Francisco Marques Lisboa -Tamandaré
Artigo: Francisco Marques Lisboa -Tamandaré. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: carinakrier • 1/4/2014 • Artigo • 638 Palavras (3 Páginas) • 360 Visualizações
Francisco Marques Lisboa -Tamandaré
O mais lídimo representante da Marinha Brasileira, Tamandaré, já desde moço, demonstrou seu caráter forjado para as lides da vida no mar. Quando no início da Guerra da Tríplice Aliança, organizou a Esquadra para o combate, tornando-a coesa, disciplinada e operacional, sob a sua chefia esclarecida e heróica – era o poder naval ofensivo a serviço dos objetivos nacionais. Quando da Batalha do Riachuelo, a experiência e o aguerrimento dos adversários de nada valeram contra as Forças Navais Brasileiras, que os derrotaram em toda a linha, realizando prodígios de abnegação e bravura que tanto honram a História do Brasil.
A 13 de dezembro de 1807, na Vila de São José do Norte-Capitania do Rio Grande do Sul, nascia Joaquim Marques Lisboa, o futuro Almirante Tamandaré.
Seu pai, o capitão de Milícias Francisco Marques Lisboa, foi nomeado em 1808 para o cargo de "Patrão-Mor" do porto do Rio Grande, com o posto de tenente honorário da Marinha. Assim, o pequeno Joaquim, que era o décimo filho, passou toda a sua infância entre a gente do mar, ouvindo as narrativas de longas viagens, de perigos terríveis, de grandes tempestades e ferozes batalhas.
Sendo o Porto do Rio Grande, na época, o mais movimentado do Sul do Brasil, o menino logo se familiarizou com todos os tipos de barcos, mercantes ou de guerra. E assim desabrochou, naturalmente, a mais bela vocação naval jamais surgida em nossa Pátria.
De porte atlético, no vigor de seus dezesseis anos, Marques Lisboa apreciava a vida ao ar livre, dedicando as horas de lazer à natação, prática em que se tornou exímio. Nessa idade, apesar de não ter ascendência nobre, requisito necessário na ocasião, ingressou na Armada Nacional Imperial, como voluntário.
Da primeira função, como praticante de piloto a bordo da fragata "Niterói", principiaram seus sucessos nas lutas pela consolidação da Independência, e as acentuadas qualidades de coragem pessoal, dedicação e inteligência.
Em inúmeros comandos, atuando nas campanhas do Prata, lutando contra focos de revoltosos e, finalmente, na Guerra da Tríplice Aliança, veio a notabilizar-se como um chefe completo, demonstrando em todas as oportunidades um entusiasmo com que a todos contagiava.
Reconhecendo no elemento humano a verdadeira alma do navio, Marques Lisboa era líder por sua ascendência. Sua competência profissional e capacidade de planejamento foram postos à prova quando se tornou o verdadeiro artífice da histórica transição da vela para a propulsão a vapor, sofrida pela Esquadra.
Idealista e íntegro, em muitas oportunidades abriu mão de recompensas materiais e pecuniárias para beneficiar pessoas carentes, e a própria Marinha. Aos acenos da vida política, que lhe seria facilitada graças à fama e ao reconhecimento do povo, respondia que "era apenas um marinheiro, e outra coisa não queria ser".
Com generosidade e altruísmo, renúncias e sacrifícios, coragem e amor, edificou Joaquim Marques Lisboa uma existência de êxitos em prol do povo e da Pátria.
Acima dos títulos e honrarias que não o faziam mais orgulhoso do que a simples consciência do dever cumprido, acumulou a estima e a solidariedade de todos quantos o cercaram. Era popularmente conhecido como "Almirante Tamandaré", e comprazia-se
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