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Formação do Mundo Contemporaneo

Por:   •  6/10/2016  •  Trabalho acadêmico  •  5.297 Palavras (22 Páginas)  •  360 Visualizações

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Universidade Federal do Espírito Santo

Centro de Ciências Humanas e Naturais

Geografia

Trabalho Final de Conclusão da Matéria de Formação do Mundo Contemporâneo

Lucas Andrade Rodnitzky

Marianna Andreão Zagotto

Sérgio Bertolani Jr

Tiago Freitas

Vinicius Henriques de Carvalho

Vitória

2013


Lucas Andrade Rodnitzky

Marianna Andreão Zagotto

Sérgio Bertolani Jr

Tiago Freitas

Vinicius Henriques de Carvalho

Trabalho Final de Conclusão da Matéria de Formação do Mundo Contemporâneo

Trabalho acadêmico apresentado como exigência para obtenção da nota final de Formação do Mundo Contemporâneo em Geografia da Universidade Federal do Espírito Santo.

Orientador: Professor Dr. Emiliano Unzer

Vitória

2013

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO        

2 CONSIDERANDO O CONTEXTO DO IMPERIALISMO EUROPEU NA ÁSIA E ÁFRICA, COMENTE A SEGUINTE FRASE DE EDWARD SAID: TODO IMPÉRIO [...] COMEÇA DIZENDO A SI E AO MUNDO QUE NÃO É IGUAL A NENHUM DOS IMPÉRIOS DO PASSADO [...], QUE SUA MISSÃO NÃO É PILHAR E CONTROLAR, MAS SIM EDUCAR E LIBERTAR.        

3 ANALISE O CENÁRIO EUROPEU ANTERIOR À PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL. E COMO ELA RESULTOU NO CONFLITO EM QUESTÃO?        

4 EM QUE MEDIDA PODEMOS ASSOCIAR UM CENÁRIO DE CRISE DA DÉCADA DE 1920 E 1930 COM A ASCENSÃO DE REGIMES NAZI-FASCISTAS PELA EUROPA?        

REFERÊNCIAS        


1 INTRODUÇÃO

A resolução das perguntas abaixo é fundamentada na análise dos fenômenos históricos que compõem a base do mundo contemporâneo desde início do século 19 aos dias atuais, com conteúdos adquiridos em sala de aula, pela leitura de livros e por pesquisa individual.


2 CONSIDERANDO O CONTEXTO DO IMPERIALISMO EUROPEU NA ÁSIA E ÁFRICA, COMENTE A SEGUINTE FRASE DE EDWARD SAID: TODO IMPÉRIO [...] COMEÇA DIZENDO A SI E AO MUNDO QUE NÃO É IGUAL A NENHUM DOS IMPÉRIOS DO PASSADO [...], QUE SUA MISSÃO NÃO É PILHAR E CONTROLAR, MAS SIM EDUCAR E LIBERTAR.

Em meados do século XVIII, a Europa começou seu processo de industrialização, tendo como pioneira a Inglaterra. A Revolução Industrial, basicamente, alterou a economia europeia que, outrora, era agrária. Além disso, consolidou o capitalismo e ascendeu a classe burguesa. Burgueses estes que ganharam notável poder devido ao Absolutismo e com a Revolução Francesa. Com isso, as emergentes potências capitalistas europeias precisavam expandir seus domínios econômicos. Já que com a grande produção a Europa por si só não era um mercado consumidor suficiente. No final do século XIX, veio a Segunda Revolução Industrial, marcada pelo uso de novas fontes de energia- eletricidade e carvão-, pela substituição do ferro pelo aço e pela criação da linha de montagem, idealizada pelo empresário estadunidense Henry Ford. Basicamente, a Europa precisava de mão de obra barata, matéria prima abundante e vastos mercados consumidores. E tudo isso se encontrava na Ásia e na África. E devido a essas necessidades a Europa impõe um processo de dominação para com a África e Ásia denominado de Neocolonialismo. O Neocolonialismo foi a principal expressão do imperialismo, forma assumida pelo capitalismo a partir da Segunda Revolução Industrial. O domínio das potências europeias não foi apenas econômico, mas completo, ou seja, militar, político e social. Três modalidades de relações neocoloniais foram estabelecidas nesse período: Havia as colônias, que eram territórios denominados por meio da presença militar. Também tinham os protetorados que eram países governados por uma elite local e era tutelada por uma potência industrial. E por último eram as áreas de influência, países com governo formalmente autônomos, mas, submetidos a acordos econômicos e desiguais.

No final do século XIX, a Europa realizou o Congresso de Berlim. Uma reunião que ditou o futuro do imperialismo. As potências europeias dividiram a África como se fosse uma terra de ninguém só levando em consideração seus próprios interesses. Mais ou menos na mesma época houve a Guerra do Ópio. Onde basicamente a China lutou contra a Inglaterra que estava vendendo ópio ilegalmente no território chinês. Isso mostra um profundo desprezo por parte da Europa que há tempos prega sobre o famoso eurocentrismo.

A respeito da frase do intelectual Edward Said:
     

Todo império [...] começa dizendo a si e ao mundo que não é igual aos impérios do passado     [...]          que sua missão não é pilhar e controlar, mas sim educar e libertar” 

ele se refere ao argumento que as potências europeias usavam para justificar a dominação nos continentes africano e asiático. Vale lembrar que o período foi marcado pela teoria evolucionista de Darwin, onde o mesmo afirmava que as espécies sofreram mudanças e por ventura se adaptaram ao meio. Então, usaram disso para consolidar a dominação imperialista dizendo que o europeu era uma raça superior aos negros e aos amarelos.  Essa teoria foi denominada de “Darwinismo Social”. Então o Europeu afirmava que estava indo para esses continentes levar a civilização e o desenvolvimento. Diziam que os africanos e asiáticos eram uns selvagens. Isso fazia com que a opinião pública não ficasse contra o Neocolonialismo.

Outro fator importante foi que nesse período surgiram novas ciências como a sociologia, geografia, antropologia, entre outras para consolidar a dominação. Elas estudavam esses povos a fim de dar vantagem ao europeu. Misturando-os aos seus objetos de estudos que eram os nativos dessas regiões.

O grande problema do Neocolonialismo foi que a Europa ao invés de levar desenvolvimentismo, levou “somente” o desenvolvimento. Ou seja, criaram estruturas voltadas para a economia da região. Por exemplo, criaram ferrovias e ampliaram portos. Porém, a África e Ásia não tiveram recursos para aproveitar esses investimentos, então boa parte deles ficou abandonada. Além disso, a população local não tirou proveito dessa melhora estrutural ficando somente com os piores empregos. Se os Europeus levassem o desenvolvimentismo para a região investiriam paralelamente em saúde, educação e outros benefícios para a população. Assim os trabalhadores seriam capacitados a assumir altos cargos nas fábricas e a África e Ásia não seriam tão dependentes da economia europeia posteriormente.

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