Exploraderes De Caverna

Tese de acusação

Comprova-se que os réus se encontravam, em uma caverna, , caverna essa que os réus e vítima foram explorá-la, e houve o desmoronamento deixando-os impossibilitados de saírem, diante de tal “ dificuldade “os réus confessaram terem executado o sr. ROGER ainda quando dormia, isso para que não houvesse uma reação inesperada por parte da vítima sr. ROGER WHETMORE, os réus usaram fragmentos de rochas localizados no interior da caverna para cometerem o homicídio, foram disferidos contra a vítima mais de 20 golpes com pedras até que o sr. ROGER WHETMORE parou de gemer e se mover, os réus queriam ter a certeza que a “ caça fora abatida “ e não mais oferecia risco a eles. Quando tiveram essa certeza comeram sua carne como se fossem “silvícolas”, anormais comendo a mesma espécie.

Os réus, ANTONIO JOSÉ DA SILVA e JOÃO PACHECO DOS SANTOS, nos depoimentos confessaram serem autores do delito assim como os sr’s. JARDEL DE SOUSA E ANDRÉ MEDEIROS, narraram a execução com riqueza em detalhes, o que comprova, de forma irrefutável, a autoria dos réus. Destaca-se, ainda, que os réus estavam em pleno gozo de suas faculdades mentais e encontravam-se devidamente acompanhado de seu advogado, para ratificação do que foi dito.

Ora, Excelência, temos plena certeza que se trata de crime previsto no art. 121 parágrafo 2º incisos III e IV do CP, onde houve o emprego de crueldade na execução do crime, quando a vítima sr ROGER ainda com vida gemia de dor ao receber as pedradas em sua cabeça. Houve dissimulação dos réus tendo em vista que a vítima os conhecia e os tinha como “amigos”, então a vítima imaginava que poderia confiar nessas pessoas e que ali estaria seguro até o respectivo resgate de todos.

O Sr. ROGER WHETMORE, foi vítima de um ato traiçoeiro e cruel cometido por seus “amigos”, de modo livre e consciente. Uma das piores das agravantes desse nefando delito foi a precipitação dos acusados uma vez que após terem tido o conselho médico estavam cientes de que a partir daquele dia teriam outros dez para sobreviverem sem alimentação e o crime ocorreu 1, 2, 3 dias no máximo após o contato com a operação de resgate. Mataram não só desnecessária como precipitadamente. “A vida constitui fonte primária de todos os bens jurídicos a legislação penal pune todas as formas de interrupção violenta do processo vital”. ( José Afonso da Silva ). Eles não mataram apenas o Sr. ROGER, eles lhe tiraram o direito à vida. Tiraram-lhe o seu bem maior, tiraram-lhe sua fonte primária.