Diario de bordo - fotografia e ditadura , pesquisa em história
Por: 34411300 • 9/3/2019 • Relatório de pesquisa • 2.198 Palavras (9 Páginas) • 170 Visualizações
Dia 02/03/2018
Quixadá-CE
Na primeira aula que tivemos, fizemos uma dinâmica bastante interessante, contamos um pouco sobre a nossa história baseado na memória, sendo que cada um que estava naquela sala contou a história de um ponto de vista pessoal, no qual tantos eles como eu separamos e fizemos uma seleção de lembranças, cada um manifestou-se de uma forma dessemelhante.
Cabe a nós como historiadores discuti o que é lembrança, já que devo ressaltar que ela tem um papel fundamental na construção de um fato, de uma história, uma vez que ela serve de documento para o historiador, quem seria melhor para contar algo que aconteceu de que um individuo que estava naquele contexto, que passou por aquela faze que teve uma experiência, e com base nessa experimentação ele vai narra tal acontecimento fazendo escolhas, e incube ao historiógrafo questionar e investiga o porque dessas escolhas.
Desde de já fazemos um questionamento, o que é memória? Segundo o História e memória – uma relação na confluência entre tempo e espaço José D’Assunção Barros .
“Memória, na sua designação mais habitual, vulgar e cotidiana, corresponde muito habitualmente a um processo parcial e limitado de lembrar fatos passados, ou aquilo que um indivíduo representa como passado. Considera-se ainda – e sempre é bom frisar que logo estaremos submetendo estas significações de Memória a uma crítica e a uma problematização – que de um ponto de vista biológico a memória humana, seja a “memória recente” ou a chamada “memória permanente” que se localiza no hipocampo, corresponderia a um processo que não permite precisão, uma vez que envolve esquecimentos, distorções, reconstruções, omissões, parcialidades, hesitações. Há ainda uma significação vulgar que remete à Memória a uma categoria estática relacionada à imagem de depósito de dados. A Memória surge então como mera atualização mecânica de vestígios”. (ASSUNÇÃO,2009, p.39)
A memória em sua característica mais frequente, comum e rotineira representa muito frequentemente a um método limitado de lembrar os fatos passados ou aquela coisa que consideramos passado. E interessante destacar que quando investigamos o campo da memória estamos sujeito a criticas, e a questionamentos tendo em vista que a memória dependendo de sua conveniência vai agir de uma forma diferenciada, sendo uma não inteiramente exata.
Com essa relação da análise da memória, o historiador esta a busca de um fato verdadeiro, fazendo comparações, procurando uma memória social, pois se observamos um fator comum em um conjunto de memórias, tem a tendência ser algo em destaque, referente a essa repetividade dos fatos e capaz de trazer veracidade a lembrança.
Dia 09/03/2018
Quixadá-CE
Na aula do dia 09/03/2018 o professor apresentou o filósofo italiano Giambattista Vico, que esteve no alcantil da modernidade, em um contexto de bastantes descobertas científicas que levaram a Vico a crer que poderia conhecer o mundo natural, e dessa forma, dominá-lo usando seus recursos pra se favorecer.
Só falando um pouco mais sobre esse grande filósofo, no qual uma de suas obras mais conhecidas é a Ciência Nova, que faz uma crítica ao racionalismo exacerbado, dominante na época do moderno.
“porque os filósofos até agora, tendo contemplado a divina providência apenas pelo ângulo da ordem natural, demonstraram tão-somente uma parte, pela qual Deus, como Mente soberana, livre e absoluta da natureza (com seu eterno conselho, deu-nos naturalmente o ser, e naturalmente no-lo conserva), aprestam-se, por parte dos homens, as adorações com sacrifícios e outras divinas honras; mas não o contemplam pela parte que era mais própria dos homens, cuja natureza possui esta principal propriedade: de serem sociáveis”. (VICO, 1999:pag. 29) [pic 1]
Vico visivelmente parte da origem em que Deus fez o mundo natural, e consequentemente ele certifica que só Este pode ter conhecimento total acerca do mesmo, deste modo se deteria a pesquisar o mundo social, já que o homem construiu e, assim sendo pode se fazer ciência ao seu entendimento.
Voltando mais para aula, debatemos também sobre Vico e a concepção iluminista da história, correlacionando com a mudança para humanismo.
No decorrer da aula o professor anatou alguns pontos cruciais:
- História científica
- Positivismo jurídico – leis da história
- Criticidade contexto particularidades/valores/lógicas
história científica seria formada por um individuo que era neutro enquanto individuo para fazer aparecer o seu objeto. O historiador deve se manter liberto, imparcial, não ter emoção, não se deixar ser subordinado pelo seu ambiente sócio político-cultural. Achavam os declarados positivista que era possível isso, em que o historiador se manteria nessa neutralidade. “O historiador, para eles, narra fatos realmente acontecidos e tal como eles se passaram”.(REIS, 1996, p. 13, 14).
Nessa aula algo que se destacar, quando o citou uma frase muito interessante na “homens fazem a história, por isso eles podem conhecê-la. Dando a entender que em vez de estamos habituados a acredita que Deus constrói a nossa vida, moldam a nossa história, o homem que constrói a própria história, com as nossas lutas, conflitos, ou seja, sair dessa doutrina da igreja.
Dia 16/03/2018
Quixadá-CE
Esse dia foi muito proveitoso tanto, culturalmente, como de aprendizado. Fomos visitar a casa de cultura do cego Aderaldo, no qual estava presente para um evento o fotografo/jornalista Evandro Teixeira Brasil, baiano que trabalha com o audiovisual (fotografia), uma antropologia visual. Ele trabalhou 47 anos no jornal do Brasil de 1987 a 2010, segundo ele o maior jornal contra a ditadura militar., jornal esse que fechou segundo Evandro por heranças do tempo da ditadura que enfraqueceram bastante o jornal.
Antes do jornalista chega o professor Edmílson entrou em discussão, falando que o filósofo Vico entra em contato com os documentos para a história, história essa que são fatos para contar o passado, esses fatos são fragmentos do passado. Para Vico a história deve ser a verdadeira, os fatos verdadeiros o que realmente aquele indivíduo passou, fazer perguntas com criticidade, sem ir no caminho do achismo, sendo que a opinião também é importante não devemos deixá-la de lado. O historiador deve contar uma história buscando os rastros, para conseguir a verdade. Seguindo o pensamento de Vico a história é possível ser contada por que homens e mulheres constroem a história.
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