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EXPANSÃO MARINHA E COMERCIAL DA EUROPA OCCIDENTAL

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Por:   •  26/8/2014  •  Projeto de pesquisa  •  9.245 Palavras (37 Páginas)  •  213 Visualizações

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I - A EXPANSÃO MARÍTIMA E COMERCIAL DA EUROPA OCIDENTAL

A transição da Idade Média para a Idade Moderna

A partir da Segunda metade do século XV, o mundo europeu sofreu grandes transformações políticas, econômicas, sociais e culturais. Estas transformações, que marcam o fim da Idade Média e o início dos Tempos Modernos, trouxeram como conseqüência a expansão comercial européia e levaram aos Descobrimentos Marítimos.

• No campo político, houve o fortalecimento e centralização do poder real;

• Na economia, o comércio tornou-se mais importante;

• Na sociedade, surgiu e se fortaleceu uma nova classe social: a burguesia;

• No campo cultural, houve o Renascimento artístico;

• Nas ciências, houve o progresso técnico e científico;

• No campo religioso, o Cristianismo foi divulgado em outros continentes.

As rotas comerciais que ligavam Europa, Ásia e África tinham como centro de convergência o Mar Mediterrâneo.

O Comércio das Especiarias

Especiarias eram produtos raros, vindos principalmente do oriente, que passaram a ser consumidos em larga escala pelos europeus desde a época das Cruzadas (Idade Média). Exemplos: pimentas, canela, cravo, seda, marfim, cânfora, nós moscada, gengibre, alóes, incenso, sândalo, perfumes e produtos aromáticos.

Constantinopla, cidade pela qual as especiarias orientais chegavam à Europa, onde eram distribuídas com grandes lucros, pelos navios das repúblicas de Gênova e Veneza, foi conquistada pelos turcos otomanos, em 1453.

Importante: O comércio das especiarias do Oriente fez desenvolver o Capitalismo europeu na sua fase mercantilista.

Favoreceram Portugal e Espanha a se lançarem nas Grandes Navegações: a posição geográfica privilegiada, a tradição marítima (atividade pesqueira) e a centralização política pioneira, devido à "Reconquista" (luta dos cristãos contra os árabes).

Dois foram os principais ciclos de navegação: leste ou oriental (ciclo dos Portugueses) e oeste ou ocidental (ciclo dos Espanhóis).

Ciclo Português

O ciclo oriental ou português visava a contornar o litoral da África para chegar às Índias (oriente).

O grande impulso para os descobrimentos portugueses foi a criação do Centro de Geografia e Náutica, localizado em Sagres (sul de Portugal), pelo Infante Dom Henrique("O Navegador"). O Estado financiava as pesquisas e reservava para si a exclusividade das viagens.

A tomada de Celta, em 1415, no norte da África, marcou o início das conquistas de além-mar.

Ciclo Espanhol

O ciclo ocidental ou espanhol objetivava chegar ao Oriente (Índias) viajando pelo ocidente ("El Ocidente por el poniente"), segundo os planos do navegador Cristóvão Colombo, natural de Gênova (Itália), que acreditava na esfericidade ou redondeza da terra.

Recebeu apoio dos "Reis Católicos" que governavam a Espanha: Fernão (rei de Aragão) e Isabel (rainha de Castela). Suas caravelas eram: Santa Maria (nau capitânia), Pinta e Nina.

O Tratado de Tordesilhas

O descobrimento da América quase levou Portugal a declarar guerra á Espanha pois o rei daquele país julgava-se lesado em seus direitos.

Para solucionar o problema da partilha (divisão) das terras descobertas, o Papa Alexandre VI, a pedido dos "Reis Católicos", por intermédio da Bula Intercoetera (1493) estabeleceu os limites das terras entre Portugal e Espanha, através de um meridiano imaginário que seria contado a partir de 100 léguas a oeste das Ilhas de Cabo Verde e Açores, o que não foi aceito por Portugal.

Os países ibéricos chegaram a um acordo através do Tratado de Tordesilhas ou de participação do Mar Oceano, assinado em 1494. Ficou estabelecido que as terras e Ilhas a leste do meridiano, a contar de 370 léguas das Ilhas de Cabo Verde, pertenceriam a Portugal e, as que ficassem a oeste da mesma linha, pertenceriam à Espanha.

Conseqüências da expansão marítima e comercial européia:

• surgimento de Impérios Coloniais regidos pela política mercantilista;

• oceano Atlântico passou a ser o principal centro comercial;

• propagaram-se os conhecimentos geográficos e astronômicos e os das ciências

naturais;

• baixou o preço de custo das especiarias e drogas;

• surgiram as companhias de comércio;

• a burguesia passou a ter maior importância social e influência política.

O Descobrimento do Brasil

Após o descobrimento do caminho marítimo para as Índias, o rei de Portugal, Dom Manuel I, "O Venturoso", (da dinastia de Ávis) organizou poderosa esquadra com objetivo de fundar feitorias no Oriente (Calicute). Esta expedição, que foi chefiada pelo fidalgo Pedro Álvares Cabral, senhor de Bel Monte e Alcaide - Mor de Azurara, descobriu o Brasil no dia 22 de abril de 1500.

A Viagem de Cabral

Na viagem, durante a travessia do Atlântico desgarrou-se a nau (barco) de Vasco de Ataíde. O primeiro ponto avistado foi o Monte Pascoal, no dia 22 de abril de 1500. Após o contato inicial amistoso com os índios, a esquadra fundeou na atual baia de Cabrália ("Porto Seguro"). Tendo Gaspar de Lemos retornado a Portugal levando cartas relativas ao descobrimento, a esquadra prosseguiu viagem para as Índias, após deixar no Brasil dois degredados.

Denominou-se "Semana de Vera Cruz" ao período em que a esquadra de Cabral esteve no Brasil.

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