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Evolução do homem

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Por:   •  24/2/2015  •  Tese  •  2.166 Palavras (9 Páginas)  •  409 Visualizações

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Evolução humana

Ao contrário do que muitos dizem por aí, o homem não descendeu do macaco. Assim como todas as espécies se relacionam, em maior ou menor grau, homens e macacos possuem um ancestral mais recente em relação a um ancestral entre macaco e serpente, por exemplo.

Atualmente sabe-se que a espécie humana descende de uma família de primatas chamada Hominidae e, atualmente, é a única espécie desta que existe. Fósseis muito contribuem para documentar a história de um grupo e, com o auxílio destes, podemos confirmar que espécies deste grupo taxonômico habitaram várias regiões e épocas diferentes e que algumas espécies distintas da família coexistiram na mesma época.

Chipanzés são hoje os parentes mais próximos da espécie humana, que divergiram de um mesmo ancestral há mais ou menos 125.000 anos atrás.

Assim, fica clara uma diferença básica entre o pensamento de Lamarck e Darwin: Lamarck acreditava que a complexidade dos seres seguia uma lógica linear e progressiva: do ser menos ao mais evoluído - este, no caso, o ser humano. Para Darwin, todas as espécies atuais seriam as mais evoluídas de suas linhagens e, nesta linha, nenhuma espécie vivente no momento seria mais ou menos evoluída que outra.

Vale ressaltar que o emprego do “evoluir” nestes dois casos muda um pouco quanto à interpretação. “Evolução”, em uma visão Lamarckista, nos dá idéia de melhoramento, progresso, em um sentido linear, de espécies existentes na atualidade: do ser menos evoluído ao ser humano - o mais complexo, mais evoluído, o topo da evolução – pensamento que persiste até hoje, para algumas pessoas. Para Darwin, o termo consistia na variação de espécies ao longo do tempo, por meio da seleção natural. Vale ressaltar, ainda, que Darwin utilizou a palavra “transmutação” para se referir ao que consideramos hoje a evolução biológica.

Lamarck nos presenteou com uma grande contribuição ao postar que havia uma relação de surgimento de novas espécies a partir de espécies já existentes e influência do ambiente como responsável pelas variações. Além disso, existem casos registrados na ciência de evolução por meio de transmissão de caracteres adquiridos, mecanismo este bastante criticado – injustamente – por alguns que se consideram darwinistas. Foi ele, também, quem designou o termo “Biologia” para designar a ciência que estuda a vida e quem fundou os estudos de paleontologia dos invertebrados.

os ancestrais dos seres humanos

Há três milhões de anos [segundo a cronologia evolucionista], os ancestrais dos seres humanos ainda passavam grande parte de suas vidas nas árvores. Mas, de acordo com um novo estudo, é possível que naquela época eles já caminhassem como bípedes. Segundo pesquisa coordenada por David Raichlen, professor da Faculdade de Antropologia da Universidade do Arizona (Estados Unidos), novas evidências experimentais indicam que hominídeos primitivos, há 3,6 milhões de anos [idem], caminhavam com postura ereta e marcha a passos largos, de forma semelhante à dos humanos modernos.

A pesquisa, realizada com participação de cientistas do Lehman College, de Nova York, teve seus resultados publicados na edição desta segunda-feira (22/3) da PLoS One, revista da Public Library of Science (PLoS).

Há mais de 30 anos, havia sido descoberto em Laetoli, na Tanzânia, um rastro de pegadas fósseis depositadas há 3,6 milhões de anos [idem] e preservadas em cinzas vulcânicas. A importância dessas pegadas para a evolução humana tem sido intensamente debatida desde então.

As pegadas, que mostravam clara evidência de bipedalismo – a habilidade para caminhar na posição vertical –, haviam sido produzidas, provavelmente, por indivíduos da única espécie bípede que vivia naquela área na época: os Australopithecus afarensis. Essa espécie inclui Lucy, um dos fósseis de hominídeos mais antigos encontrados até hoje e cujo esqueleto é o mais completo já conhecido.

Uma série de características dos quadris, pernas e costas desse grupo indica que os indivíduos teriam caminhado em duas pernas quando se encontravam no chão. Mas os dedos e artelhos curvados, assim como a posição das omoplatas, voltadas para cima, fornecem evidências sólidas de que Lucy e outros membros de sua espécie também deviam passar tempo considerável escalando árvores.

Essa morfologia é claramente distinta do gênero Homo, ao qual pertencem os humanos, que abandonou a vida arbórea há cerca de dois milhões de anos [sic] e, a partir daí, passou a ser irreversivelmente bípede.

Desde a descoberta das pegadas de Laetoli, cientistas vêm debatendo se os rastros indicam um modo de bipedalismo de passos largos, semelhante ao dos humanos modernos. Ou se indicam um tipo menos eficiente de bipedalismo, com um andar agachado, mais característicos dos chimpanzés, cujos joelhos e quadris permanecem dobrados quando eles caminham em duas pernas.

Raichlen e sua equipe planejaram o primeiro experimento biomecânico expressamente concebido para abordar a questão. No Laboratório de Captação de Movimentos da Universidade do Arizona, os cientistas construíram um rastro de areia sobre o qual filmaram indivíduos humanos caminhando.

Os voluntários caminharam normalmente, com a marcha humana ereta e, em seguida, caminharam imitando a marcha agachada dos chimpanzés. Modelos tridimensionais das pegadas foram coletados pelo antropólogo biológico Adam Gordon utilizando equipamentos de seu Laboratório de Morfologia Evolucionária dos Primatas na Universidade do Arizona.

Os cientistas examinaram a profundidade relativa das pegadas no calcanhar e nos dedos e descobriram que as profundidades são semelhantes quando feitas por uma pessoa andando com postura ereta.

Em contrapartida, as marcas deixadas pelos dedos eram muito mais profundas que as dos calcanhares quando as pegadas eram produzidas com a caminhada na postura agachada – resultado do ritmo de transferência do peso ao longo do comprimento do pé.

“Com base em análises prévias de esqueletos de Australopithecus afarensis, esperávamos que as pegadas de Laetoli fossem parecidas com as deixadas por alguém andando com joelhos e quadris dobrados, como fazem os chimpanzés. Mas, para nossa surpresa, as pegadas de Laetoli coincidem completamente com o alinhamento das pegadas deixadas pela marcha típica dos humanos modernos”, disse Raichlen.

As pegadas fósseis de Laetoli preservam uma profundidade notavelmente homogênea entre o calcanhar e

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