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Historia da Africa

Por:   •  16/4/2016  •  Trabalho acadêmico  •  543 Palavras (3 Páginas)  •  317 Visualizações

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1. Partindo da análise de Alfredo Bosi sobre a obra de Anchieta, aponte quais foram as estratégias usadas pelos jesuítas para se aproximarem das populações indígenas, e que problemas essa abordagem demonstrava.

 Eles utilizaram-se da língua tupi para se aproximarem dos índios e conseguir catequizá-los, onde, por exemplo, Bispo é Pai-guaçu e Nossa Senhora É tupasny. Como os índios não prestavam nenhum culto organizado pelos seus deuses e heróis (Tupã e Sumé), os jesuítas não acharam muita dificuldade em mostrar que eles não possuíam religião e assim, guiá-los na sua, que era o catolicismo.  Ao mesmo tempo em que iam fazendo significativos avanços no conhecimento indígena eles perceberam que os rituais consagrados a Tupã ou Sumé estavam indicando que deveria se buscar um centro de religiosidade que suprisse a ausência dessas entidades, então decidiram colocar algo que os indígenas tivessem a temer, que eram os espíritos maligno. E sendo guiados pelo medo dos maus espíritos, o povo tupi começou a substituir suas cerimônias tupi-guarani por procissões e vias-sacras nos adros dos templos jesuítas.

A dificuldade encontrada pelos jesuítas para catequizá-los era justamente devido ao fato de eles serem bastante ligados aos seus costumes e tradições, por isso os jesuítas tiveram que impor o medo a entidades malignas para conseguir.

2. A partir das discussões de Roquinaldo Ferreira, defina com suas palavras o que é a “crioulização” de que ele fala e qual a especificidade de Angola em relação a outras “ilhas crioulas”.

Esse termo surgiu no século XIX em Serra Leoa, onde foi criada uma colônia pelos ingleses para acolher os escravos retornados das colônias britânicas. Essa população de negros cristãos e ocidentalizados foi denominada de crioulos. Esse conceito foi usado para analisar transformações culturais e identitárias dos indivíduos que eram envolvidos com o comércio atlântico, pois havia uma transição entre universos culturais completamente diferentes, com caráter transracial e transcultural.

A especificidade da Angola em relação às ilhas crioulas é justamente a intensidade do número de crioulos que ali estavam que foi muito maior que outras regiões da África. Essa cultura mesclada fez com que o comércio se fortalecesse cada vez mais, pois seus elementos lingüísticos e religiosos eram forças dominantes e os crioulos faziam de tudo para não perder para seus rivais europeus.

 3. A reconstrução das identidades africanas no Brasil foi objeto de análise de alguns autores, entre eles Robert Slenes. Segundo ele, qual a importância dessa reconstrução das noções de pertencimento por parte dos cativos? E a partir de quais elementos ela acontecia?

Para Robert Slenes, a realidade dos escravos com o novo ambiente fez com que eles se adaptassem ao meio. Já que estavam distantes de sua terra natal, a construção dos novos laços familiares foi construída com os “irmãos” que vinham da mesma terra natal e que não tinham nenhum parentesco. Os vínculos de solidariedade e irmandade entre eles foram sendo construídos a partir do sofrimento comum, pois todos estavam passando pelas mesmas dificuldades e cada um entendia a dor do outro.

A comunicação entre eles foi um fator muito importante, pois o fato de os brancos brasileiros não conhecerem a língua nativa fez com que os escravos tivessem uma oportunidade de defesa, já que sua comunicação não era entendida pelos seus senhores, e assim iam se fortalecendo frente a eles.

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