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Discussão Teórica Sobre a influência de Hegel na História

Por:   •  19/3/2019  •  Resenha  •  2.827 Palavras (12 Páginas)  •  127 Visualizações

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A Razão na História

Uma Introdução Geral à Filosofia da História

Introdução de

Robert S. Hartman

I. O significado de Hegel para a História......... 9

Ele foi um filósofo que decididamente mudou a História.

Não podemos dizer que ele foi o pioneiro, pois muitos já haviam exposto suas ideias antes dele. Como Platão, Aristóteles, Hobbes, Locke, Rousseau e tantos outros. Mas uma frase de Ernest Cassirer (outro filósofo Alemão, Judeu, Professor em Hamburgo) diz, “nenhum outro sistema filosófico exerceu uma influência tão forte e tão duradoura na vida política como a metafísica de Hegel.... Não há um único grande sistema político que tenha resistido à sua influência.”

Mas que não foi aceito por todos, sua filosofia gerou desavenças nos meios acadêmicos e social por ter sido usada de forma errônea pelos ativistas da época, assim como foi feito posteriormente com a Ideologia Marxista... Deixaram de olhar diretamente para a filosofia em si e passaram a criticar somente o uso desordenado que estavam fazendo de suas ideias. O mesmo Cassirer, sugeriu em estudo, uma hipótese de que as lutas dos russos e dos alemães eram frutos da divisão entre ESQUERDA e DIREITA resultante da escola de Hegel.

Período turbulento que ele viveu: Nasceu em 1770 e faleceu em 1831; foram 61 anos de acontecimentos marcantes pra formação ideológica dele e para toda História da humanidade.

Em 1770, Maria Antonieta se casava com o Frances herdeiro ao trono, uma jogada de poder político que ajudaria na Revolução Francesa 19 anos depois e na Morte por execução da então Rainha Maria Antonieta que foi um dos principais símbolos da revolução.

Ainda de 1770, o Grande Napoleão, estava aprendendo a andar, não passava de um simples Bebê; ou seja, Hegel acompanhou toda trajetória, conquistas e derrotas do Imperador, que faleceu em 1821.

Nesse período a República Norte-Americana se tornava uma potência entre os demais países do mundo, graças à seus navios super velozes que percorriam os sete mares.

Hegel era considerado o filósofo mais racional e mais religioso de todos, e graças as interpretações de suas ideologias, desencadeou pelo mundo dois movimentos totalmente opostos, irracionais e irreligiosos – O Fascismo e o Comunismo.

O Segredo de sua influência é o seu método dinâmico, abrangendo cada vez mais fenômenos e regiões amplas dentro de sua moldura sistemática. Vale lembrar que ele não foi o inventor de nada, também buscou uma fonte na Filosofia grega, mais precisamente em Heráclito de Éfeso, um filósofo anterior à Sócrates, que é considerado o “Pai da dialética”. O que ele fez foi apenas modificar o método, resultando em uma visão mais ampla de Mundo.

O sistema hegeliano foi introduzido a todos os grandes acontecimentos históricos e espirituais de seu tempo e posterior a ele. Mas ele classificou a crueldade da Revolução francesa como abstrações lógicas descontroladas. Quando aconteceu uma nova tentativa de revolução na Alemanha por parte de jovens estudantes, Hegel foi chamado para transmitir à esses jovens a evolução das realidades sociais e políticas para que com sua filosofia ele apaziguasse aquela desordem eminente. Por mais de dez anos ele ministrou aulas aos jovens, aos oficiais e funcionários do governo, e por isso ele se tornou o Pai da revolução do século XX (devido as interpretações populares de suas ideias filosóficas) e o apaziguador da revolução do século XIX (fazendo o uso das mesmas ideias, porém sendo expostas por ele mesmo)

Mas Hegel não inspirou apenas as revoluções e guerras... O Espírito da filosofia de Hegel é bem menos autoritário do que ele é representado em suas consequências. Ele também foi a inspiração do “profeta da democracia norte-americana, Walt Whitman. Numa versão poética da visão hegeliana Whitman eleva o valor humano, moral e natural das coisas, assim como de todo ser vivente com suas características.

Mas temos um Filósofo renomado na Prússia, Immanuel Kant, que tinha uma visão bem parecida com a que Hegel adotou, a diferença é que Kant acreditava que a faculdade das coisas é mais relevante que a sua própria natureza. Hegel apenas aplicou mais do espírito na história. Para Kant não é Deus, mas a Natureza, que tem desígnios para os homens na história. Sua destreza não usa o grande homem ou a grande paixão histórica, mas todas as pequenas paixões que estão dentro de nós, através das quais ela nos instiga a encontrar um modo de viver pacificamente em conjunto na sociedade. A História é a autodeterminação da ideia em progresso, ou o espírito em progresso. A Tese presentada na introdução diz que é o avanço da liberdade. Essa ideia já era afirmada por Kant muito antes de Hegel. “o progresso na consciência da liberdade”. Esta Kant é precisamente a formulação de Hegel. Ela apareceu no ensaio de quando Hegel tinha quatorze anos de idade — a mesma idade que tinha Karl Marx quando Hegel morreu. Futuramente isso seria fundamental em sua marca na história da filosofia, pois apesar de paradoxal, o filósofo mais idealista se tornou o “Pai da filosofia materialista” pelas mãos de Marx.

Daí começa a o embaralhado de ideias, que é o entender da frase: “A ideia se desenvolva no espaço e tempo!” A unidade cósmica do mundo em todas as suas manifestações naturalmente é a essência da concepção de Hegel.

Hegel concebeu seu método, “uma ciência de puro pensamento” que, nas palavras de um escritor moderno, deveria “desenvolver uma filosofia política sem precedentes...” o historiador deve conhecer a dialética da Ideia para aplicá-la à história.

O historiador deve conhecer a DIALÉTICA da ideia para aplica-la à história. Tanto para Marx como para Hegel, e também para Kant, a história é um processo impessoal. O indivíduo histórico é tanto para ele como para Hegel apenas o expoente de forças históricas: ele não faz a história, ele a executa.

Marx adotou de Hegel a ideia de processo e progresso, a dialética, a prioridade do coletivo sobre o individual. Fazendo com que individual se torne irrelevante no processo, rejeitando o Teológico, metafísico e resumiu a DIALÉTICA em um princípio de revolução econômica e política. Aplicou a dialética a realidade, enquanto Hegel aplicou à todos os aspectos; afunilou a dialética para um foco bem definido e deu-lhe uma força notável. Como consequência de livrar-se de alguns “ornamentos” metafísico do sistema hegeliano, eles também se livram de algumas das verdades fundamentais da existência humana, especialmente

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