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HISTÓRIA DE BELO HORIZONTE

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Por:   •  6/11/2014  •  5.888 Palavras (24 Páginas)  •  240 Visualizações

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Introdução

Vila rica pode ser definida como a junção de vários arraiais que em 1720 foi escolhida para ser a capital da nova capitania de Minas Gerais. Logo depois com a exploração intensa do ouro foi designada como Imperial de Ouro Preto. Com a decadência da mineração Ouro Preto sofreu grande impacto em seu desenvolvimento, afetando a vida da população. Com a proclamação da república, em 1889, os mineiros queriam que houvesse um progresso naquela região. Para isso, o governo transferiu a antiga capital, para atual Belo Horizonte. (PREFEITURA DE OURO PRETO)

O município de Belo Horizonte está situado no estado de Minas Gerais, região Sudeste do Brasil e o principal fator que levou à mudança foi a busca de um novo cenário, que era diferente daquele primeiramente habitado, que trazia marcas de um passado colonial, com suas igrejas, senzalas e com elementos que remetiam à escravidão. Também buscava mostrar ao país que era politicamente forte e que atendia as expectativas básicas da população. (PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE)

Durante a década de 60 o progresso da cidade foi tanto que se pode dizer que a cidade foi descaracterizada e completamente urbanizada. Além disso, durante a Ditadura Militar, o desenvolvimento da cidade ficou ainda mais conturbado com os movimentos revolucionários, e a ideia de cidade planejada foi ficando cada vez mais distante. Em 70 o a cidade se tornou um verdadeiro caos. (PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE) Nos anos 80 as maiores preocupações dos cidadãos eram a desigualdade social, degradação do meio ambiente, perda de marcos históricos entre outros problemas que não estavam garantindo mais sua qualidade de vida. Tudo isso levou a revolta de muitos cidadãos fazendo com que estes participassem dos movimentos “Diretas Já” e “Cara-Pintadas”. Em 90 os espaços urbanos que estavam abandonados foram recuperados com o intuito de preservá-los. (PREFEITURA DE OURO PRETO)

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Capítulo 1 – Geografia

1.1 Mudança de capital

Com a colonização portuguesa, Minas gerais teve um crescimento na expansão territorial, um aumento do povoamento nas suas regiões, a então capital a cidade de Ouro preto (Vila Rica) não suportou, devido sua topografia, o desenvolvimento físico e urbano, gerando assim a necessidade da transferência da capital para outra localidade.

Sendo assim, no dia 12/12/1897 foi escolhida Belo Horizonte como a nova capital, pois oferecia condições ideais de localidade, hidrografia, relevo e clima.

Belo Horizonte foi projetada sob a concepção positivista vigente no final do século passado para existir de uma determinada maneira e ser construída conforme um traçado, com secções urbanas e suburbanas, mas, seus projetistas não previram o acelerado crescimento populacional e as forças tanto da economia como do mercado, superando o que o plano original determinava, ou seja, não previram que na verdade Belo Horizonte se tornaria uma grande metrópole. Enfrentou uma crise urbana resultante do crescimento dos subúrbios, sendo assim, cresceu de forma desordenada, a infraestrutura não supriu a demanda da população, a cidade se industrializou, os espaços vazios praticamente se esgotaram e as árvores foram substituídas por arranha-céus e asfalto.

1.2 Dados Geográficos

É um município brasileiro localizado no estado de Minas Gerais, sendo capital desta e tendo uma área de aproximadamente 330,23km2 (segundo a prefeitura de Belo Horizonte), com 852m de altitude, a 19º 55’ 15” S de latitude e 43º 56’ 16” W de longitude. (ENCONTRA MINAS GERAIS)

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Figura 1 - Localização geográfica de Belo Horizonte em Minas Gerais

1.3 Hidrografia

Localizada na Bacia de são Francisco, não é banhada por nenhum grande rio, mas por seus solos passam ribeirões e vários córregos, em sua maioria canalizada. Afluentes do rio das Velhas, as sub-baciais do Ribeirão da Onça e o Ribeirão Arrudas atendem a capital, sendo que Ribeirão Arrudas, atravessa a cidade de oeste pra leste e o córrego do Ribeirão da Onça recolhe as águas dos outros ribeirões, entre eles o Pampulha que abastece a lagoa Pampulha. (BAIRROS DE BELO HORIZONTE)

1.3.1 Ribeirão de Arrudas

O Arrudas é um pequeno rio que nasce no município de Contagem, passa por parte de Belo Horizonte até acabar no Rio das Velhas no município de Sabará. O Ribeirão Arrudas é formado por vários córregos que nele desembocam ao longo do seu caminho: Jatobá, Barreiro, Bonsucesso, Cercadinho, Piteiras, Leitão, Acaba Mundo, Serra, Taquaril, Navio-baleia, Santa Terezinha, Ferrugem, Tijuco, Pastinho, etc. Em conjunto, o Ribeirão Arrudas e seus riachos estabelecem a bacia do Ribeirão Arrudas. Apesar das nascentes que formam esse importante afluente

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do Rio das Velhas ainda serem limpas, praticamente todo o esgoto produzido em Contagem e em Belo Horizonte é derramado sem nenhum tipo de cuidado e tratamento no Arrudas, o que coloca em perigo também as bacias do Rio das Velhas e do Rio São Francisco.

O crescimento sem controle e as construções de avenidas para amenizar o trânsito na região de Contagem e Belo Horizonte suprimiram a vegetação que tinha nas margens do Arrudas, ajudando o aumento da temperatura na capital. Além disso, o concretamento de seu leito com impermeabilização crescente do solo da cidade tem provocado nos últimos anos, enchentes cada vez piores ao longo das bacias do Arrudas e do Rio das Velhas. A construção recente de avenidas, como tentativa das autoridades de resolver os problemas de trânsito de Belo Horizonte, cobriu completamente o ribeirão, alterando significativamente a paisagem da cidade. 1.3.2 Rios Canalizados

Os 150 km de água que correm abaixo do chão da cidade representam 21% dos 700 km que formam os inúmeros cursos d’água que cortam o município. Do total, 300 km correm em áreas reservadas, com bastante verde, como estações ecológicas que estão preservados. Dos outros 400 km, 50 foram canalizados a céu aberto, como acontece na maior parte do Ribeirão Arrudas, e 150 “sumiram” nas galerias cobertas por vias públicas. A lista de mananciais “submersos” no asfalto é vasta e desperta curiosidades. Os trajetos dos córregos e ribeirões não foram utilizados como referências naturais na composição do traçado da área urbana planejada inicialmente embora estivessem

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