HISTORIA DA EDUCAÇÃO

ATPS – História da Educação e da Pedagogia

Disciplina: Pedagogia

Profº. Lindolfo A. Martelli

Tutor à distância: Elenice Lisboa Gomes da Silva

Jaime Pinto de Carvalho – RA 398756

Jamara Araújo Matos – RA 397781

Joyce da Silva – RA 402715

Mariângela Ramos Miranda – RA 402717

Sandra Carvalho Martins – RA 396108

Irecê - BA

2013

1. Memória da Educação escolar no Brasil contemporâneo

Sabemos que a pedagogia é chamada arte de ensinar, no entanto não significa apenas uma expressão, a mesma carrega consigo a responsabilidade de trazer para o meio educacional o que definimos de revolução do ensino, de início pode admitir que o homem seja um ser histórico, já que suas ações e pensamentos mudam no tempo, à medida que enfrenta os problemas não só da vida coletiva, como também da experiência cultural; a expressão “memória da educação escolar no Brasil contemporâneo” tem o interesse de fazer com que possamos compreender que a história é a interpretação da ação do homem no tempo. A pedagogia é na verdade a teoria crítica da educação, isto é, da ação do homem quando transmite ou modifica a herança cultural.

Para podermos compreender o sentido da história em relação ao passado e ao trabalho do homem, passamos por etapas tais como, a que nos leva a refletir a respeito da ação transformadora do homem sobre a natureza que por sua vez nos passa a necessidade que o homem tem em trabalhar com o meio, ou seja, ele se insere num conjunto de atividades transformando o espaço ao seu redor, modificando também a maneira de pensar, agir e sentir, de modo que nunca permanecemos os mesmos até o fim de uma mesma atividade, qualquer que ela seja. É nesse sentido que dizemos que, pelo trabalho, o homem se auto produz, ao mesmo tempo em que produz sua própria cultura, todavia não deixa jamais de modificar e reproduzir aquilo que é existente, independente do meio ou cultura relacionada, pois o homem traz consigo esta característica de estar sempre querendo modificar e inovar algo como é o caso da educação em seus diversos aspectos; pois conhecemos a trajetória e busca pelo aprimoramento da mesma, e isso se da através do compromisso e interesse do homem.

Como já sabemos, se o homem é o resultado por esses processos pelos quais se constrói a cultura e a si próprio, é impossível pensar em uma natureza humana com características universais e eternas. No entanto não existe um conceito de “homem universal” que sirva de modelo para educadores, então seria melhor referirmo-nos a uma condição humana, resultante do conjunto de relações sociais, que se transformam no decorrer do tempo. E como sabemos o homem atua sobre o mundo transformando-o, então, não podemos o imaginar fora de sua própria prática social, pois ao mesmo tempo estabelece projetos de mudança, ao que esta assimilada à herança cultural dos antepassados. E como já vimos, o homem se insere no tempo, o presente humano não se esgota na ação que realiza, mas adquire sentido pelo passado e pelo futuro; digamos que: não podemos ver o passado por pura curiosidade, na

verdade o passado está vivo. Foi através dele que se fundaram raízes do presente, ou seja, é compreendendo o passado que podemos dar sentido ao presente e planejar ou projetar o futuro.

A história da educação e da pedagogia é entre todas as ciências da educação uma das mais antigas e, assim, uma das mais desenvolvidas, apesar de suas lacunas e das suas insuficiências atuais. A mesma, por sua vez, só pode ser compreendida por meio de estudos no qual é possível afirmar que a história da educação permite conhecermos as origens longínquas das nossas tradições educativas, por meio da pedagogia atual pelo conhecimento do passado. Se considerarmos como uma herança do passado pesa por vezes ainda fortemente sobre a prática educativa, nos países de velha civilização; a história da educação permite-nos então compreender a evolução, os processos de mudanças, as etapas, as acelerações, os afrouxamentos, e permite nos fazer um balanço mais claro, sobretudo, mais inelegível da situação da educação atual. Favorece-nos também, pelas comparações, elementos de reflexão e de compreensão indispensáveis á cultura geral do educador.

Como percebemos, a história da educação abrange vários ramos que, evidentemente, se completam, mas que nem todas atingiram o mesmo nível de desenvolvimento. Há em primeiro lugar, a história do pensamento pedagógico, das idéias em educação, das concepções gerais, que por sua vez alcançaram seus métodos e objetivos, e vem sempre inovando e atraindo atenção no que se diz convincente. A história não é, portanto, um simples olhar deitado sobre o passado; pode ser uma das ferramentas poderosas da compreensão do presente e pertence á família das ciências da educação.

É desse modo que afirmamos que realmente somos feitos de tempo onde na verdade podemos garantir que somos seres históricos, já que nossas ações e pensamentos mudam no tempo, á medida que enfrentamos os problemas não só da vida pessoal, como também da experiência coletiva. É assim que produzimos a nós mesmos e a cultura a que pertencemos. Cada geração assimila a herança cultural dos antepassados e estabelece projetos de mudança como vimos anteriormente. Com a história da educação, construímos interpretações sobre as maneiras pelas quais os povos transmitem sua cultura e criam as instituições escolares e as teorias que as orientam. Por isso, é indispensável que o educador consciente e crítico, seja capaz de compreender sua atuação nos aspectos de continuidade e de ruptura em relação aos seus antecessores, a fim de agir de maneira intencional e não meramente intuitiva e ao acaso. Se somos históricos, nada escapa á dimensão do tempo. No entanto ser feito de tempo é um fato

que inclui e obtém rumores de passado e presente no qual não denomina nomes, mas incrimina todos, pois somos seres históricos, onde dependemos do passado para viver o presente e quem sabe construirmos o futuro.

2. A origem da educação escolar no Brasil