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Historia

Por:   •  13/6/2015  •  Dissertação  •  1.530 Palavras (7 Páginas)  •  330 Visualizações

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Explicite as principiais concepções cientificistas que entraram no Brasil a partir do fim do século XIX.

É introduzido no Brasil, a partir de 1870, teorias como o positivismo, evolucionismo, darwinismo. Durante a época das grandes viagens a diferença entre os homens torna se tema constante de debates e reflexão.

A teoria humanista de Rousseau tem como conceito chave a perfectibilidade que resumia conjuntamente com a liberdade de resistir aos ditames da natureza, uma especificidade humana. A visão humanista discorria, a partir dessa noção, sobre a capacidade singular inerente a todos os homens sempre se superarem.

A partir da segunda metade do século XVIII, é o momento que se passa a projeção da suposta inferioridade física do continente, e de uma consequente debilidade natural de suas espécies. Vários pensadores corroboraram com essa visão negativa da América, Buffon com sua tese de infantilidade do continente e DePauw com a degeneração americana. Buffon passa a caracterizar o continente americano sob o signo da carência, o escasso povoamento, ausência de pêlos etc, corroboram a tese de debilidade e imaturidade dessa terra. Já com DePauw, o termo degeneradas espécies antes considerado por menos complexidade em sua conformação orgânica, passa a descrever um desvio patológico. Em seus textos, um antiamericanismo claro transparecia, "a natureza do novo mundo, débil por estar corrompida e inferior por estar degenerada.

No final do século XVIII o termo raça inaugura a ideia de existências físicas permanentes entre os vários grupos humanos. Duas grandes vertentes enfrentaram o desafio de pensar a origem do homem, a visão monogenista acreditava que a humanidade era una, o homem segundo essa versão, teria se originado de uma fonte comum, sendo os diferentes tipos humanos apenas um produto da maior degeneração ou perfeição do Éden. A hipótese poligenista, partia da crença na existência de vários centros de criação, que correspondiam, por sua vez, às diferenças raciais observadas, essa hipótese permitia o fortalecimento de uma interpretava biológica na análise dos comportamentos humano. Esse tipo de viés foi encorajado pelo nascimento simultâneo da frenologia e da antropometria, teorias que interpretaram a capacidade humana tomando conta o tamanho e proporção do cérebro dos diferentes povos. Simultaneamente uma nova craniologia técnica, que incluía a medição do índice cefálico, facilitou o desenvolvimento de estudos quantitativos sobre as variedades do cérebro humano. Ganha impulso a hipótese da natureza biológica do comportamento criminoso, a antropologia criminal, argumentava ser a criminalidade um fenômeno físico hereditário. Os estudos sobre a loucura, tinham nesse modelo, a base para novas concepções e para justificação dos seus métodos de testamento "moral" sobre o indivíduo e para estabelecimento de conclusões que traçaram a ligação entre a loucura individual e a degeneração de cunho racional.

É com a publicação e divulgação de a origem das espécies, de Charles Darwin que o embate entre poligenistas e monogenistas tendem a amenizar-se. Darwin passa a construir um paradigma de época diluindo antigas disputas. Conceitos como "competição", "seleção do mais forte", "evolução" e "hereditariedade” passam a ser aplicados em variados ramos do conhecimento. Era preciso pensar na antiguidade da "seleção natural" e na nova realidade que se apresentava, a mestiçagem racial, os mestiços exemplificaram a diferença fundamental entre as raças e personificaram a "degeneração" que poderia advir do cruzamento de "espécies diversas".

A antropologia cultural ou etnologia cultural, tinha como foco central a questão da cultura, com isso almejavam captar o ritmo de crescimento sociocultural do homem e formular esquemas de alta aplicabilidade que explicasse o desenrolar comum da história humana. Paralelamente ao evolucionismo social, duas grandes escolas deterministas tornam-se influentes, a escola determinista geográfica advogava a tese de que o desenvolvimento cultural de uma nação seria totalmente condicionado pelo meio. Um outro determinismo, o determinismo de cunho racial, toma força nesse contexto, denominado "darwinismo social" ou "teoria das raças", essa nova perspectiva via de forma pessimista a miscigenação, já que acreditava que "não se transmitiriam caracteres adquiridos", nem mesmo por meio de um processo de evolução social. Ou seja, as raças constituiriam fenômenos finais, resultados imutáveis, sendo todo cruzamento, por princípio, entendido como erro. As decorrências lógicas desse tipo de postulado eram duas: enaltecer a existência de "tipos puros " e compreender a mestiçagem como sinônimo de degeneração racial e social.

Em oposição a noção humanistas e às conclusões das escolas etnológicas, partiam os teóricos da raça de três proposições básicas. A primeira tese afirmava a realidade das raças, estabelecendo que existira entre as raças humanas a mesma distância entre o cavalo e o asno, o que propunha também uma condenação ao cruzamento racial. A segunda máxima instituía uma continuidade entre os caracteres físicos e morais, determinando que a divisão do mundo entre raças corresponderia a uma divisão entre culturas. Um terceiro aspecto desse mesmo pensamento aponta para a preponderância do grupo "racio-cultural" ou étnico no comportamento do sujeito, conformando-se enquanto uma doutrina de psicologia coletiva, hostil à ideia do arbítrio do indivíduo. Esse saber sobre as raças implicou um "ideal político",

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