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Estruturas Culturais Da Idade Média (resumo)

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Por:   •  28/3/2015  •  908 Palavras (4 Páginas)  •  2.228 Visualizações

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Estruturas Culturais da Idade Média (resumo)

Estruturas Culturais da Idade Média (resumo)

FRANCO JR, Hilário. Idade Média: O nascimento do Ocidente.

Estruturas Culturais

Definição de Cultura: Cultura é tudo aquilo que o homem encontra fora da natureza ao nascer. Tudo o que foi criado, consciente ou inconscientemente, para se relacionar com outros homens (Idiomas, instituições, normas), com o meio físico (vestes, moradias, ferramentas), com o mundo extra-humano (orações, rituais, símbolos). Esse relacionamento pode ter caráter variado, podendo ser de expressão de sentimentos (literatura, arte), de domínio social (ideologias),de controle sobre a natureza (técnicas), de busca de compreensão do universo (filosofia, teologia).

Cultura Clerical e Tradições folclóricas: Qual a diferença?

• Cultura clerical – erudita, conscientemente elaborada, produzida nos mosteiros , feita pelo clero e para o clero devido as necessidades de culto, literatura, ensino, ciências, arte, filosofia e teologia.

• Cultura “vulgar” – oral, transmitida informalmente (nas casas, ruas, praças, tavernas, etc.) por meio de idiomas e dialetos vernáculos. Espontaneamente elaborada, ela expressava a mentalidade de forma mais direta, com menos regras pré-estabelecidas.

Características gerais da Cultura na Idade Média

• Alta Idade Média – Clericalização da Cultura. Havia um monopólio da cultura intelectual por parte da Igreja. Sua postura era à recusa da cultura vulgar, desfigurando manifestações folclóricas ao mudar seu significado.

• Idade Média Central – A Reação folclórica (folclorização de elementos cristãos), por parte da camada dos cavaleiros, para forjar sua identidade coletiva, recorreu às tradições folclóricas.

• Baixa Idade Média – Redirecionamento da Cultura, sendo que a cultura clerical não tinha mais a coerência da Alta Idade Média e a cultura vulgar não possuia o mesmo vigor que na Idade Média Central. Buscava-se uma nova composição, da qual sairia a cultura renascentista do séc. XVI.

A Educação na Alta Idade Média

A Educação era feita de clérigos para clérigos, devido às necessidades de culto e à organização da Igreja. Nas escolas catredalícias e sobretudo monásticas, praticamente as únicas existentes, ensinava-se as chamadas sete artes liberais, às únicas dignas de homens livres.

Trivium – Gramática (latim e literatura), Retórica (textos históricos) e Dialética (iniciação filosófica)

Quadrivium – Aritmética, Geometria, Astronomia e Música.

Teologia – no qual os clérigos se dedicariam por toda a vida. Predominava a concepção de que a meta do homem era o Reino de Deus e de que a Revelação estava contida nas sagradas escrituras.

A Filosofia patrística: harmonização do passado clássico com o cristianismo

O grande nome da Patrística foi Santo Agostinho (354-430). A patrística procurava provar que a doutrina cristã não conflitava com a razão, demonstrando assim a falsidade do paganismo. Para Santo Agostinho as verdades da fé não podem ser demonstradas pela razão, mas a razão pode confirmar a fé: “compreender para crer, crer para compreender.” Estavam alicerçadas nessa premissa suas 4 idéias de maior alcance histórico:

1ª - a refutação do ceticismo: “quem não existe não pode se enganar, por isso se me engano, existo”

2ª - a negação do mal: sendo Deus a causa de todas as coisas, elas são naturalmente boas. Elas podem se corromper, mas só se corrompem porque são boas.

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