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Fichamento livro 1808

Por:   •  2/12/2015  •  Resenha  •  1.399 Palavras (6 Páginas)  •  369 Visualizações

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Capitulo 9 - A colônia

Há Duzentos anos o Brasil não existia como hoje, não tinha fronteiras bem definidas, habitantes que se identificam como brasileiros...

Antes da corte chegar ao Rio de Janeiro o Brasil era um amontoado de regiões, sem comércio ou qualquer forma de relacionamento. "Não havia um Brasil com um centro comum. Era um círculo imenso, no qual os raios convergiam para bem longe da circunferência central" [Pág 110-111].

Nesta época ainda era discutida de como se chamaria pessoas que ali nasceram. Folhetins e jornais da época diziam que "brasileiro" era o português ou estrangeiro que se instalava no Brasil, brasiliano o povo indígena e as pessoas naturais daqui deviam se chamar mesmo brasilienses.

O mapa do Brasil em 1808 já era bem parecido com o atual com exceção do Acre, que foi comprado à Bolívia em 1903. E uma breve mudança no sul, a Província Cisplatina faria parte do Brasil à partir de 1817 e onze anos depois declararia independência e se tornara o atual Uruguai.

O Brasil era um imenso território virgem, com apenas 3 milhões de habitantes, a cada três brasileiros um era escravo e a população indígena era estimada por volta de 800 000 pessoas que se concentravam no litoral.

Quando a corte chegou ao Rio de Janeiro, em pouco mais de cem anos o número de habitantes aumentara dez vezes, por causa da descoberta de diamantes e de ouro no fim do século XVII, ao mesmo tempo aumentara também o número de tráfico de escravos.

O povo que ali vivia era uma população analfabeta, pobre e carente de tudo! Em São Paulo, cerca de 2% de homens livres em idade escolar eram alfabetizados.

A saúde era extremamente precária, não existiam médicos e nem especialistas. Para ser médico era apenas necessário comprovar a um juiz (que não tinha nenhum conhecimento no assunto) que tinha conhecimentos na área, ou que trabalhou por quatro anos em uma farmácia. As operações mais simples eram feitas por barbeiros.

Devido a precariedade das comunicações, a notícia da morte do rei D. José I, levou três meses e meio para chegar a São Paulo, depois de duas décadas e meia na cidade atual Rio de Janeiro, demorou três meses e treze dias para saber que Portugal e a Espanha estavam em guerra, e quando esta noticia chegou já fazia 19 dias que a Espanha tinha derrotado Portugal. Sem saber da trégua, o capitão de armas de Rio Grande declarou guerra aos vizinhos espanhóis e as tropas portuguesas tomaram uma grande área "E deste modo Portugal ganhou no Brasil uma guerra que tinha perdido na Europa" [Pág 114].

A intenção portuguesa era apenas manter uma joia extrativista, sem vontade própria longe dos olhos e da cobiça dos estrangeiros, ou seja, manter o Brasil fechado para o mundo.

"Mantida por três séculos isolada no atraso e na ignorância, a colônia era composta por verdadeiras ilhas escassamente habitadas e cultivadas, distantes e estranhas entre si." [Pág 115].

No Rio grande do Sul produziam-se diversos tipos de coisas e exportavam-se seus produtos, recebendo cerca de 150 navios por ano em seu porto. E também importava vários produtos.

A ilha de Santa Catarina atual Florianópolis já encantava todos os viajantes que por ali passavam, pela sua beleza e organização.

São Paulo era um pequeno vilarejo com um pouco mais de 20 000 habitantes incluindo os escravos. São Paulo ainda era uma cidade que tinha costumes indígenas, o tupi foi a língua mais faladas em São Paulo até o começo do século XVIII, quando o português se tornou dominante, a rede de dormir só foi substituída no início do século XIX, e as casas eram adaptações das ocas indígenas. "Durante os dois primeiros séculos da colônia. "comia-se comida de índio, usava-se arma de índio e até se falava, tanto quanto o português, ou talvez até mais, a língua geral dos índios"." [Pág 116]

Uma peculiaridade chamou atenção de todos os viajantes que passaram por São Paulo, era a quantia de prostitutas que saíam para as ruas ao anoitecer a cata dos tropeiros, elas usavam uma roupa chamada "baetas" que foram proibidas várias vezes pelo governante com multas, e ameaças de prisão para quem fosse flagrado usando este tipo de vestimenta (até as escravas).

"O coração econômico da colônia pulsava no triangulo formado por São Paulo, Rio de Janeiro, e Minas Gerais. O eixo de desenvolvimento foi deslocado para esta região no começo do século XVIII, depois do fim do ciclo da cana de açúcar no nordeste e da descoberta de ouro e diamantes em Minas [...]" [Pág 118]

Em 1808 se identificou um problema, a falta da moeda corrente no Brasil. A colônia vivia basicamente de escambo "O comércio do RJ com MG consiste basicamente em negros, ferro, sal, tecidos de lã, alguns objetos de fantasia, um pouco de vinho e de óleo, peixe salgado e manteiga." [Pág 119].

Por causa do ouro e do diamante que "brotavam da terra", a população nas cidades mineiras aumentou muito. "Quando a corte aportou no Brasil, o ciclo de ouro já estava chegando ao fim." [Pág 120].

Ao percorrer o interior de MG "tanto quanto a vista alcança, está à terra toda revirada por mãos humanas, de tanto que o sonhado lucro desejou a trabalhar." [Pág 120].

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