Fernando Henrique Cardoso
Trabalho Universitário: Fernando Henrique Cardoso. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: DaniSrc • 28/4/2014 • 5.679 Palavras (23 Páginas) • 459 Visualizações
Fernando Henrique Cardoso
Nascimento: 18/06/1931 - Rio de Janeiro, RJ
Profissão: Sociólogo
Primeiro mandato:
Período: 01/01/1995 a 01/01/1999 (Quatro anos)
Idade ao assumir: 63 anos
Eleição: Direta
Votos: 31.253.166
Vice-Presidente: Marco Antônio de Oliveira Maciel
Segundo mandato:
Período: 01/01/1999 a 01/01/2003 (Quatro anos)
Idade ao assumir: 67 anos
Eleição: Direta
Votos: 35.936.916
Vice-Presidente: Marco Antônio de Oliveira Maciel.
Formação
Origem
Nascido no Rio de Janeiro em 1931 é filho de Leônidas Cardoso e Nayde Silva Cardoso. Foi casado com Ruth Cardoso, sendo viúvo atualmente, e tem três filhos. Sociólogo graduado na Universidade de São Paulo, afirmou-se desde o final dos anos sessenta como um dos mais influentes intelectuais latino-americanos na análise de temas como os amplos processos de mudança social, desenvolvimento e dependência, democracia e reforma do Estado.
Professor
Sociólogo pós-graduado em Paris e pela USP, foi obrigado a sair do país com o golpe militar de 64. Lecionou em universidades no Chile, Estados Unidos e na França, assim como foi colaborador de diversas instituições, como o CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina) e ILPES (Instituto Latino Americano e do Caribe de Planejamento Econômico e Social). De volta ao Brasil em 68 foi um dos fundadores do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP). Escreveu diversos livros, sendo um dos mais importantes "Dependência e Desenvolvimento na América Latina".
Carreira política
Em 1978 tornou-se suplente de Franco Montoro no Senado pelo MDB. Com a volta do pluripartidarismo participou da fundação do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) e, três anos mais tarde, assumiu o Senado com a eleição de Montoro para o governo de São Paulo. Candidato derrotado nas eleições para a prefeitura de São Paulo, reelegeu-se senador em 1986. Foi um dos fundadores do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), em 1988. De ministro das Relações Exteriores no governo Itamar Franco, passou a ministro da Fazenda e lançou o Plano Real, que estabilizou a moeda brasileira.
Eleição
Nas eleições presidenciais de 1994 concorreu com o apoio do governo e do sucesso do Plano Real. Representava uma aliança entre o PSDB e o PFL, além de PTB e PPB. Ganhou a presidência no primeiro turno das eleições, derrotando inúmeros candidatos. O governo foi empossado em 1˚ de janeiro de 1995, tendo como data para término 31 de dezembro de 1998.
MERCOSUL
No dia 1˚ de janeiro de 1995, passou a vigorar o Tratado de Assunção, assinado durante o governo Collor, com a finalidade de implementar o MERCOSUL, que consistia no estabelecimento de uma área de livre comércio, envolvendo a Argentina, Uruguai, Paraguai e Brasil.
Reforma Constitucional Em seu primeiro ano de governo, FHC dedicou-se tanto a reestruturação da economia quanto da política. No campo político, procurou ampliar sua base parlamentar no Congresso Nacional para conseguir a aprovação de suas propostas de Emendas Constitucionais. As reformas foram apresentadas como essenciais à modernização do país e à estabilização e retomada do crescimento econômico. O governo conseguiu que o Congresso Nacional aprovasse a quebra dos monopólios estatais nas áreas de comunicação e petróleo, bem como a eliminação de restrições ao capital estrangeiro. A ampla política de privatização de empresas estatais renovou o país, por exemplo, nas áreas de telefonia e de extração e comercialização de minérios. O governo também cuidou que projetos de mudanças mais consistentes na estrutura e no funcionamento do Estado brasileiro fossem encaminhados a partir da discussão das reformas tributária e fiscal, da previdência social e dos direitos trabalhistas. O argumento era de que essas reformas e mudanças administrativas tinham por objetivo fomentar a modernização das estruturas estatais, a fim de sustentar o desenvolvimento econômico e a integração do país no mercado mundial. Apesar das várias crises externas que impactaram a economia brasileira durante o período, graças à continuidade do Plano Real a inflação se manteve baixa, na casa de um dígito percentual anual, e assim continuou pelos anos seguintes.
Plano Real
O Plano Real foi um plano econômico, desenvolvido e aplicado no Brasil durante o governo de Itamar Franco. Desenvolvido em 30 de junho de 1994, tinha como principal objetivo à redução e o controle da inflação. Elaborado pelo ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso, o plano de estabilização da economia contou com a participação dos seguintes economistas: Gustavo Franco, Pérsio Arida, Pedro Malan, Edmar Bacha, André Lara Rezende, entre outros. Ações e fases do Plano Real: 1ª - Redução de gastos públicos e aumento dos impostos como forma de controlar as contas do governo. 2ª - Criação da Unidade Real de Valor (URV) como forma de desindexar a economia, até então indexada pelos índices de inflação. 3ª - Criação de uma nova moeda forte: o real (R$). 4ª - Aumento das taxas de juros e aumentos dos compulsórios (dinheiro que os bancos devem recolher junto ao Banco Central). Estas medidas tinham como objetivo reduzir o consumo e provocar a queda da inflação. 5ª - Redução dos impostos de importação para aumentar a concorrência com os produtos nacionais, provocando a redução dos preços. 6ª - Controle cambial, mantendo o Real valorizado diante ao Dólar. Esta medida visava estimular a importação e aumentar a concorrência interna, controlando o aumento dos preços dos produtos nacionais. Resultados e desdobramentos O Plano Real foi bem sucedido. A inflação passou a ser controlada e diminuiu significativamente com o passar dos anos. Até hoje o Brasil colhe os frutos deste plano econômico, pois temos a inflação perto de 5% ao ano. O Plano Real foi tão bem sucedido que Fernando Henrique Cardoso conseguiu se eleger presidente da República em 1994. A continuidade do Plano
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