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HISTÓRIA DE VIDA

Tese: HISTÓRIA DE VIDA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  11/10/2013  •  Tese  •  1.313 Palavras (6 Páginas)  •  720 Visualizações

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CAPITULO 1 – HISTÓRIA DE VIDA

Contar, compor e cantar a nossa história e trajetória; dar forma, cor e texto às lembranças das experiências profissionais e acadêmicas é um exercício, tanto exaustivo, pela estrutura estética e reflexiva que o memorial exige, quanto indispensável, na medida em que produz reflexão e significado ao vivido. Sinto, sobretudo, a necessidade de revisitar o passado e minha trajetória, a fim de redimensionar o mundo e, conseqüentemente, reinventar-me nele. Relembrar minha história de vida, embora não possa revivê-la na íntegra, é poder reconstruir, a partir das concepções de hoje, as experiências de outrora. É a partir desta relação, entre passado e presente, com vistas ao futuro, que apresento este Memorial como trabalho para o curso de Pedagogia.

Natural de São Paulo, a data do meu nascimento, tornou-se bastante representativa para a humanidade 31 de dezembro, ultimo dia do ano. Não sou uma pessoa famosa ou importante, e o meu ciclo de amizades não aumentou por causa deste dos eventos que ocorrem nesta época. Terceiro filho de uma família 6 irmãos , vim ao mundo sob o signo de capricórnio. Não sei quando tive conhecimento, mas por informações de minha mãe, e ela deve saber mesmo disso, a primeira parede que devo ter visto na vida foi a da Maternidade do Hospital Sesp São Francisco.

A primeira lembrança que tenho da minha infância, é que morávamos num sitio muito bonito, onde criávamos galinhas, porcos e gados. Os brinquedos que tínhamos eram improvisados pelo meu pai, um sujeito simples, humilde que nos supria todas as nossas necessidades afetivas e financeiras. Meu irmão caçula e eu sentávamos no meio do quintal e e ficávamos olhando, olhando, olhando a paisagem com todas as suas características, era muito bonito, pois não tínhamos televisão, brinquedos tecnológicos, nem mesmo energia elétrica.

Aos 07 anos de idade ingressei na escola onde fiz muitas coisas: aprendi a ler e escrever, interagir com outros colegas. Aconteceram fatos que marcaram minha vida, fui vitima de bulling, por uma professora e meus colegas, nesse período perdi a motivação de continuar estudando. Parei por um tempo, e regressei com mais de 10 anos. Já perto dos 14 anos fui idealizando meu futuro, eu queria, desejava vencer, sair do meio rural e buscar algo melhor. Minha família muito humilde, e sem ambição, não me proporcionava suporte para alcançar os meus sonhos. Eu pensava que se eu continuasse sem fazer algo, seria lavrador para o resto da minha vida, o meu futura seria o que o meus pais viviam no presente. De forma calada aprendi a apreciar e “valorizar” o estudo, o espaço da escola e a figura da docência. Respeito, dedicação, responsabilidade, autonomia, diálogo e solidariedade eram/são noções e valores fundamentais oriundos de minha família e vividos na relação com a escola. Assim, foram nos espaços da família e da escola pública que me fiz gente, que me tornei pessoa, que me fiz curioso de conhecer a mim, os outros e as ‘coisas’ que me rodeavam. Foi no convívio social que a beleza do mundo se fez presente. Foi, como nas palavras de Freire, experimentando-me no mundo que me fiz gente: “Vamo-nos fazendo aos poucos, na prática social de que tomamos parte” (FREIRE, 1993, p. 88).

O que me levou a optar e a me identificar com a área da Educação acredito que tive influências de bons professores, que considero como mães que foram significativas e decisivas para tal escolha. Lembro-me das idas – e “vidas” das crianças, onde as professoras faziam o papel de amiga, tia e mãe.

Ingressei no curso de Pedagogia desta universidade em 2011 por opção. Até então residia em povoado do meio rural com meus pais e vim para São Francisco para os estudos, onde compartilhei morada com amigos, aos quais devo profundos laços e vínculos de amizade, bem como discussões e reflexões incessantes sobre a vida e a formação na universidade que marcaram/marcam profundamente minha concepção de vida como profissional e pessoa.

CAPITULO 1 – HISTÓRIA DE VIDA

Contar, compor e cantar a nossa história e trajetória; dar forma, cor e texto às lembranças das experiências profissionais e acadêmicas é um exercício, tanto exaustivo, pela estrutura estética e reflexiva que o memorial exige, quanto indispensável, na medida em que produz reflexão e significado ao vivido. Sinto, sobretudo, a necessidade de revisitar o passado e minha trajetória, a fim de redimensionar o mundo e, conseqüentemente, reinventar-me nele. Relembrar minha história de vida, embora não possa revivê-la na íntegra, é poder reconstruir, a partir das concepções de hoje, as experiências de outrora. É a partir desta relação, entre passado e presente, com vistas ao futuro, que apresento

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