E Sobre a Epistemologia - Pedro H.
Por: Pedro H. S. Morais • 12/11/2023 • Dissertação • 544 Palavras (3 Páginas) • 52 Visualizações
Epistemologia, do grego episteme (conhecimento/ciência) e logos (discurso/estudo), é o ramo da filosofia que abrange a compreensão da natureza do saber a partir da racionalização de uma teoria do conhecimento. Ou seja, origina-se de uma investigação crítica dos princípios, métodos e resultados dos processos de um estudo científico. Portanto, é muitas vezes denominado como “filosofia da ciência”. Abrangendo, dessa maneira, toda a concepção organizacional do conhecimento sistemático. Podendo ser ele especulativo (filosofias e teologias), teórico (ciências humanas e da natureza) ou prático (medicina, engenharia, arquitetura etc).
O desenvolvimento científico foi objeto de estudos para muitos pensadores desde os seus primórdios como base do saber. Estando, desse modo, atrelado à gnose, como modo de alcançar-se a sabedoria dentre uma metodologia, a partir das fundamentações de um estudo filosófico do meio ao qual o homem está inserido. Devemos destacar, como um dos primeiros trabalhos na área epistemológica, a obra, em formato de diálogo, Teeteto, escrito por Platão por volta do terceiro século AEC. Onde há, em questão, a natureza de todo o conhecimento. Seja a partir das sensações, experimentações, opiniões, a utilização do logos para aproximar-se de uma verdade superior. Isto é, teorização do desenvolvimento dos processos que levam, inevitavelmente, ao conhecimento. Todavia, apenas a partir do século XVI da EC, desde um processo conhecido como “revolução científica, com pensadores como Descartes (1596-1650), Locke (1632-1704), Bacon (1561-1626), dentre outros, é que a epistemologia teve para si um plano fundamental na ciência ocidental moderna. À princípio, houveram duas correntes filosóficas a debater a compreensão do desenvolvimento do conhecimento humano. Uma delas foi a racionalista, trazendo-nos a ideia de um saber inato à razão por meio da intuição axiomática, ou seja, lógica, para a assimilação de uma verdade. Enquanto a empirista traz-nos a observação do meio a partir das experiências para podermos alcançar a percepção de uma realidade que nos é, como homo sapiens consciente, inerente. Este último, como sustentáculo de toda a ciência contemporânea. Todavia, há entre os pensadores mais recentes, como o físico e estudioso da história da ciência Thomas Kuhn (1922-1996), que começam a redefinir o processo do desenvolvimento do conhecimento científico como muito mais abrangente e descentralizado do que simplesmente uma leva teórica passível de confirmação ou refutamento.
Destarte, apesar de algumas controvérsias quanto ao termo em si ou a praticabilidade deste em seus processos críticos, a epistemologia é um ramo fundamental no pensamento moderno por avaliar os procedimentos e validar as teorias para que todo um método cientifico possa ser considerado como legitimo para a comunidade científica. Afinal, se não podemos compreender a ordem que rege o conhecimento, como conseguiremos atingir uma verdade, ainda que esta não seja absoluta, dentro dos moldes possíveis para a acepção humana a partir da prática do fazer “Ciência”? Eis a questão primária quando tratamos de tudo aquilo o que envolve a pesquisa científica e todo o seu desenvolvimento através dos séculos e milênios.
Referências bibliográficas:
Castañon, Gustavo. Introdução À
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