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Emilia Viotti, Cap. 1

Trabalho Universitário: Emilia Viotti, Cap. 1. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  20/5/2014  •  1.286 Palavras (6 Páginas)  •  1.445 Visualizações

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Emilia Viotti, cap. 1

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DO BRASIL

Tornou-se impossível manter o tradicional sistema de relações entre metrópole e colônia. A Coroa estava interessada na expansão dos seus domínios e no usufruto das rendas coloniais. Não contava, no entanto, com os recursos materiais e humanos para lançar-se a essa obra sozinha. Por isso, recorreu aos mercadores e aos banqueiros que, dessa forma, se associaram à colonização. >>> política mercantilista. O sistema colonial montado segundo a lógica do capitalismo comercial e em razão dos interesses do Estado absolutista entrou em crise quando a expansão dos mercados, o desenvolvimento crescente do capital industrial e a crise do Estado absolutista tornaram inoperantes os mecanismos restritivos de comércio e de produção.

produção em grande escala >>> o sistema colonial tradicional passou a ser criticado (pois era monopólio). A crise do sistema colonial coincidiu com a crise das formas

absolutistas de governo.

Durante muito tempo os conflitos internos foram sentidos como conflitos de interesses entre os súditos de um mesmo reino, no século XVIII esses conflitos ganharam nova dimensão. O Pacto Colonial passou a ser visto pelos colonos como um contrato unilateral entre metrópole e colônia. A luta, que inicialmente se apresentava como uma luta entre vassalos de um mesmo reino mudou de sentido, convertendo-se em luta de colonos contra o governo metropolitano. Foi por essa razão que as populações coloniais se mostraram receptivas a ideologias revolucionárias que se difundiam na Europa no século XVIII.

Nem as prisões, nem os exílios, nem os enforcamentos foram capazes de deter a marcha do processo. Em vão a censura intentava impedir a divulgação das idéias nocivas à ordem vigente. Em vão a polícia punia com rigor as tentativas de insurreição. A elite educada nos princípios da Ilustração, embora pouco numerosa, teria um papel importante a desempenhar por ocasião da Independência e, mais tarde, quando se tratou de organizar a nação.

Surgimento de sociedades secretas como a maçonaria, grande número de personagens importantes ligados ao governo estava envolvido nessas sociedades além de professores, funcionários, comerciantes, fazendeiros e numerosos padres.

Limites do liberalismo no Brasil

Analisando-se os movimentos de 1789 (Inconfidência Mineira), 1798 (Conjura Baiana), 1817 (Revolução Pernambucana) percebe-se logo sua pobreza ideológica.15 Apenas uma pequena elite de revolucionários inspirava-se nas obras dos autores europeus que liam, freqüentemente, mais com entusiasmo do que com espírito crítico. A maioria da população inculta e atrasada não chegava a tomar conhecimento das novas doutrinas. Na Europa, o liberalismo era uma ideologia burguesa voltada contra as Instituições do Antigo Regime, os excessos do poder real, os privilégios da nobreza, os entraves do feudalismo ao desenvolvimento da economia. No Brasil, as idéias liberais teriam um significado mais restrito, não se apoiariam nas mesmas bases sociais, nem teriam exatamente a mesma função. A escravidão constituiria o limite do liberalismo no Brasil. O comportamento dos revolucionários, com exceção de poucos, era freqüentemente elitista, racista e escravocrata.

Natureza e limites do nacionalismo

Assim como o liberalismo, o nacionalismo, freqüentemente associado na Europa aos movimentos liberais, não teria condições de assumir seu significado pleno num país cuja economia baseava-se essencialmente na exportação, onde o mercado interno era extremamente limitado, as vias de comunicação escassas. O nacionalismo brasileiro manifestava-se sobretudo sob a forma de um antiportuguesismo generalizado.

Bases sociais da revolução

Sob o rótulo das idéias liberais ocultavam-se aspirações distintas, como distintos eram os grupos sociais que se associaram aos movimentos em prol da Independência.

Entre os inconfidentes, a maioria era composta de proprietários e altos funcionários. Havia, no entanto, entre eles, figuras de origem mais modesta como o alferes Tiradentes e alguns escravos

e mulatos livres, ocupando funções de carreiros ou artesãos. Viam na revolução uma promessa de melhorar suas condições de vida, pelo estabelecimento de uma política de igualdade.

As várias faces da revolução

Para o povo composto de negros e mestiços a revolução da Independência configurava-se como uma luta contra os brancos e seus privilégios. Para os despossuídos, a revolução implicava a eliminação das barreiras de cor, na realização da igualdade econômica e social, na subversão da ordem. Para os representantes das categorias superiores da sociedade, fazendeiros ou comerciantes, a condição necessária da revolução, no entanto, era a manutenção da ordem e a garantia de seus privilégios. As fórmulas abstratas constantes dos programas dos revolucionários ocultavam os diferentes sentidos que cada grupo lhes atribuía. Depois da Independência, as fórmulas do liberalismo retórico foram definidas ficando evidentes os seus limites. Para as elites que tiveram a iniciativa e o controle do movimento, liberalismo significava apenas liqüidação dos laços coloniais, a escravidão seria mantida, assim como a economia de exportação.

Balanço dos movimentos revolucionários do século XVIII. Transferência da Corte

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