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EDUCAÇÃO CONTEMPORÂNEA: CAPITALISMO E EDUCAÇÃO

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Por:   •  4/9/2014  •  1.491 Palavras (6 Páginas)  •  365 Visualizações

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EDUCAÇÃO CONTEMPORÂNEA: CAPITALISMO E EDUCAÇÃO

A relação entre educação e capitalismo é o assunto abordado neste texto, que tem como objetivo enfatizar a contextualização do sistema político e econômico do séc. XX, vigente na maioria dos países e sua influência na educação contemporânea, e analisar também as críticas dos pensadores ao modelo liberal de educação através de uma pesquisa bibliográfica efetuada para esse fim.

Sistema econômico e social que se caracteriza pela propriedade privada dos meios de produção, trabalho livre assalariado e acumulação de capital (riqueza). É traduzido em um sistema de mercado baseado na iniciativa privada, racionalização dos meios de produção e exploração de oportunidades de mercado para efeito de lucro. (IANNI, 1988, p. 56)

Surgiu no fim da Idade Média e início da Idade Moderna com o renascimento urbano e comercial, onde a burguesia despontou como classe social que visava o lucro através de suas relações comerciais, evidenciando o acúmulo e o controle dos bens e serviços e consequentemente, a riqueza. Posteriormente, a expansão marítima que tinha como objetivo principal o enriquecimento e acúmulo de capital, revelou novas características, como o uso de mão-de-obra assalariada, a moeda substituindo o sistema de trocas, e as relações bancárias que fortaleceram o poder da burguesia e desigualdades sociais.

A Revolução Industrial fortaleceu ainda mais o capitalismo na Europa, iniciou-se um processo ininterrupto de produção coletiva em massa, geração de lucro e acúmulo de capital, que modificou o sistema de produção, benéfica e prejudicialmente, pois, se de um lado as máquinas produziam mais, de outro, aumentaram os problemas enfrentados pelos trabalhadores, como péssimas condições de trabalho, salários irrisórios, acidentes com máquinas, e desemprego.

As sociedades foram superando os tradicionais critérios da aristocracia, principalmente a do privilégio de nascimento. Surgiram as primeiras teorias econômicas modernas: a Economia Política, e para contrapor-se ao domínio dos Estados fortalecido na economia, surgiu o Liberalismo Econômico, idealizado pelo fisiocrata Adam Smith, que tinha como princípios a livre-iniciativa e a não intervenção do Estado na economia, defendidos em sua obra “Riqueza das Nações”. O sistema capitalista foi norteado pelos ideais liberalistas até a crise econômica de 1929 que provocou a quebra da Bolsa de Nova York e como resultado atingiu todos os países capitalistas, inclusive o Brasil.

A partir de 1930, os Estados Unidos surgiram como potência mundial, graças à política Keynesiana, onde novamente o estado passou a intervir na economia, controlando a bolsa e valores, regulamentando os sindicatos, criando frentes de trabalho com obras públicas e subsidiando fazendeiros. A consolidação dessa potência se deu após a segunda guerra mundial, com sua política de ajuda aos países atingidos pela guerra, e a partir daí seu controle sobre os países subdesenvolvidos tornou-se demasiadamente superior.

O “American way of life”, ou seja, o jeito americano de viver, tornou-se modelo para as sociedades capitalistas de todo o mundo a partir da década de 50. A política do Bem Estar Social - “Welfare State”- intervenção estatal na administração de sistemas de saúde, de bem estar social, de políticas salariais e educacionais também, passou a ser adotado em grande parte dos países.

À medida que o capitalismo foi se consolidando em alguns países, em outros não houve progresso e despontou outras crises, como a do petróleo em 1973. Houve por conseguinte, a implantação de uma nova política econômica, contrária à intervenção do estado, chamada Neoliberalismo. Ela foi adotada por países como Chile, Estados Unidos, Inglaterra, entre outros, fundamentando-se no princípio de que os interesses sociais são orientados pelos interesses do mercado.

O neoliberalismo se contrapõe à tendência anterior de aumento da intervenção governamental, em economias capitalistas, como resultado da adoção de políticas sociais de natureza assistencial e de políticas econômicas keynesianas. (Dicionário Aurélio).

Feita a explanação histórico-social do capitalismo, passa-se agora relacioná-lo com a educação. Países subdesenvolvidos possuem características sociais que repercutem na esfera educacional, ou seja, a divisão social, passou a ser vista no ambiente educacional da mesma forma.

Muitos educadores, sociólogos, filósofos, incomodados com o sistema de exclusão social do trabalhador, começaram a analisar, questionar, criticar e trabalhar em prol de uma conscientização da população para a educação e desenvolvimento social. Karl Marx e Antonio Gramsci são exemplos.

Karl Marx, no Século XIX, elabora a crítica ao Capitalismo e despertou para a exploração do homem e a importância da Educação na evolução social. Afirma que “a transformação educativa deve ocorrer paralelamente à revolução social” (2004.p.121). Defende a Educação pública e gratuita, de qualidade e sem privilégios. Sua teoria socialista foi colocada em prática em alguns países que conseguiram um bom nível de desenvolvimento no setor educacional. (TERRA, 2006, p. 36)

Gramsci criticou o fascismo italiano e refletiu sobre a educação de classes. Para ele, a educação era o caminho para a transformação. Por isso criticou a forma de ensino clássico para a elite e profissional para a classe trabalhadora. Foi defensor da escola única onde houvesse o desenvolvimento das capacidades de trabalhar manual e intelectualmente. Tal unificação era chamada por ele de “Humanismo socialista”.

Louis Althusser, Pierre Bourdieu, Jean-Claude Passeron, Cristian Baudelot e Roger Establet estão entre os pensadores que criticavam a Educação Reprodutiva da sociedade, onde a escola reproduz os interesses do Capitalismo. Equiparam o sistema de ensino e o sistema social, atestando que a formação do indivíduo exerce influência de sua origem social e concluíram que as classes populares são excluídas do ensino superior.

Alguns educadores e sociólogos brasileiros são importantes na

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