HISTORIA E MEMORIA
Por: Giuly Costa • 7/7/2017 • Trabalho acadêmico • 796 Palavras (4 Páginas) • 188 Visualizações
FEUDUC - Fundação Educacional de Duque de Caxias
GIULIANA MARIA NEVES GONÇALVES COSTA
HISTORIA E MEMORIA
Resumo do livro
Duque de Caxias
2017
GIULIANA MARIA NEVES GONÇALVES COSTA
HISTORIA E MEMORIA
Resumo do livro
Fichamento de resumo, desenvolvido durante a disciplina de Filosofia da História, como parte da avaliação.
Professor(a): Leandro Rosetti
Duque de Caxias
2017
Inicialmente Le Goff acreditava que a história é a decorrência de uma obra, em que a matérias primas que as tornam imortais, são os documentos e os monumentos. Para o autor “o que sobrevive não é o conjunto daquilo que existiu no passado, mas uma escolha efetuada quer pelas forças que operam no desenvolvimento temporal do mundo e da humanidade, quer pelos que se dedicam à ciência do passado e do tempo que passa, os historiadores. Estes materiais da memória podem apresentar-se sob duas formas principais: os monumentos, herança do passado, e os documentos, escolha do historiador” (cit. p. 535, 1996).
Ao decorrer do texto o autor apresenta uma reflexão sobre duas coisas em relação dessa matéria prima que são: seus usos e sua autenticidade. Até então, os monumentos eram considerados um material historiográfico duvidoso, sendo definido como “característica o ligar-se ao poder de persuasão, voluntaria ou involuntária, das sociedades históricas (é um legado à memória coletiva) e o reenviar a testemunhos que só numa parcela mínima são testemunhos escritos” (cit. p. 356, 1996). Mas os documentos escritos, que eram necessariamente escritos, tinham mais validade, pois eram associados a “Imparcialidade” o que o estabeleceu, como prova jurídica ao decorrer do tempo. Le Goff dizia que “o documento que, para a escola histórica positiva do fim do século XIX e do início do século XX, será o fundamento do fato histórico, ainda que resulte da escolha, de uma decisão do historiador, parece apresentar-se por si mesmo como prova histórica. A sua objetividade parece opor-se à intencionalidade do monumento.” (cit.p.536, 1996). A diferença dos dois, aparenta ser, a divisão entre os testemunhos “neutros” e “falhos”.
Porém mais tarde o autor desconstrói essa ideia de divisão, afirmando que tanto o monumento quanto o documento são resultado de escolhas e intenções de quem as constrói, sendo assim os dois tem pontos de vista parcial histórico. Para Le Goff “o documento não é qualquer coiso que fica por conta do passado, é um produto da sociedade que o fabricou segundo as relações de forças que aí detinham poder. Só a análise do documento enquanto monumento permite à memória coletiva recuperá-lo e ao historiador usá-lo cientificamente, isto é, com pleno conhecimento de causa.” (cit. p.545, 1996). Mais do que incompleto, para Le Goff o documento era algo que de uma certa forma é uma mentira, já que é “uma montagem, consciente ou inconsciente, da história, da época, da sociedade que o produziam, mas também das épocas sucessivas durante as quais continuou a viver, talvez esquecido, durante as quais continuou a ser manipulado, ainda que pelo silêncio. O documento é uma coisa que fica, que dura, e o testemunho, o ensino (para evocar a etimologia) que ele traz devem ser em primeiro lugar analisados desmistificando-lhe o seu significado aparente. O documento é monumento. Resultado esforço da sociedade históricas para impor ao futuro – voluntária ou involuntariamente – determinada imagem de si próprias. No limite, não este um documento-verdade. Todo documento é mentira. Cabe ao historiador não fazer papel de ingênuo.” (cit. p. 547-548, 1996) Ainda no texto Le Goff fala sobre a importância de darmos o devido valor aos documentos históricos, como documento independentemente do tipo de registro escrito ou não.
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