Fernando Henrique Cardoso
Ensaios: Fernando Henrique Cardoso. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: mayradanin • 2/6/2014 • 1.986 Palavras (8 Páginas) • 428 Visualizações
Fernando Henrique Cardoso
Nascido no Rio de Janeiro, em uma família de militares e com tradições nacionalistas. FHC se mudou para São Paulo onde viveu durante anos, se formou em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo, logo após se muda para Paris para fazer sua pós-graduação. Em 1964 com o golpe militar exilou-se no Chile e em seguida na França, em 1968 volta para o Brasil e se torna professor de ciências políticas na USP, apesar de ainda existir a ditadura militar Fernando Henrique continuou a fazer palestras, pesquisas e artigos, sempre sendo critico ao regime militar.
Fernando Henrique Cardoso foi presidente por dois mandatos consecutivos de 1995 a 1998 e de 1999 a 2002.
Primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso (1995-1998)
No primeiro mandato, FHC deu continuidade ao processo de reformas estruturais a fim de evitar a volta da inflação, procurando deixar a economia estável. Durante este mandado o presidente privatizou várias empresas estatais brasileiras, como a Companhia Vale do Rio Doce, Telebrás e o Banespa.
No ano 1997, Fernando Henrique conseguiu enviar e aprovar no Congresso Nacional a emenda da reeleição, tornando-se candidato outra vez à presidência da república e ainda tendo Lula como seu principal adversário. O Plano Real e o controle da inflação continuou sendo sua principal propaganda política, o que favoreceu a FHC mais uma vitória nas urnas, conseguindo a reeleição.
Plano real foi elaborado pra derrubar a hiperinflação que assombrava o Brasil há décadas e só obteve sucesso porque procurou não cometer os mesmos erros cometidos nas outras tentativas de estabilizações, estava sendo pensado e planejado desde o começo do plano real cruzeiro e era um projeto em longo prazo.
Em 19 de maio de 1993 Fernando Henrique Cardoso foi convidado pra ser ministro da fazenda pelo atual presidente da república Itamar Franco com o objetivo de acabar ou pelo menos diminuir a inflação do país.
O Plano Real foi um programa definitivo de combate à hiperinflação implantado em etapas: Período de equilíbrio das contas públicas, com redução de despesas e aumento de receitas, e isto teria ocorrido nos anos de 1993 e 1994, Criação da URV para preservar o poder de compra da massa salarial, evitando medidas de choque como confisco de poupança e quebra de contratos, lançamento do padrão monetário de nome Real, utilizado até os dias atuais.
Principais medidas foram: Desindexação da economia; O ajuste e reajuste de preços e valores passaram a ser anualizados e obedeceriam as planilhas de custo de produção, privatizações: Negociou as empresas públicas diminuindo os gastos com tais, não tendo que fazer investimentos que eram necessários, porém não havia recursos e teria que financiar, equilíbrio fiscal: Corte de despesas e aumento de cinco pontos percentuais em todos os impostos federais, abertura econômica: Redução gradual de tarifas de importação e facilitação da prestação de serviços internacionais,contingenciamento: Manutenção do câmbio artificialmente valorizado,políticas monetárias restritivas: Aumento da taxa básica de juros e da taxa de depósito compulsório dos bancos.O plano real passou por varias crises econômica, tanto nacional como internacional algumas com mais impactos outras com menos. Podemos dizer que a sua pior fase foi em março de 1999 onde a taxa de juros chegou a 45% ao ano. Como consequência, houve maior endividamento público, mais cortes de gastos públicos, retração de alguns setores da economia e desemprego. Temos a crise do apagão que a causa esta ligada diretamente ao Plano Real, uma vez que o plano trouxe a ampliação do poder de compra da população, aumento do consumo, aumento da produção (que geram maior consumo de energia elétrica), somados ao recuo dos investimentos públicos nos setores estatais de energia (como parte do programa de estabilização).O efeito regulador do Plano Real foi imediato e muito positivo em seu propósito. A inflação passou a ser controlada e diminuiu significativamente com o passar dos anos. Até hoje o Brasil colhe os frutos deste plano econômico, pois temos a inflação perto de 5% ao ano.
Segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso (1999-2002)
A política de estabilidade e da continuidade do Plano Real foi o principal apelo da campanha eleitoral de Fernando Henrique Cardoso e um dos fatores decisivos para sua reeleição em 1998, FHC conseguiu sua eleição graças ao apoio do PSDB, do PFL, do Partido Progressista brasileiro (atual PP) e de parte do PMDB, e conseguiu manter uma estabilidade política durante seus oito anos de governo.
A Continuação da política neoliberal, agravamento da crise globalizada (Bolsas da Ásia e Rússia), aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF),Ocorrência de greves e manifestações contra sua política econômica, foram as principais características do seu segundo mandato. No início do segundo mandato de FHC, em 1999 houve uma forte desvalorização do real, devido a crises financeiras internacionais que levou o Brasil a aumentar os juros reais e aumentar a dívida interna brasileira.
Os grandes destaques brasileiros foram a implantação do gasoduto Brasil-Bolívia, a elaboração de um Plano Diretor da Reforma do Estado, um acordo que priorizaria o investimento em carreiras estratégicas para a gestão do setor público, aprovação de emendas que facilitaram a entrada de empresas estrangeiras no Brasil e a flexibilização do monopólio de várias empresas, como a Petrobrás, Telebrás e etc.
Alguns dos programas sociais criados no governo de Fernando Henrique Cardoso foram: A Bolsa Escola, Bolsa Alimentação e o Vale Gás.
No governo de FHC entrou em vigor a lei de responsabilidade fiscal (LRF) que se caracterizava pelo rigor exigido na execução do orçamento público, que limitava o endividamento dos estados e municípios e os gastos com o funcionalismo público. Os salários dos funcionários públicos também não tiveram reajustes significativos, uma forma de evitar a inflação e controlar os gastos públicos. O governo de Fernando Henrique Cardoso teve fim no dia 1º de Janeiro de 2003, com a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.
Aspectos econômicos do governo de Fernando Henrique
Inflação é o aumento generalizado dos preços. O Brasil já sofreu muito com a inflação, mas desde a implantação do plano real ela está relativamente sob controle.
A taxa de juros teve inicialmente dois propósitos: financiar os gastos públicos excedentes até que se atingisse o equilíbrio fiscal, e reduzir a pressão por financiamentos, considerados
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