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Guerra do pacífico

Por:   •  29/10/2015  •  Seminário  •  1.411 Palavras (6 Páginas)  •  199 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

Mateus Ribeiro de Oliveira

Thiago Medeiros de Moura

Leonardo Medeiros

Pedro Azevedo

Joserlandio Calado de Freitas

A GUERRA DO PACÍFICO

Ações e consequências

NATAL/RN

Setembro de 2015

A GUERRA DO PACÍFICO

INTRODUÇÃO

        Durante o século XIX uma guerra estoura na região sulamericana, gerada por motivos diversos e causando consequências diversas, que serão mostradas ainda nesse texto. A guerra entre Chile, Bolívia e Peru tem caráter independente, quando se considera a situação política em que agora se achavam, livre do jugo espanhol, após as batalhas em prol da libertação espanhola. Lutavam agora entre si, e não mais juntos.

DESENVOLVIMENTO

  1. Acontecimentos anteriores a guerra

        Antes da guerra do pacífico estourar, diversos acontecimentos a precederam; acontecimentos estes que contribuíram para a eclosão da guerra e que são importantes para compreensão dos motivos que levaram ao conflito.

        Em 1836, por exemplo, o Chile e a Confederação Peru-Bolívia, as mesmas que guerrearão mais tarde, entram em desavenças pois discordam sobre as taxações do trigo chileno, que acontecia no Peru e o açúcar peruano, no Chile. Assim, deflagra-se um conflito armado já abalando o convívio entre as regiões.

        Dois anos depois o Peru e a Bolívia guerreiam por territórios, visto que este primeiro deseja anexar terras bolivianas ao seu território. A guerra só termina com a intervenção diplomática do Chile que estabelece a paz sem permitir que os objetivos peruanos sobre as fronteiras sejam cumpridas.

        Além de tais conflitos, as teorias malthusianas causa pânico ao mundo. A necessidade de produzir alimento à massa populacional crescente torna-se tarefa primordial e para isso, os solos já cansados de plantio precisam de renovo, o que gera grande atenção à utilização de adubo.

        Com a descoberta de que o guano (esterco de aves marítimas) das costas do Pacífico, em especial do Peru, eram ótimos fertilizantes, a exportação produto à Inglaterra se tornou importante meio estabelecimento econômico, sendo pouco depois ofuscado pelo salitre, que se revela adubo de maior proveito.

        O Peru, portanto, estabelece sua economia sobre o comércio destes dois produtos, o que gera aumento de ascenção de grandes famílias, em lugar da prata de Potosí. O fortalecimento da marinha também foi outra consequência direta desse desenvolvimento comercial. Depois que os espanhóis foram expulsos, os conflitos voltam-se aos sulamericanos. É nesse período que Bolívia e Chile brigam por questões fronteiriças, incomodando o Peru. Ingleses passaram a investir em nitrato e salitre boliviano e chileno, base da economia peruana, o que “força” o Peru a tomar medida mais audaciosa, expropriando as minas de nitrato chilenas de Taracapá, pagando indenização inadequada, do ponto de vista chileno.

        Na Bolívia as regiões produtoras de guano e salitre, apesar de poucas, foram as razões que levaram à Guerra do Pacífico, em especial a região de Antofagasta. Tal região já era explorada clandestinamente pelo Chile, valendo-se da ideia de fragilidade da Bolívia, que era real, considerando os constantes golpes militares sofridos.

        É estabelecida, então, uma aliança entre as duas nações. O alto investimento de chilenos em terras bolivianas, todavia, é visto sob maus olhos por estes últimos, que observavam o aumento de riqueza chileno às custas dos seus recursos naturais. Um aumento sobre as taxas de exportação é estabelecido, rompendo a aliança. Outro acordo é formado, mas a relação entre os países é desgastada.

        O Chile, por outro lado, é diferente economicamente porque já possui base econômica mais fundamentada, além de sua estabilidade política. Através das eleições de alguns presidentes, medidas gradativas são tomadas que ajudam a solidificar o sistema chileno, como a restrição à reeleição, o incentivo à indústria e delimitação da influência da Igreja em decisões políticas. Com a crise econômica ocidental o país investe nas minas já mencionadas de Antofagasta e Tarapacá situadas respectivamente na Bolívia e Peru, e busca veementemente a conquista destas regiões que interessavam não apenas a eles, mas igualmente aos ingleses.

  1. A guerra

Visto que o Chile tornou-se forte concorrente no mercado de nitrato, mesmo que obtendo tal proeza através das minas bolivianas, o Peru do governo de Prado enxerga no país forte ameaça ao resguardo de riquezas e ao desenvolvimento econômico, e força a Bolívia a aumentar as taxas sobre as exportações chilenas, assim, dez centavos por quintal de fertilizantes foram estabelecidos, e por negar pagar o tributo, o Chile tem suas empresas confiscadas e vendidas, estourando a guerra com a invasão de tropas chilenas na Província de Antofagasta.

À princípio, o Peru propõe medidas para o término da guerra, como retirar o exército chileno das terras que invadiram e que o lucro das explorações das minas fossem divididas igualmente entre Chile e Bolívia, mas com a revelação de que o Peru e a Bolívia tinham um acordo secreto o Chile, pressionado pela Inglaterra, declara guerra agora aos dois países.

A maioria dos ataques chilenos resumiam-se a ataques navais, primeiro porque empreendimentos por terra eram complicados considerando o ambiente desértico do lugar e, segundo, devido a quantidade de navios que possuiam, 7 dos chilenos e 6 dos peruanos.

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