Fichamento: "O Conceito de História Universal" de Leopoldo Von Ranke
Por: Letbrit • 2/12/2019 • Ensaio • 735 Palavras (3 Páginas) • 386 Visualizações
Fichamento: "O conceito de História Universal" de Leopoldo Von Ranke
Introdução:
- Diferença da história para as demais ciências, ela é ao mesmo tempo ciência e arte. Ciência porque recolhe, descobre e analisa para além da superfície. Arte porque dá forma.
- Enquanto ciência se aproxima da filosofia, e sua arte lembra a poesia. Todavia a diferença da história para essas duas é que ela não prescinde do plano do real.
- Entre os gregos, a história é derivada da poesia. História obrigatoriamente é ciência e arte ao mesmo tempo.
Do princípio histórico:
- Foco aqui será o trabalho do historiador. É um trabalho indispensável, não é necessário versar sobre a sua utilidade. Vamos para um plano superior, justificar essa ciência frente às pretensões da filosofia.
- Filosofia chega aos seus objetivos por meio da especulação. Para Fitche, filosofia é um conceito abrangente, pois dá totalidade de uma vida que se divide em diferentes épocas.
- O filósofo, partindo de um lugar diferente, julga ter achado uma verdade que constrói uma totalidade para a história. Tudo isso foi feito a partir dos seus conceitos. Se isso fosse correto a história perde sua autonomia, fica totalmente submetida a filosofia.
- Filósofo reconhece verdade na história só quando ela atende os seus preceitos. Por meio do estudo da história nunca poderíamos chegar a uma convicção universal e fundamentada. Teologia já teve essa mesma pretensão, de ser universal.
- Nessas duas perspectivas (Filosofia e Teologia) a história perde o seu caráter científico. Observamos que a história seguiu em frente contra essas pretensões. Com isso a história mostra o seu caráter particular, oposto ao filosófico.
- Quais são essas particularidades da história? Que faz manifestar esse espírito?
- Em primeiro lugar: filosofia faz exigências a reflexões mais elevadas, enquanto a história fala sobre as condições da vida. Ou seja, filosofia se interessa pelo universal, história se interessa pelo particular.
- Filosofia pretende submeter história a ela. Todavia a história quer ver os resultados da filosofia não como uma verdade absoluta, sim como uma manifestação do próprio tempo.
- A história, vê o infinito em cada coisa viva, o eterno de Deus em cada vida. Filósofo vendo a história trás uma busca infinita do progresso, do desenvolvimento.
- História se volta para o específico, interesse pelo particular. O engajamento do historiador para Ranke é proveniente da ótica religiosa.
- As exigências para a pesquisa histórica:
1) Amor à verdade, seu primeiro passo é reconhecer isso.
2) Investigação documental, pormenorizada e aprofunda, dedicada ao próprio fenômeno. Tudo isso tem que ser feito a partir da razão.
3) Historiador tem que ter um interesse pelo universal por todos os assuntos. Estudo das instituições burguesas, realizações artísticas, guerras... Necessário um interesse uniforme nos todos os assuntos.
4) Historiador tem que estar atento a fundamentação do nexo causal, entre toda informação, fatos, que ocorrem ao mesmo tempo. Tudo isso se tocam e influenciam-se mutuamente. O passado condiciona o presente.
- Com a formação da historiografia moderna, que foi pautada pelo pragmatismo. Todas as motivações dos agentes da história erroneamente foram feitas pelo egoísmo e ambição de poder. Isso fez a historiografia moderna, e toda a percepção histórica que a cerca, perder o caráter religioso.
5) É fundamental para o historiador ser apartidário. Na história universal temos dois partidos que se defrontam um com o outro. Todavia, com o discorrer do tempo esses partidos serão esquecidos. O julgamento da história tem que ser imparcial. Não são opiniões que nos interessam, o nosso foco é a vida, que sempre exerce influência decisiva nos conflitos políticos e religiosos.
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