Historia da anhanguera
Por: jeehmpolo • 1/5/2015 • Trabalho acadêmico • 1.856 Palavras (8 Páginas) • 418 Visualizações
Primeira Escola
Na década de 30 em Santo André todos os moradores se conheciam, várias lojas se ocupavam as ruas próximas a estação e oliveira lima, Fernando prestes, senador Flaquer, e Luiz pinto Flaquer, foram as primeiras a receber asfalto. Na década de 1928 a educação começa a despertar mas atenção, tanto pelos movimentos dos educadores como pelas iniciativas governamentais. Em 1930 quando Getúlio Vargas assume pela primeira vez a presidência da república começa a ter grandes alterações social em decorrência das transformação política e econômicas registradas.
Em 1930 o governador provisório Getúlio Vargas criava o ministério da educação e saúde pública, em 1931 nascia o conselho nacional de educação , o ensino secundário começa a ter dois ciclos : um fundamental , de cinco anos , e outro complementar de dois anos. A prefeitura baixou uma lei número 119 tornando obrigatório o ensino primário gratuito.
O diário oficial de são Paulo de 22 de março de 1935 , publicava várias decretos assinados pelo inventor estadual em São Paulo , Armando Salles de Oliveira, criando uma serie de classes e escolas em todo o estado , que pouco ou quase nada trazia de benefícios a região. No mesmo ano o estado criava a Escola profissional Júlio mesquita na rua Justino paixão. Valdemar em 1937 influenciado pelo professor de Franco, começou a ministra aulas de caligrafia em sua casa desde o início aplicou o método bastante rígido : os alunos era obrigados a usar nos dedos aparelhos em formas de anéis , com uma barra embaixo , de maneiras que os dedos ficassem na posição correta para desenhar as letras, uma técnica necessária para que o curso atingisse o objetivo e consagrasse a escola , o número de interessados em aprender caligrafia crescia e não havia mais espaço em sua casa para receber os alunos. Ernestina sua namorada falou que umas propriedades do seu pai estava livre na rua Canudos, logo em seguida iniciou sua escola, ao longo do tempo começaram a aparecer muitos alunos, aproveitou e improvisou salas de aula em barracão de madeira que havia no quintal, com frente para rua dos Canudos.
Caligrafia de Franco
Valdemar trabalhava no banco para manter seu emprego ele dava aulas das 12h ás 12h45 e no período noturno das 19:30 ás 21:30. A cada dia que passava a escola se tornava pequena então o futuro sogro de Valdemar cedia mas uma vez aos apelos de Valdemar e arrumava a garagem dos fundos para ampliação da sua escola podendo assim os alunos serem divididos em turmas. A escola crescia e então não era mais possível ter alunos naquele imóvel da rua dos canudos que já funcionava a um ano.
Quando soube que a agencia da Coletoria estadual em Santo André estava se transferindo da rua Gertrudes de lima para a rua Albuquerque Lins, Valdemar procurou Manoel J. de Lima, proprietário do prédio vago, queria alugar para instalar a sua escola, o negócio foi feito e a escola passou a ocupar o casarão. No dia 21 de abril de 1938 foi inaugurada oficialmente a escola de caligrafia de franco, a cerimônia foi na sede do Corinthians FC na rua Gertrudes de Lima, esquina com a rua Francisco Amaro e atual número 302.
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Novo Prédio
O mercado de trabalho se tornava mais exigentes não se procurava apenas força brutal era necessário ao menos alfabetizado, saber ler e escrever para alguns cargos de escritório também não bastava uma boa escrita mas sim o domínio da máquina datilografia.
Aumentava a procura pelas escolas e uma das mais procuradas era a instalada no prédio da rua Gertrudes de Lima do professor Valdemar Mattei. As dependências novamente tornavam-se pequenas para absorver o grande números de alunos. Então foi alugada uma casa grande na rua Senador Flaquer número 459, esse imóvel ficava ao lado de uma sorveteria e do bazar de Emilio Cerchiari.
Nessa nova casa além de Caligrafia e Datilografia, teve início o curso primário Antônio Marmo, que recebeu esse nome em homenagem a um menino falecido em consequência de grave doença.
Havia o curso prático que tinha na grade curricular português, matemática contabilidade e estenografia. Valdemar dava aula de caligrafia e contabilidade seu irmão Edilio dava aula de datilografia e Ernestina cuidava do curso primário, além de alfabetizar adultos interessados em ler e escrever.
A escola fez sucesso junto as empresas que começavam a adotar o processo de mecanização dos serviços contábeis e fiscais.
No ano de 1941 e Ernesto começava a fazer tratamento para ter filhos , a sorte estava ao lado do casal. Quatro anos após a mudança Manoel Mostazo decidiu fazer a partilha dos seus bens o que permitiu que a filha Ernestina pudesse utilizar de imediato o terreno e salões bem em frente à escola na rua senador Flaquer 456 , ocupando uma área de 400 metros quadrados – lote padrão da época, o imóvel precisava ser reformado e Valdemar não tinha dinheiro para a reforma mas conseguiu com amigos , passou a morar no local e ainda abriu uma papelaria e bijuteria na frente que ficou sob responsabilidade de sua cunhada Hermínia, construiu três salas no fundo : uma menor para caligrafia, e dois salões grandes para alunos dos demais cursos.
Em 1943 o ministro Gustavo Capanema assinava a Lei Orgânica do Ensino Comercial e a Lei do Ensino Normal , o ensino secundário era novamente reestruturado, passando a ser constituído o ginásio de quatro anos e o colégio de três anos , este dividido em cursos clássicos e científicos.
A escola abrigava os cursos de Caligrafia De Franco , Escola De Datilografia Remington , o Primário Antônio Marmo , de Comercio Pratico e o de Admissão.
Senador Flaquer
Em 1945 como tudo estava sob controle Valdemar decidiu implantar mas um curso : O comercial Básico, era o curso que faltava para a formação de profissionais para a indústria e o comercio local que apresentavam extraordinária expansão após ano.
No ano de 1945 caiu a ditadura de Vargas, teve o mérito de implantar uma legislação que aproximou os vários ramos do ensino profissional – comercial , industrial , agrícola , e normal do ensino secundário.
Todos passaram a ficar articulados com a escola primaria e a apresentar dois ciclos de duração semelhantes: um de quatro series e outro de três.
Valdemar procurou o Sindicato do estabelecimento de ensino comercial e deu entrada nos documentos exigidos por lei para a criação de nova escola , logo em seguida recebeu a visita do inspetor federal Máximo Ribeiro nunes que deu a notícia que era impossível autorizar o funcionamento do curso pois teria que ter mais quatro salas de aula , sala para o professor e dependência para diretoria e secretaria. Mesmo não tendo condições Valdemar se prontificou a atender todas as exigências dentro de sessenta dias prazo estipulado pelo inspetor.
Valdemar se mudou para uma casa da Travessa Vaz e conseguiu a reforma da escola Senador Flaquer, com a reforma a escola foi transformada em quatro salas de aula, secretaria, sala de professores e diretoria, o inspetor voltou e viu que Valdemar tinha conseguido sendo assim foram realizadas provas de 1945 e as aulas começaram no dia 1 de março. Em setembro o Ministério da Educação e cultura oficializou o curso comercial básico conforme portaria número 536 de 26 de setembro de 1945.
O curso tinha Datilografia, um pouco de contabilidade, matérias básicas do curso ginasial. Em 1947 Valdemar e seu irmão Edilio se matricularam em um curso de contabilidade na escola técnica Clemente Ferraz aonde se formou contador depois de cursar a primeira série do comercial na escola de comercio 30 de outubro.
Logo em seguida com muito sacrifício foi erguido um sobrado que viraria ponto de referência na rua senador Flaquer. O térreo tinha duas entradas com duas janelas, uma sala de aula ao lado. O andar superior tinha duas grandes janelas envidraçadas e, a parte esquerda, uma sacada com parapeito de barras de ferro.
Nesse pavimento havia quatro salas de aula. Bem ao meio uma grande pena estilizada, caracterizava a frente do prédio. Em seu topo o novo nome que se tornaria um doas mas conhecidos no ensino da região Escola Técnica de Comercio Senador Flaquer, a primeira escola da região a ser oficializada e a receber inspeção do governo federal.
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