliz, Laranjal, Pereiras, Capivari, Piracicaba, Limeira, São Pedro, Itu, Tatuí.

O batuque é dança de origem africana. Ao contrário das danças primitivas,

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