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Favela: Um modelo Sustentável

Por:   •  16/6/2016  •  Seminário  •  4.041 Palavras (17 Páginas)  •  226 Visualizações

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UNIVERSIDADE REGIONAL DA BAHIA – UNIRB

BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

MAXSUELL FRANKLIN DE CARVALHO LOPES

SEMINÁRIO

HISTÓRIA E CULTURA INDÍGENA AFRO BRASILEIRA

FAVELA: UM MODELO SUSTENTÁVEL

REDAÇÃO

MACEIÓ

17 de maio de 2016

MAXSUELL FRANKLIN DE CARVALHO LOPES

SEMINÁRIO

HISTÓRIA E CULTURA INDÍGENA AFRO BRASILEIRA

FAVELA: UM MODELO SUSTENTÁVEL

Redação, entregue como requisito parcial à obtenção de nota para o segundo processo avaliativo (AV2), na Universidade Regional da Bahia - UNIRB.

Prof. Dr. Manoel Messias

Maceió

17 de maio de 2016

SUMÁRIO

1 – INTRODUÇÃO                                                                        02

2 – FAVELA: UM MODELO SUSTENTÁVEL                                        02

3 – CONCLUSÃO                                                                        08

4 – BIOGRAFIA                                                                        09                                                                                        

INTRODUÇÃO

Todos nós sabemos, que a sustentabilidade é algo que precisa chegar ao conhecimento da população em geral e não somente ficar retido entre a sociedade acadêmica. Por esse motivo encontramos no tema “Favela: Um modelo sustentável”, uma forma de levar a conscientização para um estilo de vida “verde” e promover um novo olhar para o contexto dos assentamentos irregulares no Brasil, que conhecemos popularmente como favela. Traremos neste material, uma abordagem histórica, desde o período abolicionário até os dias de atuais, para que assim possamos realmente falar de sustentabilidade sem passar uma ideia utópica sobre o tema. Claro que, compreendendo as limitações tanto do poder público (como órgão financiador), da população local (Pelo processo de aprendizagem e conscientização pessoal) e também da sociedade acadêmica enquanto condutor de conhecimento.

FAVELA: UM MODELO SUSTENTÁVEL

Ao analisarmos a história da favela, verificamos que os primeiros barracos com o propósito de moradia foram erguidos durante o período da abolição dos escravos em 1888. Por isso, compreendemos a falta de preocupação do governo com as políticas públicas, no que diz relação aos negros, que anteriormente eram escravos e eram vistos como propriedades de “luxo”, que reluziam poder através da riqueza e da autoridade de seus senhores. Tendo em vista a falta de preocupação do governantes, dos senhores de engenho e de todos que se denominavam autoridades sobre o povo escravo daquela época, não encontraram outra possibilidade se não larga-los em meio a sorte daqueles dias. Alguns escravos, por livre e espontânea vontade permanecem com seus senhores, agora como funcionários, recebendo pelo pelos serviços prestados. Enquanto isso, outros grupos se deslocaram para os quilombos a fim de dar início a uma vida de aparente liberdade, em paralelo, outros resolveram se estabelecer nas grandes cidades. Os ex-escravos que sabiam ler, conseguiam a medida do possível trabalhos remunerados que custeavam de forma quase que precária sua vida diária, mas isso dava-lhes condições para alugar quartos em cortiços. Em contra partida, os que não tinham o mínimo de estudo começaram a erguer seus barracos nos centros urbanos. Foi verificado que com a massificação do povo negro nos grandes centros urbanos, a economia local cresceu e de certa forma chamou a atenção de seus governantes, dando início ao avanço imobiliário. Para dar início a esse movimento, o poder público carioca proibiu a manutenção e edificação dos cortiços (moradias de baixo custo, com o necessário para a vida), da mesma forma que proibiu a existência dos barracos nos grandes centros da cidade. Como forma de dar abrigo e assistir aquele povo, o governador autorizou que 2.000 pessoas construíssem seus barracos no Morro da Providência, que futuramente ficaria conhecido como Morro da Favela, dando um novo nome ao que até o momento era conhecido popularmente como “Bairro Africano”. E assim teve início as edificações irregulares no Brasil.

Em 1897, após retornarem do conflito que ficou conhecido como Guerra de Canudos, cerca de 20.000 soldados, que anteriormente teriam ouvido a promessa de moradia do governo a todos os combatentes que lutaram em Canudos, se veem obrigados a junto com suas famílias a erguerem, até então, provisoriamente seus barracos no Morro da Providência, onde já se encontravam os escravos libertos no período da abolição em 1800. Como as promessas do governo não se cumpriram, os militares ficam permanentemente alojados no morro, que a partir de então fica conhecido como, Morro da Favela. O sentido para esse apelido é pelo fato de que em meio a campanha em canudos os militares montando acampamento em um local repleto de faveleiros (árvore que dar como fruto, a favela). Com o passar do tempo, é chegada a crise da habitação em 1940, obrigando aos grupos menos favorecidos compostos por trabalhadores agrícolas que anteriormente, mesmo diante de toda dificuldade conseguiam permanecer em suas casas, à migrarem para as favelas.  

Segundo dados estatísticos, o nosso país é rico em recursos naturais. A maioria das nossas terras são agriculturáveis, somos o maior país da América Latina e com um contingente populacional jovem. Mas apesar de todos esses dados, somos também, ricos quando falamos em desigualdade social. Onde, segundo estudos, 10% da população recebe metade da renda nacional e quase 10% sobrevive abaixo da linha da pobreza. E mesmo o governo federal e o poder público local incentivando a retirada do povo das favelas, ou até mesmo obrigando a bem da força como ocorreu na década de 70, onde o governo se utilizando de força militar, expulsa cerca de 10 mil moradores das favelas, afim de mostrar resultados que nunca existiram, forçando os mesmos, a voltarem para as suas terras improdutivas, que por outrora se deslocaram ao território carioca na intenção de moradia digna e qualidade de vida e não sendo suficiente a falta do que já procuravam, não puderam permanecer com o pouco que encontrara. Outro ponto negativo evidenciado na pesquisa, foi sobre o contexto da favela e a falta de ação do governo na maiorias das comunidades. Quando se fala em segurança pública, não conseguimos enxergar a ação do governo através da polícia militar na interação com aquele povo. Muito pelo contrário, o que vemos, é a onda crescente do narcotráfico na maioria das comunidades, tendo em vista a falta da ação do governo e a necessidade do povo com a segurança, sendo suprida pela própria comunidade, dando início as milícias armadas, a livre passagem de drogas e a imagem do traficante como governo presente. Verificamos ainda, que quando falamos em estrutura física na favela, os índices afirmam um posicionamento satisfatório do povo. Ótimos números sobre saneamento básico (esgoto e água) e energia elétrica. Mas quando realizado uma pesquisa financiada pelo CNPq e pela prefeitura do Rio de Janeiro, verifica-se que apenas 15% das pessoas residentes nas favelas cariocas possuem tv e apenas 12% possuem computadores, instrumentos indispensáveis para a transmissão da informação. Outro fato que merece nossa atenção, é que na década de 50, apenas 7% da população do Rio de Janeiro viviam em favelas contra 22% da população atual reside atualmente nas comunidades cariocas. Isso mostra claramente uma rápida crescente da população e nos faz refletir sobre ações para melhorar a qualidade de vida da classe local, já que até o momento, todas as ações se mostraram ineficazes no que se trata da remoção dessas comunidades. Com o avanço industrial e o aumento da economia do país até pouco tempo, tem feito com que empresas criem raízes em regiões como o nordeste, isso diminuiu muito a migração dos nordestinos para cidades polos como Rio e São Paulo, em busca de empregos e uma melhor qualidade de vida. Tendo em vista, que esse problema na maioria das vezes tem sido resolvido nas próprias regiões. Ainda sobre as estruturas das favelas, mas dessa vez com um enfoque na saúde pública, vemos ainda que o Estado deixa a desejar no que se refere ao tema. A falta de saneamento básico, esgoto a céu aberto (realidade na maioria das comunidades), aliado a falta de informação, transforma esse ambiente em um ambiente propenso a doenças infecto contagiosas como hepatite, hiv, hpv e tantas outras doenças que necessitam do apoio do poder público e de pessoas disseminadoras de informações. Sobre o desemprego dentro da favela, Índices que comparam a favela e as regiões convencionais, o triplo das pessoas entre 18 e 39 anos buscam colocação no mercado de trabalho. Tendo em vista que esse é um momento da vida onde os jovens (ou pelo menos boa parte deles), buscam constituir uma família, conquistar a independência financeira para sair de casa. Esses são dados que nos trazem informações tristes. Em algumas residências localizadas nas favelas cariocas a renda per capita é de pouco mais de R$100,00, mostrando quão difícil é a vida na favela e o quanto é difícil a inserção profissional para os moradores das dessas comunidades. Uma dos fatores que auxiliam a movimentar a economia local são os microempresários locais, que abrem pequenos negócio dentro da comunidade resultando em uma melhoria da qualidade de vida e na geração de empregos.

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